Métodos quantitativos para o estudo do desgaste dentário

• Autor(a) principal: Agnes Batista Meireles
• Data de Publicação: 2014
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/41559
• topic: Desgaste dentário; Perfilometria; Scanner intra-oral; Quantificação; Engenharia mecânica; Bioengenharia; Dentes

O desgaste dentário é um condição irreversível que é comum no cotidiano clínico. Uma das principais limitações da maioria dos estudos relacionados ao desgaste é que são frequentemente baseados em sistemas subjetivos de avaliação. O objetivo deste trabalho é a avaliação do desgaste dentário considerando as informações da superfície do dente desgastado bem como propor metodologias que auxiliem o clínico em seu diagnóstico e acompanhamento. Para isso, foram realizados testes com dentes extraídos e voluntários com desgaste usando perfilometria bi(2D) e tridimensional(3D) e foram selecionado parâmetros de rugosidade de superficial para discutir mecanismos e evolução do desgaste em dentes humanos. Para o estudo com scanner odontológico, foram feitas varreduras de dentes com e sem desgaste e um método automático de estimativa de perda volumétrica foi apresentado em conjunto a uma avaliação subjetiva de detecção de diferenças nas imagens por dois avaliadores calibrados. Os resultados da perfilometria 3D e 2D mostraram que desgaste do dente afeta a superfície sem alterar a sua característica de distribuição simétrica. Nem todos os parâmetros estatísticos considerados no presente estudo foram eficazes para identificar o desgaste do dente. Rugosidade média e desvio médio quadrático foram inadequados para esta finalidade. Em contraste, ambos os parâmetros de assimetria e curtose foram capazes de identificar o desgaste dos dentes e podem ser úteis ao explicar os aspectos clínicos de pacientes e para identificar as superfícies. A análise dos dados da perfilometria 2D indicaram correlação para os parâmetros de superfície medidos e o tempo de medição. Essa relação com o tempo para rugosidade média e desvio médio quadrático se dá apenas para o momento atual. Para assimetria, o que aconteceu no primeiro tempo anterior é mais impactante para sua medida. Para curtose, o modelo que melhor se ajustou aos resultados foi considerado o mais simples de todos os modelos: um modelo constante. Uma equação geral para cada parâmetro foi obtida. A assimetria e curtose podem ter variações oscilatórias, tendendo a uma taxa constante durante um longo período de tempo. Os resultados para o estudo com scanner demonstraram ser possível detectar diretamente diferenças na superfície dos dentes, a nível milimétrico dispensando moldagens e marcações em modelos físicos. Análise de correlação entre examinadores dos modelos geométricos gerados via scanner auxiliou os dados obtidos com o método proposto e mostra um bom acordo na avaliação de desgaste dentário, incluindo a situação submilimétrica.