Cognição, mobilidade e qualidade de vida de idosos com amputação de membro inferior devido à úlcera de pé diabético: uma série de casos

• Autor(a) principal: Jéssica Lohane Brandão
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/53004
• topic: Pé diabético; Idoso; Amputação; Cognição; Limitação de mobilidade.; Diabetes nos idosos; Idosos – Saúde e higiene; Membros inferiores; Amputações

INTRODUÇÃO: A amputação é definida como a remoção completa ou parcial de um membro, ou partes do corpo por meios cirúrgicos, ou traumáticos. Ela pode ser classificada como amputação maior ou menor. As amputações maiores de perna, são geralmente aquelas realizadas acima do nível do tornozelo. OBJETIVO: o presente trabalho pretende explorar a possível relação entre a amputação, cognição, mobilidade e qualidade de vida de pacientes submetidos a amputação maior devido a pé diabético METODOLOGIA: Foi realizado um estudo de série de casos exploratórios, na enfermaria de Cirurgia Vascular do Hospital Risoleta Tolentino Neves, Belo Horizonte, Minas Gerais. Para tal, foram acompanhados no período da internação e durante 12 semanas após alta hospitalar, idosos com 60 anos ou mais com Diabetes Mellitus (DM), submetidos a amputação maior unilateral em decorrência das complicações do PD. Eles realizaram avaliação presencialmente em até uma semana após amputação, e remotamente após a alta hospitalar nas semanas 3, 6, 9 e 12; aplicando protocolo de avaliação cognitiva e funcional. A mobilidade funcional foi avaliada pela percepção do idoso antes da internação e após amputação, por meio de classificação proposta por Khan. Foi utilizada a Escala Perme, para medir a mobilidade do paciente. A função cognitiva dos participantes foi avaliada na admissão pelo mini exame do estado mental (MEEM), e por fim, foi verificada a qualidade de vida pelo questionário genérico de qualidade de vida (SF6D). RESULTADO: Dos cinco indivíduos que participaram da pesquisa, quatro completaram a avaliação até a semana 12. Da mesma forma, verificou-se que após amputação de IM maior, um participante apresentou déficit cognitivo, conforme o MEEM e dois apresentaram escores baixos em mobilidade e maior assistência segundo a Escala Perme durante o período de internação. Em relação à qualidade de vida, utilizando o instrumento SF6D, todos os participantes apresentaram pior estado de saúde e baixa qualidade de vida durante o período de internação. Após 12 semanas, P1 permaneceu com déficit cognitivo e com a pior percepção de qualidade de vida segundo o SF6D, e faleceu dois dias após a avaliação de 12 semanas. CONCLUSÃO: O presente estudo revelou que houve uma relação entre a amputação na cognição, na mobilidade e qualidade de vida em pacientes submetidos a amputação maior devido a pé diabético. Entretanto, sugere-se a realização de estudos do tipo coorte, para ampliar a generalização das associações entre tempo de amputação e outros desfechos avaliados.