Qualidade de vida e sintomas de depressão e ansiedade de pacientes em terapia renal substitutiva em Belo Horizonte: uma coorte histórica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Daniela Cristina Sampaio de Brito
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/32518
Resumo: Introdução: depressão e ansiedade são os transtornos mentais mais prevalentes em pacientes com falência renal crônica. Eles interferem negativamente na qualidade de vida e sobrevida, sendo o tempo e o tipo de terapia renal substitutiva importantes fatores de risco. Objetivo: avaliar a qualidade de vida, os sintomas de depressão e ansiedade e a sobrevida em uma coorte de pacientes com falência renal crônica em diálise. Desenho do estudo: estudo longitudinal com análises de dados transversais. População: pacientes de 18 anos ou mais que iniciaram diálise entre 1º de janeiro de 2006 e 1º de janeiro de 2008 em dez serviços de diálise conveniados com o SUS em Belo Horizonte, Minas Gerais. Foram elegíveis para o estudo os pacientes com no mínimo três meses de tratamento, sem histórico de realização de transplante e que concordaram em participar da pesquisa. Métodos: a coleta de dados ocorreu em dois momentos: linha de base (tempo 1) e após dez anos de seguimento (tempo 2). Todos os pacientes incluídos no tempo 1 foram novamente convidados a participar das entrevistas no tempo 2. Aqueles que recusaram, recuperaram a função renal ou que foram transferidos para acompanhamento em outra cidade foram excluídos do seguimento. Em ambos os tempos, foram coletadas informações sociodemográficas, clínicas, nutricionais, de hábitos e qualidade de vida. Dados sobre depressão e ansiedade foram coletados apenas no tempo 2. Os instrumentos utilizados foram: 36 Item Short Form Health Survey (SF 36), Inventários Beck de Depressão e Ansiedade, Avaliação Global Subjetiva e Índice de Comorbidade de Charlson. Para a análise estatística foram utilizados modelos de regressão logística multivariada e regressão linear múltipla para avaliar os fatores de risco associados aos sintomas de depressão e ansiedade e à mudança da qualidade de vida entre os tempos 1 e 2, respectivamente. Também foram utilizados modelos de riscos proporcionais univariados e multivariados de Cox para avaliar aqueles associados à mortalidade. Resultados: 712 pacientes iniciaram o estudo e apenas 205 foram novamente entrevistados no tempo 2. A amostra total apresentou idade média de 53,9±15,2, tendo sido 301 (42,3%) pertencentes ao sexo feminino e 418 (59,1%) com nível fundamental de escolaridade. No tempo 2, foram detectados sintomas de depressão e ansiedade, respectivamente, em 77 (41,7%) e 41 (32,3%) dos pacientes em diálise, e em 10 (13,3%) e 15 (20,3%) dos pacientes transplantados. Menores escores no componente mental do SF--36 foram associados à depressão nos pacientes transplantados (p=0,03) e nos em diálise (p=0,001). Menores escores no componente físico foram associados à depressão apenas nos pacientes em diálise (p=0,001). As variáveis associadas à ansiedade em pacientes em diálise foram perda do acesso vascular (p=0,04), comorbidades (p=0,01) e piores escores nos componentes mental (p=0,001) e físico (p=0,02). A qualidade de vida dos 205 pacientes sobreviventes foi comparada segundo três grupos de acordo com as mudanças dos pacientes no seguimento: 113 (diálise--diálise), 75 (diálise--transplante) e 17 (diálise--transplante--diálise). No tempo 1, apenas a idade foi significativamente diferente entre os grupos. No tempo 2, os pacientes transplantados mantiveram maior participação social, retenção de emprego e melhora nos escores do SF--36. Os fatores associados à mudança na qualidade de vida foram maior tempo em diálise, que interferiu negativamente na capacidade funcional (p=0,002), limitações por aspectos físicos (p=0,002), estado geral de saúde (p=0,007), aspectos sociais (p=0,02), aspectos emocionais (p=0,003) e componente físico (p=0,002); a não participação em grupos sociais nos tempos 1 e 2, que reduziu os escores vitalidade (p=0,02); ter trabalho no tempo 2, que aumentou os escores de vitalidade (p=0,02) e saúde mental (p=0,02). Ao final dos 9 anos de seguimento, 444 (62,3%) pacientes morreram durante o estudo. Não ser casado ou não ter companheiro estável (p=0,04), baixa frequência em atividades de lazer (p=0,04) e não ser transplantado (p<0,001) permaneceram independentemente associados à mortalidade após cinco anos de seguimento. E não ser casado ou não ter companheiro estável (p=0.03), não ser transplantado (p<0,001) e pior estado nutricional (p=0,04) permaneceram independentemente associados ao aumento da mortalidade ao final de 9 anos de seguimento, enquanto alto nível de escolaridade (p=0,03) e melhores escores no domínio funcionamento físico do SF--36 (p=0,007) foram fatores protetivos associados à sobrevida. Conclusão: os sintomas de depressão e ansiedade foram mais frequentes em pacientes submetidos à diálise. A qualidade de vida mostrou--se dinâmica ao longo dos anos de terapia renal substitutiva, e, dentre os tratamentos, o transplante apresentou mais benefícios ao paciente. E a sobrevida do paciente com falência renal crônica foi associada a um amplo conjunto de fatores que não se limitam apenas ao espectro clínico, estando os hábitos, a qualidade de vida e as características sociais como fatores protetivos à saúde
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Foram elegíveis para o estudo os pacientes com no mínimo três meses de tratamento, sem histórico de realização de transplante e que concordaram em participar da pesquisa. Métodos: a coleta de dados ocorreu em dois momentos: linha de base (tempo 1) e após dez anos de seguimento (tempo 2). Todos os pacientes incluídos no tempo 1 foram novamente convidados a participar das entrevistas no tempo 2. Aqueles que recusaram, recuperaram a função renal ou que foram transferidos para acompanhamento em outra cidade foram excluídos do seguimento. Em ambos os tempos, foram coletadas informações sociodemográficas, clínicas, nutricionais, de hábitos e qualidade de vida. Dados sobre depressão e ansiedade foram coletados apenas no tempo 2. Os instrumentos utilizados foram: 36 Item Short Form Health Survey (SF 36), Inventários Beck de Depressão e Ansiedade, Avaliação Global Subjetiva e Índice de Comorbidade de Charlson. Para a análise estatística foram utilizados modelos de regressão logística multivariada e regressão linear múltipla para avaliar os fatores de risco associados aos sintomas de depressão e ansiedade e à mudança da qualidade de vida entre os tempos 1 e 2, respectivamente. Também foram utilizados modelos de riscos proporcionais univariados e multivariados de Cox para avaliar aqueles associados à mortalidade. Resultados: 712 pacientes iniciaram o estudo e apenas 205 foram novamente entrevistados no tempo 2. A amostra total apresentou idade média de 53,9±15,2, tendo sido 301 (42,3%) pertencentes ao sexo feminino e 418 (59,1%) com nível fundamental de escolaridade. No tempo 2, foram detectados sintomas de depressão e ansiedade, respectivamente, em 77 (41,7%) e 41 (32,3%) dos pacientes em diálise, e em 10 (13,3%) e 15 (20,3%) dos pacientes transplantados. 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Os fatores associados à mudança na qualidade de vida foram maior tempo em diálise, que interferiu negativamente na capacidade funcional (p=0,002), limitações por aspectos físicos (p=0,002), estado geral de saúde (p=0,007), aspectos sociais (p=0,02), aspectos emocionais (p=0,003) e componente físico (p=0,002); a não participação em grupos sociais nos tempos 1 e 2, que reduziu os escores vitalidade (p=0,02); ter trabalho no tempo 2, que aumentou os escores de vitalidade (p=0,02) e saúde mental (p=0,02). Ao final dos 9 anos de seguimento, 444 (62,3%) pacientes morreram durante o estudo. Não ser casado ou não ter companheiro estável (p=0,04), baixa frequência em atividades de lazer (p=0,04) e não ser transplantado (p<0,001) permaneceram independentemente associados à mortalidade após cinco anos de seguimento. 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E a sobrevida do paciente com falência renal crônica foi associada a um amplo conjunto de fatores que não se limitam apenas ao espectro clínico, estando os hábitos, a qualidade de vida e as características sociais como fatores protetivos à saúdeporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Saúde PúblicaUFMGBrasilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessInsuficiência Renal CrônicaFalência Renal CrônicaTerapia de Substituição RenalDepressãoAnsiedadeMortalidadeSobrevidaQualidade de VidaDoença Renal CrônicaFalência Renal CrônicaTerapia Renal SubstitutivaQualidade de VidaDepressãoAnsiedadeMortalidadeSobrevidaQualidade de vida e sintomas de depressão e ansiedade de pacientes em terapia renal substitutiva em Belo Horizonte: uma coorte históricainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALTese Daniela Cristina Sampaio de Brito.pdfTese Daniela Cristina Sampaio de Brito.pdfapplication/pdf15764924https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/32518/1/Tese%20Daniela%20Cristina%20Sampaio%20de%20Brito.pdf9d8ce80eb231acd30ee6114661505f7cMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/32518/2/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/32518/3/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD53TEXTTese Daniela Cristina Sampaio de Brito.pdf.txtTese Daniela Cristina Sampaio de Brito.pdf.txtExtracted texttext/plain305195https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/32518/4/Tese%20Daniela%20Cristina%20Sampaio%20de%20Brito.pdf.txtfbbaddc6a3e2c74a0087268ae6271d2eMD541843/325182020-02-15 03:46:57.25oai:repositorio.ufmg.br:1843/32518TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2020-02-15T06:46:57Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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