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Alessandra Gianihttp://lattes.cnpq.br/8666575944280178http://lattes.cnpq.br/3397349014191620Fabiano Alcísio e Silva2021-05-28T22:17:47Z2021-05-28T22:17:47Z2018-02-26http://hdl.handle.net/1843/36186Considerada uma das espécies invasoras, de águas doces, mais agressivas da atualidade, o mexilhão-dourado (Limnoperna fortunei) tem sido frequentemente estudado e os seus impactos amplamente discutidos na literatura científica. Paralelo a isso, os ambientes aquáticos têm sofrido impactos oriundos de diferentes atividades antrópicas, que vão pela contramão da necessidade global, cada vez maior por águas de melhor qualidade. O processo de invasão do mexilhão-dourado tem acelerado no Brasil nos últimos anos, e atualmente atinge diferentes bacias hidrográficas que reúnem importâncias cênicas, econômicas e ecológicas. Os impactos causados pelo bivalve nestes ambientes invadidos ainda são bastante discutidos e muitas vezes contraditórios e algumas vezes desconhecidos. Os impactos da invasão do mexilhão-dourado sobre a cadeia trófica dos ambientes por ele invadidos estão entre os pontos mais discutidos e contraditórios na literatura especializada. As variações temporais e espaciais, além das características intrínsecas de cada ambiente estudado, estão entre as principais causas destas divergências. Nesse sentido, este estudo buscou contemplar diferentes escalas experimentais, abrangendo estudos em laboratório, em mesocosmo e em ambientes abertos, além de diferentes escalas temporais, que variaram de alguns dias de experimento a dois anos de monitoramento. A primeira fase dos estudos foi realizada em uma bateria de experimentos laboratoriais pelo período de 11 dias, em ambientes controlados, onde uma cianobactéria e uma alga verde foram oferecidas como alimento. Em seguida experimentos em escala de mesocosmo, de doze dias, foram desenvolvidos em tanques de pisciculturas de um reservatório invadido pelo bivalve, utilizando águas do próprio ambiente, além da comunidade planctônica local. E por fim, foram realizados dois anos de monitoramento, com amostragens trimestrais, em um reservatório recém-invadido pelo mexilhão-dourado, para comparação de dados dos mesmos pontos monitorados antes da chegada do invasor. Os resultados, tanto experimentais como de observação de campo, revelaram a alta capacidade de alteração nas características físicas, químicas e hidrobiológicas da água que a invasão do mexilhão-dourado é capaz de provocar. Em especial, aumento da penetração da luz na coluna d´água, aumento da concentração dos nutrientes dissolvidos tais como amônio e fósforo e profunda alteração nas estruturas das comunidades hidrobiológicas. Além disso, este estudo confirma que a presença do mexilhão-dourado, mesmo em um curto período de dias, já seria capaz de alterar de maneira significativa a estrutura de uma comunidade fitoplanctônica, favorecendo alguns grupos e prejudicando outros. Os resultados, portanto, corroboram com as hipóteses principais aqui levantadas, que propuseram que a introdução do mexilhão-dourado poderia alterar a estrutura trófica dos ambientes invadidos, tanto através da pressão seletiva por filtração, como do maior acumulo de nutrientes na água, resultantes de sua atividade metabólica. Dentre as espécies favorecidas, Microcystis aeruginosa, uma cianobactéria conhecida pela sua capacidade de formar florações e produzir toxinas, teve sua densidade aumentada nos experimentos laboratoriais. Os resultados apresentados neste trabalho podem servir, portanto, como base para desenvolvimento de ferramentas de manejo, controle e mitigação dos impactos causados pelo mexilhão-dourado nos ambientes por ele invadidos.Considered as one of the most aggressive freshwater invasive species, the golden mussel (Limnoperna fortunei) has been intensively studied and its impacts widely discussed in the scientific literature. Additionally, the aquatic environments have suffered impacts from different anthropic activities, going against the increasing global necessity for high quality water. In recent years, the golden mussel invasive process has accelerated in Brazil, and it currently reaches different watersheds with scenic, economic and ecological importance. The impacts caused by the bivalve in these invaded environments are still quite discussed and often contradictory. The impacts of the golden mussel introduction on the trophic chain of invaded environments present several contradictory points of view in the literature. The temporal and spatial variations, and the intrinsic characteristics of each particular environment, are the main causes of these divergences. In this sense, this study sought to contemplate different temporal and spatial scales, covering studies in the laboratory, in mesocosmos and in the field, in addition to different time scales, which varied from a few days to two years. The first phase of the study was carried out in a battery of 11-day laboratory experiments, under controlled conditions, when the animals were fed on a cyanobacterium and a green alga. Then, twelve-day mesocosmic scale experiments were performed in a reservoir invaded by the bivalve, using the reservoir water and the local plankton community. Finally, a two years’ monitoring sampling was followed in the field at monthly intervals in a reservoir recently invaded by the golden mussel. The results, both experimental and from field observation, revealed the high capacity of golden mussel to alter the physical and chemical properties of the water. In particular, we observed increased light penetration into the water and increased concentration of dissolved nutrients such as ammonium and phosphorus. In addition, this study confirms 8 that the presence of the golden mussel, even on a few days scale, would be able to modify the structure of the phytoplankton community, favoring some groups and harming others. The results, therefore, corroborate the main hypotheses raised here, which proposed that the introduction of the golden mussel could have an effect on the trophic structure of the invaded environments, through selective pressure by filtration and greater accumulation of nutrients in the water, consequence of its metabolic activity. Among the favored species, Microcystis aeruginosa, a cyanobacterium able to form blooms and to produce toxins, had its density increased in the laboratory experiments. The results presented in this PhD thesis can therefore serve as the basis for the development of tools with the purpose of managing, controlling and mitigating the impacts caused by the golden mussel in the environments.Outra AgênciaporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Ecologia, Conservacao e Manejo da Vida SilvestreUFMGBrasilICB - INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLOGICAShttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessEcologiaBivalvesCianobactériasCadeia alimentarFitoplânctonInvasões biológicasMoluscos bivalvesCianobactériasTeia tróficaReservatóriosEfeitos da invasão do Mexilhão-Dourado (Limnoperna fortunei) na dinâmica populacional de organismos fitoplanctônicosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALTese_Fabiano_Alcísio.pdfTese_Fabiano_Alcísio.pdfapplication/pdf2482875https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/36186/1/Tese_Fabiano_Alc%c3%adsio.pdfa9d7a4fd6f8b5cd560f1910ae011124eMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/36186/2/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/36186/3/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD531843/361862021-05-28 19:17:47.047oai:repositorio.ufmg.br:1843/36186TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2021-05-28T22:17:47Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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