Estratificação do grau de risco cardiovascular em pacientes de determinada unidade de saúde de Atenção Primária em Belo Horizonte

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Larissa Vilela Florindo
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-9CHHYV
Resumo: O estudo teve como objetivo realizar um levantamento estratificado do risco cardiovascular dos pacientes hipertensos vinculados à Equipe 01 do Centro de Saúde São Tomás em Belo Horizonte, Minas Gerais. O estímulo inicial foi a observação de que não havia um programa específico de atenção aos hipertensos, algo que seria fundamental na Unidade Básica de Saúde para prevenção de agravos, recuperação da saúde e promoção da saúde. Tratou-se de uma pesquisa de caráter descritivo e quantitativo, através da qual foram coletados dados a partir de prontuários dos hipertensos. As referências de maior ênfase para o presente estudo foram as VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão (2010). Os prontuários foram selecionados de acordo com a atualização recente de exames e presença de informação acerca de importantes características dos pacientes tais como: idade, sexo, pressão arterial, tabagismo, etilismo, peso, perímetro abdominal, dislipidemia, diabetes, histórico de doenças cardiovasculares precoces na família, lesões de órgãos alvo, condições clínicas associadas, doença renal crônica e síndrome metabólica. Dentre os 309 hipertensos pertencentes à Equipe 1, foram selecionados 115 para inclusão na pesquisa. Para cada fator de risco foram diferenciadas a prevalência entre mulheres e homens. Além da própria hipertensão arterial, os fatores de risco cardiovascular com maior prevalência foram excesso de peso (77,4%), aumento do perímetro abdominal (66,1%), idade (57,4%), síndrome metabólica (32,2%) e diabetes mellitus (39,1%). Já dislipidemia (13,9%), tabagismo (12,2%), condições clínicas associadas (11,3%), o histórico de DCV precoce na família (9,5%), doença renal crônicas (9,5%), etilismo (7,8%), e as lesões em órgãos alvo (5,2%) apresentaram prevalência menor entre a população alvo. Notou-se que as mulheres se sobressaíram em maior número de fatores de risco comparando-as aos homens. O Risco Cardiovascular Global do conjunto de hipertensos foi levantado e concluiu-se que 54% deles tem risco alto ou muito alto de desenvolver doenças cardiovasculares (DCV), 28% têm risco moderado e 18% possuem risco basal ou baixo risco. Apesar da importância da estratificação do risco cardiovascular foram escassos os estudos encontrados com este objetivo. O estudo permitiu uma visualização ampla e ao mesmo tempo específica da população hipertensa, podendo mostrar, por exemplo, que quanto mais avançada a idade, maior o risco de DCV. Possibilitou a obtenção de dados para um planejamento estratégico de ações que possam prevenir agravos, tratar precocemente aqueles que surgirem e promover melhor qualidade de vida aos hipertensos usuários dos serviços prestados pela Unidade Básica de Saúde.
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spelling Alexandre Sampaio MouraLarissa Vilela Florindo2019-08-11T19:26:37Z2019-08-11T19:26:37Z2011-04-07http://hdl.handle.net/1843/BUBD-9CHHYVO estudo teve como objetivo realizar um levantamento estratificado do risco cardiovascular dos pacientes hipertensos vinculados à Equipe 01 do Centro de Saúde São Tomás em Belo Horizonte, Minas Gerais. O estímulo inicial foi a observação de que não havia um programa específico de atenção aos hipertensos, algo que seria fundamental na Unidade Básica de Saúde para prevenção de agravos, recuperação da saúde e promoção da saúde. Tratou-se de uma pesquisa de caráter descritivo e quantitativo, através da qual foram coletados dados a partir de prontuários dos hipertensos. As referências de maior ênfase para o presente estudo foram as VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão (2010). Os prontuários foram selecionados de acordo com a atualização recente de exames e presença de informação acerca de importantes características dos pacientes tais como: idade, sexo, pressão arterial, tabagismo, etilismo, peso, perímetro abdominal, dislipidemia, diabetes, histórico de doenças cardiovasculares precoces na família, lesões de órgãos alvo, condições clínicas associadas, doença renal crônica e síndrome metabólica. Dentre os 309 hipertensos pertencentes à Equipe 1, foram selecionados 115 para inclusão na pesquisa. Para cada fator de risco foram diferenciadas a prevalência entre mulheres e homens. Além da própria hipertensão arterial, os fatores de risco cardiovascular com maior prevalência foram excesso de peso (77,4%), aumento do perímetro abdominal (66,1%), idade (57,4%), síndrome metabólica (32,2%) e diabetes mellitus (39,1%). Já dislipidemia (13,9%), tabagismo (12,2%), condições clínicas associadas (11,3%), o histórico de DCV precoce na família (9,5%), doença renal crônicas (9,5%), etilismo (7,8%), e as lesões em órgãos alvo (5,2%) apresentaram prevalência menor entre a população alvo. Notou-se que as mulheres se sobressaíram em maior número de fatores de risco comparando-as aos homens. O Risco Cardiovascular Global do conjunto de hipertensos foi levantado e concluiu-se que 54% deles tem risco alto ou muito alto de desenvolver doenças cardiovasculares (DCV), 28% têm risco moderado e 18% possuem risco basal ou baixo risco. Apesar da importância da estratificação do risco cardiovascular foram escassos os estudos encontrados com este objetivo. O estudo permitiu uma visualização ampla e ao mesmo tempo específica da população hipertensa, podendo mostrar, por exemplo, que quanto mais avançada a idade, maior o risco de DCV. Possibilitou a obtenção de dados para um planejamento estratégico de ações que possam prevenir agravos, tratar precocemente aqueles que surgirem e promover melhor qualidade de vida aos hipertensos usuários dos serviços prestados pela Unidade Básica de Saúde.This study focused on realizing a stratification of the overall cardiovascular risk of the hypertensive patients attended by the team 1 of the Centro de Saúde São Tomás (Saint Thomas Primary Care Center), on Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil. The initial insight to the work was the observation that there wasnt a specific program of care for hypertensive patients in the above mentioned health unit, which would be crucial in primary care for health promotion, disease prevention and rehabilitation. This was a descriptive and quantitative study through which data were collected from medical records of hypertensive patients. The main reference was the VI Brazilian Guidelines on Hypertension (2010). The charts were selected according to the presence of blood test results and the registration of important patient characteristics such as age, sex, blood pressure, smoking, weight, waist circumference, dyslipidemia, diabetes, history of early cardiovascular disease in family, target organ damage, associated clinical conditions, chronic kidney disease and metabolic syndrome. Among the 309 hypertensive patients belonging to Team 1, 115 were selected for inclusion in the survey. For each risk factor were placed in separate incidences in women and men. Besides hypertension, the risk factors with higher prevalence were overweight (77.4%), increased abdominal circumference (66.1%), age (57.4%), metabolic syndrome (32.2%) and diabetes (39.1%). Dyslipidemia (13.9%), smoking (12.2%), comorbidities (11.3%), history of CVD in the family (9.5%), early chronic kidney disease (9.5%), alcoholism (7.8%), and target-organ injuries (5.2%) had a lower prevalence among the target population. It was noted also, that women have excelled in a larger number of risk factors than men. The Global Cardiovascular Risk were calculated and we found that 54% of the patients had high or very high risk of developing cardiovascular disease, 28% have moderate risk and 18% had baseline risk or low risk. Despite the importance of overall cardiovascular risk stratification have been few studies published. This study provided a wide view, while specific to the hypertensive population, being able to show a positive correlation between age and the risk of CVD. This study allowed the collection of information for strategic planning of actions that can prevent disease, treat early disease that may arise and promote quality of life for hypertensive users of services provided by the Primary Care Unit.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGEstratégia Saúde da FamilíaRisco cardiovascularAtenção primáriaSaúde da famíliaHipertensão arterialEstratificação do grau de risco cardiovascular em pacientes de determinada unidade de saúde de Atenção Primária em Belo Horizonteinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALmonografia_larissa_vilela_florindo.pdfapplication/pdf1068650https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-9CHHYV/1/monografia_larissa_vilela_florindo.pdff53116c3ec9762cd957e2180bc99ac3fMD51TEXTmonografia_larissa_vilela_florindo.pdf.txtmonografia_larissa_vilela_florindo.pdf.txtExtracted texttext/plain91177https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-9CHHYV/2/monografia_larissa_vilela_florindo.pdf.txt656e32bbff1b43d8b8b932cdf5f35b5fMD521843/BUBD-9CHHYV2019-11-14 07:55:25.624oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUBD-9CHHYVRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T10:55:25Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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