Detalhes bibliográficos
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
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spelling 2022-05-30T21:01:07Z2022-05-30T21:01:07Z201923978-65-80968-09-1http://hdl.handle.net/1843/42089A resistência indígena faz-se presente desde a invasão europeia: na preservação das tradições diretamente relacionada ao uso do espaço e, até mesmo, sobre seus próprios corpos. Mesmo com o passar dos séculos e com as diversas transformações em suas vivências cotidianas, ainda se perpetua a necessidade de escapar-se do pensamento abissal, o qual coloca em contexto dicotômico a zona “civilizada”, dos europeus/brancos, e a zona “selvagem”, dos povos originários. Além da ausência de recursos e das disputas territoriais presentes nas aldeias que colaboram com a migração, os indígenas sofrem com conflitos presente no meio urbano. Neste lócus enfrentarem estigmas no que se diz respeito à sua identidade, e, por conta disso, são constantemente questionados quanto à fidedignidade de serem indígenas. Sendo que, tal como explicita o antropólogo Castro no texto “no Brasil, todo mundo é índio, exceto quem não é”, não cabe aos não-indígenas a discussão quanto ao pertencimento ou não-pertencimento de um indivíduo à determinada etnia. Essa cidade também não os abriga, visto que, devido à falta de políticas e à segregação socioespacial, vivem, em sua maioria, em condições marginalizadas, “as pessoas que vêm da aldeia vão morar onde? Não é na Zona Sul. Quem vem da aldeia vai morar na favela” (KAMBIWÁ, 2016). Um reflexo dessa realidade, por exemplo, é encontrado em Belo Horizonte, onde de acordo com os dados do CENSO de 2010 divulgados pelo CEDEFES, mostrou-se que há “mais de 5 mil indígenas na Região Metropolitana totalmente invisibilizados” (KAMBIWÁ, 2016). Nesse contexto, coloca-se a discussão presente neste ensaio, baseada na leitura da vivência indígena no contexto urbano belo horizontino a partir das atividades desempenhadas pelo programa de extensão MORAR INDÍGENA da UFMG, questionando: como se poderia traçar ou pensar um planejamento urbano que não os aculturem, tampouco os exclua? Como seria possível planejar a cidade junto e a despeito da legislação urbana usando da própria ideia indígena de multiplicidade, aqui sinônimo da boa política, parafraseando o texto homônimo do antropólogo brasileiro Eduardo Viveiros de Castro. A partir das atividades do MORAR INDÍGENA junto a órgãos governamentais, coletivos e ativistas, pretende-se discutir os modos como os indígenas agem politicamente na cidade de Belo Horizonte, levando em conta suas representações e ações efetivas na conformação de seus territórios, procurando apontar modos de planejamento e produção socioespacial adequados a cidades do Sul, tendo em vista o abismo que separa o Estado de formas políticas não ocidentais.porUniversidade Federal de Minas GeraisUFMGBrasilARQ - ESCOLA DE ARQUITETURACongresso de Escolas e Faculdades Públicas de Arquitetura da América do SulÍndiosPlanejamento urbanoEspaço urbanoIndígenas na cidadeResistência indígenaPlanejamento urbano inclusivoIndígenas na cidade: invisibilidade, resistência e o papel do planejamento urbanoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/conferenceObjecthttps://proceedings.science/arquisur-2019/papers/indigenas-na-cidade--invisibilidade--resistencia-e-o-papel-do-planejamento-urbano?lang=pt-brAdriano Mattos CorrêaEduarda Monti Silvaapplication/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGLICENSELicense.txtLicense.txttext/plain; charset=utf-82042https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/42089/1/License.txtfa505098d172de0bc8864fc1287ffe22MD51ORIGINALIndígenas na cidade.pdfIndígenas na cidade.pdfapplication/pdf1131046https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/42089/2/Ind%c3%adgenas%20na%20cidade.pdf1e077adfd30c150e473dbc977e701ab5MD521843/420892022-05-30 18:01:07.572oai:repositorio.ufmg.br:1843/42089TElDRU7vv71BIERFIERJU1RSSUJVSe+/ve+/vU8gTu+/vU8tRVhDTFVTSVZBIERPIFJFUE9TSVTvv71SSU8gSU5TVElUVUNJT05BTCBEQSBVRk1HCiAKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50Ye+/ve+/vW8gZGVzdGEgbGljZW7vv71hLCB2b2Pvv70gKG8gYXV0b3IgKGVzKSBvdSBvIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yKSBjb25jZWRlIGFvIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbu+/vW8gZXhjbHVzaXZvIGUgaXJyZXZvZ++/vXZlbCBkZSByZXByb2R1emlyIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIHN1YSBwdWJsaWNh77+977+9byAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBwb3IgdG9kbyBvIG11bmRvIG5vIGZvcm1hdG8gaW1wcmVzc28gZSBlbGV0cu+/vW5pY28gZSBlbSBxdWFscXVlciBtZWlvLCBpbmNsdWluZG8gb3MgZm9ybWF0b3Mg77+9dWRpbyBvdSB277+9ZGVvLgoKVm9j77+9IGRlY2xhcmEgcXVlIGNvbmhlY2UgYSBwb2zvv710aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2Pvv70gY29uY29yZGEgcXVlIG8gUmVwb3NpdO+/vXJpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250Ze+/vWRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNh77+977+9byBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byBwYXJhIGZpbnMgZGUgcHJlc2VydmHvv73vv71vLgoKVm9j77+9IHRhbWLvv71tIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPvv71waWEgZGUgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFu77+9YSwgYmFjay11cCBlIHByZXNlcnZh77+977+9by4KClZvY++/vSBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNh77+977+9byDvv70gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9j77+9IHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vu77+9YS4gVm9j77+9IHRhbWLvv71tIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVw77+9c2l0byBkZSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gbu+/vW8sIHF1ZSBzZWphIGRlIHNldSBjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIG5pbmd177+9bS4KCkNhc28gYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY++/vSBu77+9byBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2Pvv70gZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzc++/vW8gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7vv71hLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3Tvv70gY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBubyBjb250Ze+/vWRvIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0Hvv73vv71PIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ++/vU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfvv71OQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0Pvv70gREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklT77+9TyBDT01PIFRBTULvv71NIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0Hvv73vv71FUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNh77+977+9bywgZSBu77+9byBmYXLvv70gcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJh77+977+9bywgYWzvv71tIGRhcXVlbGFzIGNvbmNlZGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7vv71hLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-05-30T21:01:07Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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