A inquisição nas Minas setecentistas: tensões constitutivas na persecução da feitiçaria

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Isabela de Andrade Pena Miranda Corby
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/62043
Resumo: A presente tese analisa um conjunto documental de fontes primárias constituído por sumários de culpas e denúncias por feitiçaria originários dos territórios coloniais mineiros no período de 1700 a 1774, que estão consignados nos Cadernos do Promotor da Inquisição de Lisboa, além de examinar os processos referentes à feitiçaria na jurisdição inquisitorial e estabelecer um quadro comparativo entre toda essa documentação e as sentenças por feitiçaria julgadas na jurisdição eclesiástica. O estudo das fontes selecionadas durante o trabalho de pesquisa parte do problema de que há um descompasso entre o número de processos inquisitoriais instaurados por feitiçaria – apenas dois – e a vasta quantidade de sumários de culpas e denúncias – oitenta e nove. A análise dessa documentação torna evidente a existência de uma tensão constitutiva entre as jurisdições inquisitorial e eclesiástica na persecução da feitiçaria e, especialmente, entre as expectativas normativas dos diversos atores envolvidos, muitas vezes distintas. Essa relação de conflito expressa-se seja quanto aos requisitos procedimentais (testemunhas, denúncias, provas, etc.); quanto ao modo de proceder (prudência, cautela, rigor, etc.); e quanto à caracterização da própria feitiçaria em face dos casos concretos. Enquanto o Tribunal do Santo Ofício em Lisboa adotava um rigor procedimental na apreciação das denúncias e dos sumários de culpas antes de determinar a instauração de um processo, os agentes inquisitoriais e os membros do Eclesiástico atuantes nos territórios coloniais mineiros buscavam atender aos anseios, interesses e demandas da população local ainda que em detrimento dos procedimentos e dos modos de proceder, resultando em defeitos processuais que não passavam imperceptíveis ao crivo do Promotor e da Mesa da Inquisição.
id UFMG_95d64321790c35f303f8a9f2b9696c8b
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/62043
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Marcelo Andrade Cattoni de Oliveirahttp://lattes.cnpq.br/4442732824534071Alexandre Almeida MarcussiMônica Sette LopesAdamo Dias AlvesAdriana RomeiroMenelick de Carvalho NettoFlávio Barbosa Quinaud PedronAlécio Nunes Fernandeshttp://lattes.cnpq.br/0532661144103251Isabela de Andrade Pena Miranda Corby2023-12-18T10:27:19Z2023-12-18T10:27:19Z2023-03-10http://hdl.handle.net/1843/62043A presente tese analisa um conjunto documental de fontes primárias constituído por sumários de culpas e denúncias por feitiçaria originários dos territórios coloniais mineiros no período de 1700 a 1774, que estão consignados nos Cadernos do Promotor da Inquisição de Lisboa, além de examinar os processos referentes à feitiçaria na jurisdição inquisitorial e estabelecer um quadro comparativo entre toda essa documentação e as sentenças por feitiçaria julgadas na jurisdição eclesiástica. O estudo das fontes selecionadas durante o trabalho de pesquisa parte do problema de que há um descompasso entre o número de processos inquisitoriais instaurados por feitiçaria – apenas dois – e a vasta quantidade de sumários de culpas e denúncias – oitenta e nove. A análise dessa documentação torna evidente a existência de uma tensão constitutiva entre as jurisdições inquisitorial e eclesiástica na persecução da feitiçaria e, especialmente, entre as expectativas normativas dos diversos atores envolvidos, muitas vezes distintas. Essa relação de conflito expressa-se seja quanto aos requisitos procedimentais (testemunhas, denúncias, provas, etc.); quanto ao modo de proceder (prudência, cautela, rigor, etc.); e quanto à caracterização da própria feitiçaria em face dos casos concretos. Enquanto o Tribunal do Santo Ofício em Lisboa adotava um rigor procedimental na apreciação das denúncias e dos sumários de culpas antes de determinar a instauração de um processo, os agentes inquisitoriais e os membros do Eclesiástico atuantes nos territórios coloniais mineiros buscavam atender aos anseios, interesses e demandas da população local ainda que em detrimento dos procedimentos e dos modos de proceder, resultando em defeitos processuais que não passavam imperceptíveis ao crivo do Promotor e da Mesa da Inquisição.This thesis analyzes a documentary set of primary sources consisting of summaries of guilt and denunciations for witchcraft originating in the colonial territories of Minas Gerais in the period from 1700 to 1774, which are recorded in the Notebooks of the Promotor of the Inquisition of Lisbon, in addition to examining the processes related to the witchcraft in the inquisitorial jurisdiction and establish a comparison between all this documentation and the sentences for witchcraft judged in the ecclesiastical jurisdiction. The study of the sources selected during the research work starts from the problem about that there is a mismatch between the number of inquisitorial processes initiated for witchcraft – only two – and the vast amount of summaries of guilt and denunciations – eighty-nine. The analysis of these documents makes evident the existence of a constitutive tension between the inquisitorial and ecclesiastical jurisdictions in the witchcraft persecutions and, especially, between the normative expectations of the different actors involved, which are often different. This conflict relationship is expressed either in terms of procedural requirements (witnesses, complaints, evidence, etc.); regarding the way to proceed (prudence, caution, rigor, etc.); and regarding the characterization of sorcery itself in the face of concrete cases. While the Court of the Holy Office in Lisbon adopted a procedural rigor in the memory of denunciations and summaries of guilt before determining the initiation of a process, the inquisitorial agents and members of the ecclesiastic acting in the colonial territories of Minas Gerais sought to attend to the hopefuls, interests and demands from the local population, even at the expense of procedures and ways of proceeding, resulted in procedural defects that did not go unnoticed by the Prosecutor and the Board of the Inquisition.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em DireitoUFMGBrasilDIREITO - FACULDADE DE DIREITOhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessProcesso penal - HistóriaInquisiçãoMinas Gerais - História - Séc. XVIIIFeitiçaria - HistóriaInquisiçãoCadernos do promotorFeitiçariaProcedimentosPrudênciaA inquisição nas Minas setecentistas: tensões constitutivas na persecução da feitiçariainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALA Inquisição nas Minas setecentistas _ Tese Isabela Corby _ Versão Depósito.pdfA Inquisição nas Minas setecentistas _ Tese Isabela Corby _ Versão Depósito.pdfA Inquisição nas Minas setecentistas _ Tese Isabela Corbyapplication/pdf4242238https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/62043/3/A%20Inquisi%c3%a7%c3%a3o%20nas%20Minas%20setecentistas%20_%20Tese%20Isabela%20Corby%20_%20Vers%c3%a3o%20Dep%c3%b3sito.pdf7aa9da0931b604758c79b00d767349ceMD53CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/62043/4/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD54LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/62043/5/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD551843/620432023-12-18 07:27:19.594oai:repositorio.ufmg.br:1843/62043TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2023-12-18T10:27:19Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv A inquisição nas Minas setecentistas: tensões constitutivas na persecução da feitiçaria
title A inquisição nas Minas setecentistas: tensões constitutivas na persecução da feitiçaria
spellingShingle A inquisição nas Minas setecentistas: tensões constitutivas na persecução da feitiçaria
Isabela de Andrade Pena Miranda Corby
Inquisição
Cadernos do promotor
Feitiçaria
Procedimentos
Prudência
Processo penal - História
Inquisição
Minas Gerais - História - Séc. XVIII
Feitiçaria - História
title_short A inquisição nas Minas setecentistas: tensões constitutivas na persecução da feitiçaria
title_full A inquisição nas Minas setecentistas: tensões constitutivas na persecução da feitiçaria
title_fullStr A inquisição nas Minas setecentistas: tensões constitutivas na persecução da feitiçaria
title_full_unstemmed A inquisição nas Minas setecentistas: tensões constitutivas na persecução da feitiçaria
title_sort A inquisição nas Minas setecentistas: tensões constitutivas na persecução da feitiçaria
author Isabela de Andrade Pena Miranda Corby
author_facet Isabela de Andrade Pena Miranda Corby
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Marcelo Andrade Cattoni de Oliveira
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/4442732824534071
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Alexandre Almeida Marcussi
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Mônica Sette Lopes
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Adamo Dias Alves
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Adriana Romeiro
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Menelick de Carvalho Netto
dc.contributor.referee5.fl_str_mv Flávio Barbosa Quinaud Pedron
Alécio Nunes Fernandes
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/0532661144103251
dc.contributor.author.fl_str_mv Isabela de Andrade Pena Miranda Corby
contributor_str_mv Marcelo Andrade Cattoni de Oliveira
Alexandre Almeida Marcussi
Mônica Sette Lopes
Adamo Dias Alves
Adriana Romeiro
Menelick de Carvalho Netto
Flávio Barbosa Quinaud Pedron
Alécio Nunes Fernandes
dc.subject.por.fl_str_mv Inquisição
Cadernos do promotor
Feitiçaria
Procedimentos
Prudência
topic Inquisição
Cadernos do promotor
Feitiçaria
Procedimentos
Prudência
Processo penal - História
Inquisição
Minas Gerais - História - Séc. XVIII
Feitiçaria - História
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Processo penal - História
Inquisição
Minas Gerais - História - Séc. XVIII
Feitiçaria - História
description A presente tese analisa um conjunto documental de fontes primárias constituído por sumários de culpas e denúncias por feitiçaria originários dos territórios coloniais mineiros no período de 1700 a 1774, que estão consignados nos Cadernos do Promotor da Inquisição de Lisboa, além de examinar os processos referentes à feitiçaria na jurisdição inquisitorial e estabelecer um quadro comparativo entre toda essa documentação e as sentenças por feitiçaria julgadas na jurisdição eclesiástica. O estudo das fontes selecionadas durante o trabalho de pesquisa parte do problema de que há um descompasso entre o número de processos inquisitoriais instaurados por feitiçaria – apenas dois – e a vasta quantidade de sumários de culpas e denúncias – oitenta e nove. A análise dessa documentação torna evidente a existência de uma tensão constitutiva entre as jurisdições inquisitorial e eclesiástica na persecução da feitiçaria e, especialmente, entre as expectativas normativas dos diversos atores envolvidos, muitas vezes distintas. Essa relação de conflito expressa-se seja quanto aos requisitos procedimentais (testemunhas, denúncias, provas, etc.); quanto ao modo de proceder (prudência, cautela, rigor, etc.); e quanto à caracterização da própria feitiçaria em face dos casos concretos. Enquanto o Tribunal do Santo Ofício em Lisboa adotava um rigor procedimental na apreciação das denúncias e dos sumários de culpas antes de determinar a instauração de um processo, os agentes inquisitoriais e os membros do Eclesiástico atuantes nos territórios coloniais mineiros buscavam atender aos anseios, interesses e demandas da população local ainda que em detrimento dos procedimentos e dos modos de proceder, resultando em defeitos processuais que não passavam imperceptíveis ao crivo do Promotor e da Mesa da Inquisição.
publishDate 2023
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2023-12-18T10:27:19Z
dc.date.available.fl_str_mv 2023-12-18T10:27:19Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2023-03-10
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/62043
url http://hdl.handle.net/1843/62043
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Direito
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv DIREITO - FACULDADE DE DIREITO
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/62043/3/A%20Inquisi%c3%a7%c3%a3o%20nas%20Minas%20setecentistas%20_%20Tese%20Isabela%20Corby%20_%20Vers%c3%a3o%20Dep%c3%b3sito.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/62043/4/license_rdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/62043/5/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 7aa9da0931b604758c79b00d767349ce
cfd6801dba008cb6adbd9838b81582ab
cda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589566342365184