Validação da emotional processing scale (EPS) para adolescentes brasileiros

• Autor(a) principal: Laura Rodrigues Vieira
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/53279
• topic: Processamento emocional; Adolescência; Psicometria; Psicologia - Teses; Psicometria - Teses; Testes - Teses; Emoções - Teses; Adolescencia - Teses

A Emotional Processing Scale (EPS) é uma escala de origem inglesa que tem como objetivo avaliar dificuldades no processamento emocional. O instrumento tem demonstrando aplicabilidade em diferentes contextos, boa discriminação entre grupos e características psicométricas satisfatórias. Diante da ausência de instrumentos para a avaliação do processamento emocional em adolescentes no Brasil, a presente dissertação teve como objetivo levantar evidências de validade da EPS para adolescentes brasileiros de 13 a 19 anos. Foram realizadas duas etapas principais neste estudo: a primeira etapa investigou as evidências de validade de conteúdo da EPS e contou com uma amostra da população-alvo (N = 10) e com um comitê de juízes especialistas (N = 6). Foram utilizados dois questionários para coleta de dados e foram empregados procedimentos de análise de dados qualitativos e quantitativos (Coeficiente de Validade de Conteúdo (CVC) e Kappa de Fleiss). A segunda etapa buscou explorar as evidências de validade de construto da EPS, baseadas na investigação de sua estrutura interna e em sua relação com outros construtos/outras variáveis. A fidedignidade também foi avaliada por meio da análise de consistência interna e da estabilidade temporal. A segunda etapa contou com uma amostra de 482 adolescentes (meninas: n = 335; 69,5%) entre 13 e 19 anos (média = 15,76 anos; DP = 1,23). Na coleta de dados, foram aplicados um questionário para levantamento de informações sociodemográficas e de saúde geral, a EPS, o Self Report Questionnaire (SRQ-20) e a Escala de Afetos Positivos e Negativos para Adolescentes (EAPN-A). As análises conduzidas foram de natureza descritiva (medidas de tendência central, dispersão e distribuição) e inferencial (análise exploratória por modelagem de equação estrutural; teste U de Mann-Whitney (U); coeficiente de correlação de postos de Spearman; coeficientes alfa de Cronbach e ômega de McDonald). A primeira etapa alcançou como resultado uma versão piloto adaptada da EPS cujas propriedades psicométricas foram avaliadas sequencialmente. Os resultados da segunda etapa demonstraram ajuste adequado do modelo bifatorial à estrutura interna da EPS. Conforme esperado, foram encontradas associações positivas entre os escores da EPS e da EAPN-A - afetos negativos e com o SRQ20 e associação negativa e EAPN-A - afetos positivos. O escore na EPS também foi significativamente mais alto para adolescentes com histórico de transtornos mentais. Considerando o coeficiente ômega (ω), a consistência interna foi adequada. De forma geral, a estrutura interna bifatorial encontrada da escala é promissora e os resultados psicométricos foram satisfatórios. Novos estudos psicométricos são necessários para ampliação do conhecimento sobre as propriedades da escala.