Perfil microbiológico das hemoculturas de pacientes queimados: revisão de literatura

• Autor(a) principal: Viviane Cata Preta Souza
• Data de Publicação: 2011
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-9DWFLZ
• topic: Prevenção e Controle de Infecções; Controle de infecções

O conhecimento acerca das espécies de micro-organismos que colonizam e infectam pacientes queimados contribui para a implementação de medidas de controle de infecção e para um tratamento empírico mais efetivo e menos impactante na seleção de cepas resistentes no ambiente hospitalar. O paciente queimado tem uma maior incidência de sepse quando comparado a outras formas de trauma. Neste trabalho, foi feito um levantamento sobre os micro-organismos presentes nas hemoculturas de pacientes queimados com base nos estudos epidemiológicos realizados em várias UTQ do mundo, como forma de traçar um perfil microbiológico da sepse neste grupo de pacientes. Artigos científicos das principais revistas especializadas no tratamento e reabilitação de pacientes queimados que continham informações acerca de dados microbiológicos de pacientes com sepse foram revisados e as informações mais relevantes no que concernem as espécies microbianas e seus fenótipos de resistência a antimicrobianos foram descritas e discutidas. Nesta revisão, pode-se observar que a sepse em queimados é causada principalmente por Staphylococcus, sobretudo S. aureus, Pseudomonas aeruginosa, Enterococcus sp, Acinetobacter baumannii, Candida sp e por enterobactérias, principalmente Klebsiella sp e Enterobacter sp. MRSA são descritos em quase todos os estudos epidemiológicos de infecção de sítio sanguíneo em queimados. Bastonetes Gram negativos resistentes a cefalosporinas e a carbapenêmicos tem se tornado frequentes. O conhecimento do perfil microbiológico das infecções sanguíneas de pacientes queimados de uma unidade hospitalar pode auxiliar na eficácia da terapêutica empírica e pode servir de base para a elaboração de protocolos de manejo do paciente grande queimado.