Infecções do trato urinário por Escherichia coli Uropatogênica: uma revisão

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marcos Vinicius Silva
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-99WGN6
Resumo: As infecções do trato urinário (ITU) estão entre os quadros clínicos mais frequentes que acometem o ser humano, sendo a segunda morbidade mais comum na população em geral. No aspecto clínico, a ITU pode ser dividida em cistite e pielonefrite. Quando sintomática, o quadro clínico de ITU pode ser característico para o diagnóstico apresentando um ou mais dos sinais ou sintomas: disúria, polaciúria, dor lombar, febre e calafrios, urgência miccional, nictúria e urina turva. Entretanto existem aquelas assintomáticas e as recorrentes, quadros que precisam de maior cuidado no diagnóstico e tratamento. A urocultura quantitativa é um exame importante no diagnóstico laboratorial de uma ITU, pois pode demonstrar a existência de infecção, permite a identificação do agente e o estudo de sua suscetibilidade aos antimicrobianos. Entre os microrganismos associados à ITU Escherichia coli ganha papel de destaque. A grande maioria de ITU é causada por Escherichia coli, uma bactéria pertencente ao grupo das Enterobacteriaceae, cujo habitat normal é o trato gastrintestinal do ser humano e dos animais de sangue quente. Em função de seus fatores de virulência e dos quadros clínicos que provoca Escherichia coli pode ser dividida nas classes: Escherichia coli Uropatogênica (UPEC), Escherichia coli Enteropatogênica (EPEC), Escherichia coli Enterotoxigênica (ETEC), Escherichia coli Enterohemorrágica (EHEC), Escherichia coli Enteroinvasiva (EIEC) e Escherichia coli Enteroagregativa (EAEC). UPEC é considerada o principal agente causador das ITU e responsável por aproximadamente 80% das mesmas, como mostram estudos realizados em diferentes regiões do Brasil e de outros países. Entre os fatores de virulência já descritos para UPEC estão: adesinas, sistemas de captação de ferro, toxinas, polissacarídeos capsulares. Estes fatores habilitam o microrganismo a ligar-se a tecidos e superfícies do hospedeiro e escapar à ação do sistema imunológico do hospedeiro. Atualmente, em sua maioria, o tratamento preconizado pelo Conselho Federal de Medicina para uma ITU é realizado com a utilização dos seguintes fármacos: Sulfametoxazol+Trimetoprim, Quinolonas e Fluoroquinolonas, Beta-lactâmicos e Nitrofurantoína.
id UFMG_997b097df803e1f60074fbe787186baf
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-99WGN6
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Fatima Soares Motta NoronhaViviane Alves GouveiaCésar Lúcio Lopes de Faria JúniorMarcos Vinicius Silva2019-08-13T17:30:49Z2019-08-13T17:30:49Z2012-04-24http://hdl.handle.net/1843/BUOS-99WGN6As infecções do trato urinário (ITU) estão entre os quadros clínicos mais frequentes que acometem o ser humano, sendo a segunda morbidade mais comum na população em geral. No aspecto clínico, a ITU pode ser dividida em cistite e pielonefrite. Quando sintomática, o quadro clínico de ITU pode ser característico para o diagnóstico apresentando um ou mais dos sinais ou sintomas: disúria, polaciúria, dor lombar, febre e calafrios, urgência miccional, nictúria e urina turva. Entretanto existem aquelas assintomáticas e as recorrentes, quadros que precisam de maior cuidado no diagnóstico e tratamento. A urocultura quantitativa é um exame importante no diagnóstico laboratorial de uma ITU, pois pode demonstrar a existência de infecção, permite a identificação do agente e o estudo de sua suscetibilidade aos antimicrobianos. Entre os microrganismos associados à ITU Escherichia coli ganha papel de destaque. A grande maioria de ITU é causada por Escherichia coli, uma bactéria pertencente ao grupo das Enterobacteriaceae, cujo habitat normal é o trato gastrintestinal do ser humano e dos animais de sangue quente. Em função de seus fatores de virulência e dos quadros clínicos que provoca Escherichia coli pode ser dividida nas classes: Escherichia coli Uropatogênica (UPEC), Escherichia coli Enteropatogênica (EPEC), Escherichia coli Enterotoxigênica (ETEC), Escherichia coli Enterohemorrágica (EHEC), Escherichia coli Enteroinvasiva (EIEC) e Escherichia coli Enteroagregativa (EAEC). UPEC é considerada o principal agente causador das ITU e responsável por aproximadamente 80% das mesmas, como mostram estudos realizados em diferentes regiões do Brasil e de outros países. Entre os fatores de virulência já descritos para UPEC estão: adesinas, sistemas de captação de ferro, toxinas, polissacarídeos capsulares. Estes fatores habilitam o microrganismo a ligar-se a tecidos e superfícies do hospedeiro e escapar à ação do sistema imunológico do hospedeiro. Atualmente, em sua maioria, o tratamento preconizado pelo Conselho Federal de Medicina para uma ITU é realizado com a utilização dos seguintes fármacos: Sulfametoxazol+Trimetoprim, Quinolonas e Fluoroquinolonas, Beta-lactâmicos e Nitrofurantoína.The Urinary Tract Infections (UTI) are one of the most frequent bacterial infections affecting humans, being the second most common infection in the general population. From the clinical aspect, the UTI can be divided into cystitis and pyelonephritis. When symptomatic, the clinical features of UTI may be characteristic for the diagnosis, including dysuria, urinary frequency, back pain, fever and chills, urinary urgency, nocturia, and cloudy urine. However there are those asymptomatic and also those that are recurrent, clinical entities that need special attention in the diagnosis and treatment. The quantitative urine culture is a very important test for the laboratory diagnosis of a UTI since it indicates the presence of infection, allows the identification of the organism causing the infection and the study of their antimicrobial susceptibility. The great majority of UTI is caused by Escherichia coli, a bacterium belonging to the family Enterobacteriaceae, whose normal habitat is the gastrointestinal tract of humans and animals of hot blood. Because of its virulence factors and conditions associated with Escherichia coli these bacteria can be divided into Escherichia coli Uropatogênica (UPEC), Escherichia coli Enteropatogênica (EPEC), Escherichia coli Enterotoxigênica ETEC, Escherichia coli Enterohemorrágica (EHEC), Escherichia coli Enteroinvasiva (EIEC) e Escherichia coli Enteroagregativa (EAEC). UPEC is considered the main causative agent of UTI and accounts for approximately 80% of them, as shown by studies conducted in different regions of Brazil and other countries. The known virulence factors of UPEC are: adhesins, iron acquisition systems, toxins and capsular polysaccharides. These factors make the microorganism capable of fixing the cells and tissues of host surfaces and allow these bacteria to escape the host's immune system. Currently, as preconized by the Conselho Federal de Medicina, the treatment of the great majority of UTI is accomplished using the following drugs: sulfamethoxazole + trimethoprim, quinolones and fluoroquinolones, betalactams and Nitrofurantoina.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGMicrobiologiaEscherichia coliAparelho Urinário DoençasCistitePielonefriteEscherichia coliCistiteITUPielonefriteUPECInfecções do trato urinário por Escherichia coli Uropatogênica: uma revisãoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALmicrobiologia_marcos_vin_cius_silva_monografia.pdfapplication/pdf696073https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-99WGN6/1/microbiologia_marcos_vin_cius_silva_monografia.pdfdc9c8c65ef95a4d1cd5bebefb14e220aMD51TEXTmicrobiologia_marcos_vin_cius_silva_monografia.pdf.txtmicrobiologia_marcos_vin_cius_silva_monografia.pdf.txtExtracted texttext/plain81395https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-99WGN6/2/microbiologia_marcos_vin_cius_silva_monografia.pdf.txt236fe79cee419440e405f9eae58eca32MD521843/BUOS-99WGN62019-11-14 16:33:35.848oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-99WGN6Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T19:33:35Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Infecções do trato urinário por Escherichia coli Uropatogênica: uma revisão
title Infecções do trato urinário por Escherichia coli Uropatogênica: uma revisão
spellingShingle Infecções do trato urinário por Escherichia coli Uropatogênica: uma revisão
Marcos Vinicius Silva
Escherichia coli
Cistite
ITU
Pielonefrite
UPEC
Microbiologia
Escherichia coli
Aparelho Urinário Doenças
Cistite
Pielonefrite
title_short Infecções do trato urinário por Escherichia coli Uropatogênica: uma revisão
title_full Infecções do trato urinário por Escherichia coli Uropatogênica: uma revisão
title_fullStr Infecções do trato urinário por Escherichia coli Uropatogênica: uma revisão
title_full_unstemmed Infecções do trato urinário por Escherichia coli Uropatogênica: uma revisão
title_sort Infecções do trato urinário por Escherichia coli Uropatogênica: uma revisão
author Marcos Vinicius Silva
author_facet Marcos Vinicius Silva
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Fatima Soares Motta Noronha
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Viviane Alves Gouveia
dc.contributor.referee2.fl_str_mv César Lúcio Lopes de Faria Júnior
dc.contributor.author.fl_str_mv Marcos Vinicius Silva
contributor_str_mv Fatima Soares Motta Noronha
Viviane Alves Gouveia
César Lúcio Lopes de Faria Júnior
dc.subject.por.fl_str_mv Escherichia coli
Cistite
ITU
Pielonefrite
UPEC
topic Escherichia coli
Cistite
ITU
Pielonefrite
UPEC
Microbiologia
Escherichia coli
Aparelho Urinário Doenças
Cistite
Pielonefrite
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Microbiologia
Escherichia coli
Aparelho Urinário Doenças
Cistite
Pielonefrite
description As infecções do trato urinário (ITU) estão entre os quadros clínicos mais frequentes que acometem o ser humano, sendo a segunda morbidade mais comum na população em geral. No aspecto clínico, a ITU pode ser dividida em cistite e pielonefrite. Quando sintomática, o quadro clínico de ITU pode ser característico para o diagnóstico apresentando um ou mais dos sinais ou sintomas: disúria, polaciúria, dor lombar, febre e calafrios, urgência miccional, nictúria e urina turva. Entretanto existem aquelas assintomáticas e as recorrentes, quadros que precisam de maior cuidado no diagnóstico e tratamento. A urocultura quantitativa é um exame importante no diagnóstico laboratorial de uma ITU, pois pode demonstrar a existência de infecção, permite a identificação do agente e o estudo de sua suscetibilidade aos antimicrobianos. Entre os microrganismos associados à ITU Escherichia coli ganha papel de destaque. A grande maioria de ITU é causada por Escherichia coli, uma bactéria pertencente ao grupo das Enterobacteriaceae, cujo habitat normal é o trato gastrintestinal do ser humano e dos animais de sangue quente. Em função de seus fatores de virulência e dos quadros clínicos que provoca Escherichia coli pode ser dividida nas classes: Escherichia coli Uropatogênica (UPEC), Escherichia coli Enteropatogênica (EPEC), Escherichia coli Enterotoxigênica (ETEC), Escherichia coli Enterohemorrágica (EHEC), Escherichia coli Enteroinvasiva (EIEC) e Escherichia coli Enteroagregativa (EAEC). UPEC é considerada o principal agente causador das ITU e responsável por aproximadamente 80% das mesmas, como mostram estudos realizados em diferentes regiões do Brasil e de outros países. Entre os fatores de virulência já descritos para UPEC estão: adesinas, sistemas de captação de ferro, toxinas, polissacarídeos capsulares. Estes fatores habilitam o microrganismo a ligar-se a tecidos e superfícies do hospedeiro e escapar à ação do sistema imunológico do hospedeiro. Atualmente, em sua maioria, o tratamento preconizado pelo Conselho Federal de Medicina para uma ITU é realizado com a utilização dos seguintes fármacos: Sulfametoxazol+Trimetoprim, Quinolonas e Fluoroquinolonas, Beta-lactâmicos e Nitrofurantoína.
publishDate 2012
dc.date.issued.fl_str_mv 2012-04-24
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-08-13T17:30:49Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-08-13T17:30:49Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/bachelorThesis
format bachelorThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/BUOS-99WGN6
url http://hdl.handle.net/1843/BUOS-99WGN6
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-99WGN6/1/microbiologia_marcos_vin_cius_silva_monografia.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-99WGN6/2/microbiologia_marcos_vin_cius_silva_monografia.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv dc9c8c65ef95a4d1cd5bebefb14e220a
236fe79cee419440e405f9eae58eca32
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589551065661440