Aspecto: núcleo licenciador da alternância incoativa no PB

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Maria Jose de Oliveira
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/DAJR-8N2JDL
Resumo: Esta dissertação tem como objetivo investigar os verbos causativo-incoativos do português brasileiro. No intuito de descrever os tipos de argumentos selecionados por esses verbos, bem como compreender a forma de licenciamento dos traços aspectuais [+incoativo] e [+télico], os verbos são agrupados em duas subclasses. Na primeira subclasse, estão os verbos do tipo de apodrecer que carregam o morfema aspectual incoativo {-ec-}. Na segunda, estão os verbos do tipo de quebrar que não exibem morfologia incoativa visível. A investigação começa a partir de estudos de Hale & Keyser (1993; 2002) sobre a estrutura argumental de verbos locativos que possuem um componente semântico chamado manner em sua representação lexical, o qual permite que tais verbos alternem na forma incoativa. Por outro lado, quando esse componente não está presente dentro do VP lexical, a alternância incoativa é, então, bloqueada. Com base nessas intuições, a hipótese assumida é a de que o componente semântico manner corresponde ao traço aspectual [+incoativo]. Consequentemente, eu hipotetizo que este traço deve ser coindexado com o argumento interno [+afetado], em [Spec-VP]. Portanto, afirmo que a presença do traço [+incoativo] no significado do predicado é diretamente responsável pela interpretação da mudança de estado do argumento interno. Como resultado desta análise, assumirei que predicados que expressam mudança pontual devem apresentar uma leitura [+télica].
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