Avaliação da atividade de patenteamento em biotecnologia no Brasil no período de 1996 a 2007

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Isabela Cristina Ferreira Drummond
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/39852
Resumo: Nos últimos 50 anos, o Brasil desenvolveu habilidades acadêmicas competitivas e avançou significativamente na formação de recursos humanos qualificados. O país está atualmente na 13ª posição na lista de países que mais publicam artigos científicos no mundo: 2,12% da produção global. Em fevereiro de 2007, o presidente da república decretou a Política de Desenvolvimento da Biotecnologia que prevê, entre outras ações, a promoção da cultura da inovação e o uso estratégico da propriedade intelectual a fim de assegurar maior competitividade à biotecnologia nacional. Neste sentido, faz-se necessário diagnosticar o estado atual e a evolução da proteção intelectual em biotecnologia no Brasil de forma a subsidiar ações de desenvolvimento para este setor. Este estudo consistiu no levantamento e análise dos depósitos de patentes no INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) entre os anos de 1996 e 2007 através de duas bases de dados online (INPI e Espacenet) e dos depósitos por residentes via PCT (Tratado de Cooperação em Matéria de Patentes) através do sistema PatentScope. Para identificação das patentes biotecnológicas foram utilizados os códigos da Classificação Internacional de Patentes (CIP) estabelecidos pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) como representativos da biotecnologia. A subclasse C12N foi adotada como mais representativa da biotecnologia moderna, englobando, principalmente, a engenharia genética e manipulação de microorganismos. Os parâmetros analisados foram: número de depósitos por ano, número de depósitos por país de origem e perfil dos principais depositantes. Foram depositadas cerca de 20.500 patentes no período analisado, mantendo-se uma média de cerca de 600 patentes por ano. Os brasileiros detêm apenas 3,1% das patentes nacionais em biotecnologia, indicando forte controle do conhecimento tecnológico por estrangeiros. Entre os países que mais depositam patentes biotecnológicas no Brasil, o predomínio é dos Estados Unidos, com 43,3% dos depósitos, seguido pela Alemanha (10,0%), Japão (5,6%), França (5,1%) e Suíça (5,1%). Em relação aos depositantes nacionais, as universidades e institutos de pesquisa foram responsáveis pelo maior número de depósitos, 47,9% das patentes, enquanto 16,5% correspondem a pessoas físicas, um patamar alto para um setor tecnológico. Apenas 15,3% dos depósitos estão em nome de empresas privadas. Este padrão de distribuição difere enormemente do de países como Estados Unidos e Alemanha, no qual as empresas privadas são as principais detentoras de patentes biotecnológicas. São várias as implicações deste trabalho para o desenvolvimento do setor brasileiro de biotecnologia, no entanto, dois pontos devem ser enfatizados: (1) o baixo registro de patentes biotecnológicas domésticas frente à forte produção científica do país neste setor; (2) o confinamento do conhecimento biotecnológico nas universidades e centros de pesquisa, o que indica a necessidade de desenvolvimento de mecanismos eficientes de transferência tecnológica e cooperação público/privada.
id UFMG_9a8450139e83c7e4dd01c60b998bb95f
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/39852
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Evanguedes Kalapothakishttp://lattes.cnpq.br/6098050406729323Ruben Dario SinisterraArtur Luiz da Costa da Silvahttp://lattes.cnpq.br/4483054466147363Isabela Cristina Ferreira Drummond2022-03-08T12:58:09Z2022-03-08T12:58:09Z2009-08-06http://hdl.handle.net/1843/39852Nos últimos 50 anos, o Brasil desenvolveu habilidades acadêmicas competitivas e avançou significativamente na formação de recursos humanos qualificados. O país está atualmente na 13ª posição na lista de países que mais publicam artigos científicos no mundo: 2,12% da produção global. Em fevereiro de 2007, o presidente da república decretou a Política de Desenvolvimento da Biotecnologia que prevê, entre outras ações, a promoção da cultura da inovação e o uso estratégico da propriedade intelectual a fim de assegurar maior competitividade à biotecnologia nacional. Neste sentido, faz-se necessário diagnosticar o estado atual e a evolução da proteção intelectual em biotecnologia no Brasil de forma a subsidiar ações de desenvolvimento para este setor. Este estudo consistiu no levantamento e análise dos depósitos de patentes no INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) entre os anos de 1996 e 2007 através de duas bases de dados online (INPI e Espacenet) e dos depósitos por residentes via PCT (Tratado de Cooperação em Matéria de Patentes) através do sistema PatentScope. Para identificação das patentes biotecnológicas foram utilizados os códigos da Classificação Internacional de Patentes (CIP) estabelecidos pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) como representativos da biotecnologia. A subclasse C12N foi adotada como mais representativa da biotecnologia moderna, englobando, principalmente, a engenharia genética e manipulação de microorganismos. Os parâmetros analisados foram: número de depósitos por ano, número de depósitos por país de origem e perfil dos principais depositantes. Foram depositadas cerca de 20.500 patentes no período analisado, mantendo-se uma média de cerca de 600 patentes por ano. Os brasileiros detêm apenas 3,1% das patentes nacionais em biotecnologia, indicando forte controle do conhecimento tecnológico por estrangeiros. Entre os países que mais depositam patentes biotecnológicas no Brasil, o predomínio é dos Estados Unidos, com 43,3% dos depósitos, seguido pela Alemanha (10,0%), Japão (5,6%), França (5,1%) e Suíça (5,1%). Em relação aos depositantes nacionais, as universidades e institutos de pesquisa foram responsáveis pelo maior número de depósitos, 47,9% das patentes, enquanto 16,5% correspondem a pessoas físicas, um patamar alto para um setor tecnológico. Apenas 15,3% dos depósitos estão em nome de empresas privadas. Este padrão de distribuição difere enormemente do de países como Estados Unidos e Alemanha, no qual as empresas privadas são as principais detentoras de patentes biotecnológicas. São várias as implicações deste trabalho para o desenvolvimento do setor brasileiro de biotecnologia, no entanto, dois pontos devem ser enfatizados: (1) o baixo registro de patentes biotecnológicas domésticas frente à forte produção científica do país neste setor; (2) o confinamento do conhecimento biotecnológico nas universidades e centros de pesquisa, o que indica a necessidade de desenvolvimento de mecanismos eficientes de transferência tecnológica e cooperação público/privada.Brazil has developed, over the last 50 years, competitive academic capabilities and has advanced consistently in the training of human resources. The country currently ranks 13th in the world classification of scientific publishing representing 2,12% of global production. In 2007, President da Silva signed a decree outlining the National Policy for Biotechnology Development which promotes, among other actions, intellectual property protection among biotech entrepreneurs and scientists, fostering innovation and competitiveness. This study investigates, thereby, the levels and patterns of biotechnology patenting in Brazil by examining patent applications in the Brazilian Patent Office (Instituto Nacional de Propriedade Industrial, INPI) as well as PCT applications from 1996 to 2007. Biotechnology-related patents were determined according to a list of biotechnology International Patent Classification (IPC) codes provided by the OECD. Subclass C12N was considered the most representative of modern biotechnology, encompassing mainly genetic engineering and manipulation of microorganisms. We analyzed total number of patents and how they evolved over time in terms of ownership structure (domestic or foreign-own) and country of origin. To determine which domestic sector owns the most patents we classified national assignees into six categories, as follows: universities and research institutes; state-owned firms; funding agencies; individuals; government and private firms. 20.500 patent applications were identified from 1996 to 2007, an average of 600 applications per year. Almost 97% of applicants were foreigners. The top-patenting countries at the Brazilian Patent Office were United States (43,7%), Germany (10,0%), Japan (5,6%), France (5,1%) and Switzerland (5,1%). Biotechnology patents in Brazil are predominantly owned by universities and research institutions (47,9%). Individuals come in second, with 16,5% of patent applications, a high number for a science-based sector. Only 15,3% of patents were assigned to private firms. This distribution differs considerably from other countries such as United States and Germany, in which private firms are the main patenters. This study demonstrated (1) the low domestic patenting activity compared to the national scientific production in this area; (2) the confinement of biotechnological knowledge inside universities and research centers, indicating that a well managed public-private cooperation will be key to the commercialization of biotech innovations in the country.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em GenéticaUFMGBrasilICB - DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA GERALGenéticaBiotecnologiaPropriedade intelectualBrasilBiotecnologiaPropriedade intelectualAvaliação da atividade de patenteamento em biotecnologia no Brasil no período de 1996 a 2007info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALIsabela Drummond Dissertacao Mestrado Final.pdfIsabela Drummond Dissertacao Mestrado Final.pdfapplication/pdf1961788https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/39852/1/Isabela%20Drummond%20Dissertacao%20Mestrado%20Final.pdff33ba417b5812be78996dce2193e2e88MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/39852/2/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD521843/398522022-03-08 09:58:10.2oai:repositorio.ufmg.br:1843/39852TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-03-08T12:58:10Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Avaliação da atividade de patenteamento em biotecnologia no Brasil no período de 1996 a 2007
title Avaliação da atividade de patenteamento em biotecnologia no Brasil no período de 1996 a 2007
spellingShingle Avaliação da atividade de patenteamento em biotecnologia no Brasil no período de 1996 a 2007
Isabela Cristina Ferreira Drummond
Biotecnologia
Propriedade intelectual
Genética
Biotecnologia
Propriedade intelectual
Brasil
title_short Avaliação da atividade de patenteamento em biotecnologia no Brasil no período de 1996 a 2007
title_full Avaliação da atividade de patenteamento em biotecnologia no Brasil no período de 1996 a 2007
title_fullStr Avaliação da atividade de patenteamento em biotecnologia no Brasil no período de 1996 a 2007
title_full_unstemmed Avaliação da atividade de patenteamento em biotecnologia no Brasil no período de 1996 a 2007
title_sort Avaliação da atividade de patenteamento em biotecnologia no Brasil no período de 1996 a 2007
author Isabela Cristina Ferreira Drummond
author_facet Isabela Cristina Ferreira Drummond
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Evanguedes Kalapothakis
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/6098050406729323
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Ruben Dario Sinisterra
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Artur Luiz da Costa da Silva
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/4483054466147363
dc.contributor.author.fl_str_mv Isabela Cristina Ferreira Drummond
contributor_str_mv Evanguedes Kalapothakis
Ruben Dario Sinisterra
Artur Luiz da Costa da Silva
dc.subject.por.fl_str_mv Biotecnologia
Propriedade intelectual
topic Biotecnologia
Propriedade intelectual
Genética
Biotecnologia
Propriedade intelectual
Brasil
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Genética
Biotecnologia
Propriedade intelectual
Brasil
description Nos últimos 50 anos, o Brasil desenvolveu habilidades acadêmicas competitivas e avançou significativamente na formação de recursos humanos qualificados. O país está atualmente na 13ª posição na lista de países que mais publicam artigos científicos no mundo: 2,12% da produção global. Em fevereiro de 2007, o presidente da república decretou a Política de Desenvolvimento da Biotecnologia que prevê, entre outras ações, a promoção da cultura da inovação e o uso estratégico da propriedade intelectual a fim de assegurar maior competitividade à biotecnologia nacional. Neste sentido, faz-se necessário diagnosticar o estado atual e a evolução da proteção intelectual em biotecnologia no Brasil de forma a subsidiar ações de desenvolvimento para este setor. Este estudo consistiu no levantamento e análise dos depósitos de patentes no INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) entre os anos de 1996 e 2007 através de duas bases de dados online (INPI e Espacenet) e dos depósitos por residentes via PCT (Tratado de Cooperação em Matéria de Patentes) através do sistema PatentScope. Para identificação das patentes biotecnológicas foram utilizados os códigos da Classificação Internacional de Patentes (CIP) estabelecidos pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) como representativos da biotecnologia. A subclasse C12N foi adotada como mais representativa da biotecnologia moderna, englobando, principalmente, a engenharia genética e manipulação de microorganismos. Os parâmetros analisados foram: número de depósitos por ano, número de depósitos por país de origem e perfil dos principais depositantes. Foram depositadas cerca de 20.500 patentes no período analisado, mantendo-se uma média de cerca de 600 patentes por ano. Os brasileiros detêm apenas 3,1% das patentes nacionais em biotecnologia, indicando forte controle do conhecimento tecnológico por estrangeiros. Entre os países que mais depositam patentes biotecnológicas no Brasil, o predomínio é dos Estados Unidos, com 43,3% dos depósitos, seguido pela Alemanha (10,0%), Japão (5,6%), França (5,1%) e Suíça (5,1%). Em relação aos depositantes nacionais, as universidades e institutos de pesquisa foram responsáveis pelo maior número de depósitos, 47,9% das patentes, enquanto 16,5% correspondem a pessoas físicas, um patamar alto para um setor tecnológico. Apenas 15,3% dos depósitos estão em nome de empresas privadas. Este padrão de distribuição difere enormemente do de países como Estados Unidos e Alemanha, no qual as empresas privadas são as principais detentoras de patentes biotecnológicas. São várias as implicações deste trabalho para o desenvolvimento do setor brasileiro de biotecnologia, no entanto, dois pontos devem ser enfatizados: (1) o baixo registro de patentes biotecnológicas domésticas frente à forte produção científica do país neste setor; (2) o confinamento do conhecimento biotecnológico nas universidades e centros de pesquisa, o que indica a necessidade de desenvolvimento de mecanismos eficientes de transferência tecnológica e cooperação público/privada.
publishDate 2009
dc.date.issued.fl_str_mv 2009-08-06
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2022-03-08T12:58:09Z
dc.date.available.fl_str_mv 2022-03-08T12:58:09Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/39852
url http://hdl.handle.net/1843/39852
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Genética
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv ICB - DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA GERAL
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/39852/1/Isabela%20Drummond%20Dissertacao%20Mestrado%20Final.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/39852/2/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv f33ba417b5812be78996dce2193e2e88
cda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589544452292608