A presença do acompanhante na Unidade de Internação Cirúrgica do Hospital das Clinicas da UFMG sob a percepção da enfermagem

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fabiana Eulalia de Andrade
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-9FSGX9
Resumo: O estudo teve como objetivo identificar junto à equipe de enfermagem da clínica cirúrgica do HC-UFMG sua percepção sobre as relações estabelecidas com os acompanhantes durante a hospitalização de seu familiar, como subsídios para elaboração de uma proposta de intervenção na clinica. Foram realizadas entrevistas com os profissionais da enfermagem sobre sua percepção em relação à presença do acompanhante na unidade por meio de entrevistas e os resultados submetidos á analise qualitativa. O trabalho foi realizado utilizando o referencial teórico de autores com publicações da década de 70, 80 e 90, tendo em vista que a situação dos acompanhantes vem sendo discutida desde então, mas pouco foi feito para inseri-lo no processo de cuidado do paciente, além da escassez de literatura recente sobre o tema. A partir da implantação do Estatuto do Idoso em 2003 e a Política Nacional de Humanização do SUS em 2004 é que as instituições começaram a permitir a permanência dos acompanhantes, porém nenhuma estrutura foi oferecida para acolher esse novo personagem, ocasionando relações conflituosas entre a equipe de enfermagem e os acompanhantes. A partir da ampliação das permissões para acompanhar intensificou as dificuldades de estabelecer uma parceria. Os resultados mostraram que a enfermagem apesar de admitir a importância do acompanhante no processo de tratamento do doente, muitas vezes o vê como um fiscal de suas atividades, um invasor de seu espaço, um personagem que devido às condições nas quais está inserido dificulta a realização de suas atividades. A permanência de acompanhantes tem exigido mudanças nas práticas de enfermagem introduzindo o familiar como sujeito participante do cuidado que necessita de orientações e adequação das normas do hospital, o que constitui um novo desafio. Através da análise das entrevistas pode-se concluir que a falta de informação dos acompanhantes e a falta de estrutura são os dois maiores problemas que compromete a relação, mas é passível de soluções de fácil implementação, no próprio local de trabalho. Fazer com que a informação chegue de maneira correta em tempo hábil e a criação de um espaço para acompanhantes contribui para uma melhoria na relação enfermagem-acompanhante. É necessária mudanças no paradigma do cuidado, tornando a relação embasada no respeito mútuo, no diálogo, no acolhimento. Assim, será possível integração do familiar no cuidado com os profissionais de enfermagem e com isso obtêm-se como retorno um ganho efetivo e emocional do paciente.
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