Fatores associados ao acesso da gestante à consulta odontológica

• Autor(a) principal: Amanda Lívia Lopes
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/65357; https://orcid.org/0000-0002-4659-1606
• topic: Gestante; Saúde bucal; Atenção primária em saúde; Avaliação em saúde; Gestantes; Saúde bucal; Atenção primária em saúde; Avaliação em saúde; Registros Eletrônicos de Saúde

A avaliação do serviço tem como objetivo formar opinião crítica, facilitar o desenvolvimento e contribuir para o conhecimento nas áreas ou serviços que estão sendo avaliados. Para monitorar o acesso da população e a qualidade dos serviços de saúde prestados na atenção primária, foi criado o Programa de Melhoria do Acesso e Qualidade (PMAQ-AB). Nesse contexto, o objetivo foi analisar o acesso da gestante à consulta odontológica no SUS, em território nacional, considerando organização do processo de trabalho das Equipes de Atenção Básica e das Equipes de Saúde Bucal. Trata-se de um estudo longitudinal, de abrangência nacional, realizado com dados secundários, disponíveis publicamente no website da Secretaria de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, referentes aos ciclos 2 e 3 do PMAQ-AB, em 2013 e 2017. A população de referência compreendeu todas as Equipes de profissionais da Atenção Primária à Saúde lotados nas unidades de saúde em todos os 26 estados brasileiros e o Distrito Federal, que participaram dos dois ciclos de avaliação e responderam ao Módulo II – Entrevista com o profissional da Equipe de Atenção Básica (eAB) e ao Módulo VI – Entrevista com Profissional da Equipe de Saúde Bucal (eSB), durante a aplicação do instrumento de Avaliação Externa. Os bancos de dados foram vinculados sequencialmente utilizando a variável comum INE. Teste de McNemar e regressão logística multinível foram empregados para analisar a variação positiva (prática foi incorporada no ciclo 3) ou negativa (pratica foi abandonada no ciclo 3) do registro da consulta odontológica entre os ciclos e a associação entre as variáveis de processo de trabalho das eAB e eSB com esta variação. O percentual de registro da consulta odontológica da gestante pelas eAB foi de 64,82%(n=19303) e 82,33% (n=30750) nos ciclos 2 e 3, respectivamente. Com relação ao processo de trabalho das eSB, as maiores diferenças foram observadas para registro em prontuário eletrônico, realização de autoavaliação e planejamento das ações. A variação negativa foi maior do que a positiva para continuidade do tratamento e a resolução de casos complexos. Houve variação positiva para 9 das 11 variáveis de processo de trabalho das eAB, destacando as maiores diferenças entre variação positiva e negativa com relação a organização da agenda em relação ao risco, o apoio institucional, a autoavaliação, a posse de mapa do território de abrangência e o apoio para a resolução de casos complexos. Não houve variação significativa no planejamento das ações pelas eAB entre os dois ciclos. Embora 1,85% das equipes tenham deixado de usar a caderneta da gestante, essa variação não foi significativa. Observou-se que o processo de trabalho mais favorável da eAB e da eSB foi significativamente associado com a maior realização da consulta odontológica da gestante, explicando parte da variação entre os ciclos. O processo de trabalho das equipes de saúde bucal e equipes de atenção básica favoreceram a consulta odontológica da gestante.