Avaliação da validade do Global Trigger Tool do Institute for Healthcare Improvement para identificação de eventos adversos em pacientes adultos hospitalizados

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sara Monteiro de Moraes
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/53192
https://orcid.org/0000-0001-9614-1884
Resumo: A segurança do paciente é um princípio fundamental do cuidado e um componente crítico na oferta de assistência em saúde de qualidade. Seu aprimoramento depende da capacidade de compreender a frequência de ocorrência e os tipos de eventos adversos, com o intuito de priorizar ações de melhoria. Para isso, são necessárias estratégias de mensuração válidas, reprodutíveis e custo-efetivas. O Global Trigger Tool (GTT) do Institute for Healthcare Improvement (IHI) é uma ferramenta que propõe a estimativa da ocorrência de eventos adversos por um método simples, barato e de fácil execução. Ele tem sido utilizado nos últimos anos como estratégia de mensuração em segurança do paciente por diversas instituições e alguns programas nacionais. Embora a maior capacidade do GTT em identificar eventos adversos em comparação a outros métodos já tenha sido demonstrada, há poucos dados sobre sua acurácia. Além disso, estudos sugerem que os eventos adversos que geram danos mais leves ao paciente são mais difíceis de serem identificados pelo GTT e que a exclusão desses eventos poderia aumentar a validade do método. Objetivos Avaliar a validade do GTT para identificação de eventos adversos em pacientes adultos internados considerando-se todos os eventos adversos e o subgrupo de eventos adversos com maior dano ao paciente. Métodos Trata-se de um estudo de teste diagnóstico, no qual o GTT representa o teste índice e a identificação de eventos adversos representa a condição de interesse. Devido à inexistência de um teste padrão ouro, um método padrão referência composto foi construído. O método padrão referência utilizou diferentes estratégias para identificação da ocorrência de eventos adversos, combinando a coleta de informações durante as internações e a análise retrospectiva dos dados clínicos e administrativos. Ambos os testes foram aplicados em uma amostra aleatória de 211 internações de pacientes adultos ocorridas em outubro/novembro de 2016 em um hospital público e de grande porte de Belo Horizonte, Brasil. A validade do GTT foi avaliada por meio do coeficiente Kappa (K) ponderado e de medidas clássicas de acurácia – sensibilidade, especificidade e acurácia global. A classificação dos eventos adversos quanto à gravidade do dano foi baseada no índice de categorização de erros de medicação do National Coordinating Council for Medication Error Reporting and Prevention (NCC MERP) adaptado pelo IHI, sendo os eventos de menor gravidade classificados como “E” e os de maior gravidade como “F-I”. Resultados Foram identificados 176 eventos adversos em 67 internações pelo método padrão referência e 129 eventos adversos em 76 internações pelo GTT, resultando em taxas de 126 e 93 eventos adversos/1.000 pacientes-dia, respectivamente. Houve concordância substancial entre os métodos para identificação de internações com evento adverso, com K=0,61 (Intervalo de Confiança [IC] 95% 0,49 a 0,71), e concordância discreta para identificação de cada evento adverso, com K=0,09 (IC 95% 0,02 a 0,19). Considerando o subgrupo de eventos adversos de maior dano (F-I), houve concordância substancial entre os métodos, com K=0,80 (IC 95% 0,70 a 0,88) para identificação de internações com evento adverso e K=0,74 (IC 95% 0,64 a 0,83) para identificação de cada evento adverso. Os dados de sensibilidade, especificidade e acurácia global do GTT para a identificação de eventos adversos individuais foram, respectivamente, 0,41 (IC 95% 0,34;0,49), 0,68 (IC 95% 0, 60;0,74) e 0,54 (IC 95% 0,49; 0,60) para todos os eventos adversos, independentemente da categorização de dano, e 0,85 (IC 95% 0,72;0,93), 0,88 (IC 95% 0,82;0,92) e 0,87 (IC 95% 0,82;0,91) para o subgrupo de eventos adversos categorizados como dano F-I. Entre os eventos adversos perdidos pelo GTT estão, principalmente, eventos relacionados aos cuidados de enfermagem, como os relacionados a acesso venoso periférico e cateteres gástricos/entéricos. Conclusão O GTT mostrou-se um método válido para identificação de eventos adversos em pacientes adultos hospitalizados. Sua acurácia aumenta quando os eventos adversos que geram danos menores para os pacientes não são contados. Entre os principais eventos adversos perdidos pelo GTT estão aqueles relacionados aos cuidados de enfermagem. Portanto, o GTT deve ser utilizado em conjunto com outras estratégias de mensuração para alcançar resultados representativos do perfil de qualidade da assistência prestada e, assim, nortear as melhores estratégias de melhoria.
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Ele tem sido utilizado nos últimos anos como estratégia de mensuração em segurança do paciente por diversas instituições e alguns programas nacionais. Embora a maior capacidade do GTT em identificar eventos adversos em comparação a outros métodos já tenha sido demonstrada, há poucos dados sobre sua acurácia. Além disso, estudos sugerem que os eventos adversos que geram danos mais leves ao paciente são mais difíceis de serem identificados pelo GTT e que a exclusão desses eventos poderia aumentar a validade do método. Objetivos Avaliar a validade do GTT para identificação de eventos adversos em pacientes adultos internados considerando-se todos os eventos adversos e o subgrupo de eventos adversos com maior dano ao paciente. Métodos Trata-se de um estudo de teste diagnóstico, no qual o GTT representa o teste índice e a identificação de eventos adversos representa a condição de interesse. Devido à inexistência de um teste padrão ouro, um método padrão referência composto foi construído. O método padrão referência utilizou diferentes estratégias para identificação da ocorrência de eventos adversos, combinando a coleta de informações durante as internações e a análise retrospectiva dos dados clínicos e administrativos. Ambos os testes foram aplicados em uma amostra aleatória de 211 internações de pacientes adultos ocorridas em outubro/novembro de 2016 em um hospital público e de grande porte de Belo Horizonte, Brasil. A validade do GTT foi avaliada por meio do coeficiente Kappa (K) ponderado e de medidas clássicas de acurácia – sensibilidade, especificidade e acurácia global. A classificação dos eventos adversos quanto à gravidade do dano foi baseada no índice de categorização de erros de medicação do National Coordinating Council for Medication Error Reporting and Prevention (NCC MERP) adaptado pelo IHI, sendo os eventos de menor gravidade classificados como “E” e os de maior gravidade como “F-I”. Resultados Foram identificados 176 eventos adversos em 67 internações pelo método padrão referência e 129 eventos adversos em 76 internações pelo GTT, resultando em taxas de 126 e 93 eventos adversos/1.000 pacientes-dia, respectivamente. Houve concordância substancial entre os métodos para identificação de internações com evento adverso, com K=0,61 (Intervalo de Confiança [IC] 95% 0,49 a 0,71), e concordância discreta para identificação de cada evento adverso, com K=0,09 (IC 95% 0,02 a 0,19). Considerando o subgrupo de eventos adversos de maior dano (F-I), houve concordância substancial entre os métodos, com K=0,80 (IC 95% 0,70 a 0,88) para identificação de internações com evento adverso e K=0,74 (IC 95% 0,64 a 0,83) para identificação de cada evento adverso. 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Portanto, o GTT deve ser utilizado em conjunto com outras estratégias de mensuração para alcançar resultados representativos do perfil de qualidade da assistência prestada e, assim, nortear as melhores estratégias de melhoria.Patient safety is a fundamental principle of care and a critical component of quality healthcare. Its improvement depends on the ability to understand the frequency of occurrence and types of adverse events, in order to prioritize improvement actions. For this purpose, valid, reproducible and cost-effective measurement strategies are needed. The Global Trigger Tool (GTT) of the Institute for Healthcare Improvement (IHI) is a tool that proposes the estimation of the occurrence of adverse events through a simple, inexpensive and easy-to-execute method. It has been used in recent years as a measurement strategy in patient safety by several institutions and some national programs. Although the greater ability of the GTT to identify adverse events compared to other methods has already been demonstrated, there are few data on its accuracy. Furthermore, studies suggest that the minor harm AEs are more difficult to be identified by the GTT and that the exclusion of these events could increase the validity of the method. Objectives To assess the validity of the GTT for identifying adverse events in adult hospitalized patients for all adverse events and for the subgroup of adverse events with greater harm to the patient. Methods This is a diagnostic test study, in which the GTT is the index test and the identification of adverse events represents the condition of interest. Due to the inexistence of a gold standard test, a composite reference standard method was constructed combining the collection of information during hospitalizations and retrospective administrative and clinical data analysis for AEs identification. Both tests were applied to a random sample of 211 hospitalizations of adult patients, occurred in Oct/Nov 2016 at a large public hospital in Belo Horizonte, Brazil. The validity of the GTT was evaluated using weighted Kappa coefficient and classical measures of accuracy – sensitivity, specificity and global accuracy. The classification of adverse events in terms of severity of harm was based on the National Coordinating Council for Medication Error Reporting and Prevention (NCC MERP) Index for Categorizing Errors adapted by the IHI, with less severe events classified as “E” and those with greater severity gravity as “F-I”. Results A total of 176 adverse events were identified in 67 admissions using the reference standard method and 129 adverse events in 76 admissions using the GTT, resulting in rates of 126 and 93 adverse events /1,000 patient-days, respectively. There was substantial agreement between the methods for identification of admissions with adverse event (K=0.61; 95% confidence interval [CI] 0.49 to 0.71), and slight agreement for identification of each adverse event (K=0.09; 95%CI 0.02 to 0.19). Considering the subgroup of adverse events of greater harm (F-I), there was substantial agreement between the methods, with K=0.80 (95% CI 0.70 to 0.88) for identification of admissions with adverse event and K=0.74 (95% CI 0.64 to 0.83) for identification of each adverse event. The sensitivity, specificity and global accuracy data of the GTT for the identification of individual adverse events were, respectively, 0.41 (95% CI 0.34;0.49), 0.68 (95% CI 0, 60;0.74) and 0.54 (95% CI 0.49;0.60) for all adverse events, regardless of the harm categorization, and 0.85 (95% CI 0.72;0.93), 0.88 (95% CI 0.82;0.92) and 0.87 (95% CI 0.82;0.91) for the subgroup of adverse events categorized as harm F-I. Among the adverse events lost by the GTT are mainly adverse events related to nursing care, such as those related to peripheral venous access and gastric/enteric catheters. Conclusion The GTT proved to be a valid method for identifying adverse events in hospitalized adult patients. Its accuracy increases when minor harm AEs are not counted. Among the main adverse events missed by the GTT are those related to nursing care. Therefore, the GTT should be used in conjunction with other measurement strategies to achieve results that are representative of the quality of care provided and, thus, guide the best improvement strategies.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Ciências Aplicadas à Saúde do AdultoUFMGBrasilMED - DEPARTAMENTO DE CLÍNICA MÉDICAhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessSegurança do PacienteDano ao PacienteGestão de RiscosGestão em SaúdeQualidade da Assistência à SaúdeDissertação AcadêmicaSegurança do pacienteEventos adversosAvaliação da validade do Global Trigger Tool do Institute for Healthcare Improvement para identificação de eventos adversos em pacientes adultos hospitalizadosValidity assessment of the Institute for Healthcare Improvement Global Trigger Tool for identifying adverse events in hospitalized adult patientsinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALTese_doutorado_DEFESA_versão final.pdfTese_doutorado_DEFESA_versão final.pdfapplication/pdf3502895https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/53192/1/Tese_doutorado_DEFESA_vers%c3%a3o%20final.pdfc75aeadcb3e31dbb5455336e5ed7463cMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/53192/2/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/53192/3/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD531843/531922023-05-12 11:44:58.971oai:repositorio.ufmg.br:1843/53192TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2023-05-12T14:44:58Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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