Detalhes bibliográficos
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
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institution Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
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spelling Cesar Augusto da Conceicao ReisEster Mirian ScarpaRegina Yu Shon ChunHeliana Ribeiro de MelloRogerio Gomes BeatoErica de Araujo Brandao Couto2019-08-13T22:24:14Z2019-08-13T22:24:14Z2011-05-02http://hdl.handle.net/1843/DAJR-8L2HGJEste trabalho constitui a primeira descrição da estereotipia verbal afásica na língua portuguesa. É um estudo de caso clínico no qual se analisa a expressão oral de sujeitos afásicos adultos em seus aspectos prosódicos. Com o objetivo de melhor compreender o funcionamento prosódico na afasia, e especialmente nas estereotipias, buscou-se comeste estudo comprovar a hipótese que o afásico que utiliza as estereotipias como forma de expressão o faz utilizando-se de forma apropriada os recursos prosódicos, ao mesmo tempo em que estes cumprem com efetividade a finalidade de comunicação. Delineouse um estudo instrumental com tarefas linguísticas de repetição e nomeação. Na tarefa de repetição o conteúdo a ser repetido eram seis atos de fala ilocucionais de asserção, pergunta e ordem, e na tarefa de nomeação os estímulos eram onze palavras com número de sílabas e acentuação diferentes. O grupo experimental (GE) foi composto de oito sujeitos afásicos portadores de Afasia Global crônica e estereotipia não lexical e o grupo controle (GC) foi composto de quatro sujeitos (três do gênero feminino e um do gênero masculino) não afásicos. Os enunciados coletados foram analisados através do programa computacional de análise acústica PRAAT fundamentando-se a análise do grupo controle no modelo Teórico de Entonação de Halliday (1970). Quanto ao grupo de afásicos nossa análise baseou-se nos achados de Rizzo (1981) e sua afirmação de que a entonação tem um papel importante na descrição dos atos de fala. Os resultados encontrados na tarefa de repetição foram: grande variabilidade na duração do enunciado comparado ao enunciado controle, levando à Síntese que o conhecimento sobre o tamanho físico do enunciado não está preservado. A freqüência fundamental (F0) apresenta um padrão entonativo descendente em todos os enunciados, independente damodalidade sendo o padrão entonativo apresentado peculiar, particular a cada indivíduo, podendo ser considerado estereotipado. O padrão de tessitura varia tanto entre indivíduos quanto entre enunciados de tipos diferentes. No ritmo houve dificuldade de se enquadrar a estereotipia dentro dos padrões de ritmo acentual e silábico. Na maioria das vezes, o que se observou foi a produção de sequências de sílabas a que nos referimos como ritmo silabado. Com relação à intensidade os sujeitos estudados apresentaram uma curva ascendente-descendente, considerada padrão para a fala normal. Na tarefa de nomeação o padrão entonativo apresentado foi em sua maioria ascendente nas primeiras sílabas e descendente na última. A duração do enunciado semanteve longa, com valores bem superiores às das palavras-alvo. A organização da palavra, com referência ao número de sílabas, não foi observada, não havendo qualquer correspondência entre a palavra-alvo e a emissão. A hipótese de nosso trabalho não se confirmou e os dados encontrados sugerem que há um forte componente individual nodesenvolvimento da estereotipia, tanto no nível segmental como prosódico. O padrão entonativo apresentado pelos sujeitos afásicos estudados, não corresponde ao padrão entonativo esperado da fala normal e os parâmetros acústicos apresentam uma variabilidade com características muito particulares. Os resultados apontam para umaprosódia estereotipada, ou seja, produto de um processamento automático, limitada em seu repertório, sem a interferência de um controle que envolvesse habilidades cognitivas e intenção comunicativa.This thesis describes for the first time in the Portuguese language, the verbal stereotypy of adult aphasic patients and analyzes the verbal expression in its prosodic aspects. In order to characterize the melodic components of these patients in their speech production, we compared aphasics and non aphasics subjects, aged between 20 to 50 years. The aim of this study is to investigate if the aphasic who uses the verbalstereotypy in his spontaneous speech makes proper use of the prosodic resources, to transmit information with communicative purposes. Pursuing the aim of this work, we adopted the Hallidays models (1970), although other works as Rizzo´s model (1981) were used to underlie our research. An experimental study with linguistic tasks as repetition and naming was delineated. In the repetition task the aphasic patients wereasked to repeat six illocutionary speech acts in the modalities of statement, request and command. It was expected that they reproduced the melodic variation of the statement, since the presence of a non-lexical verbal stereotype would not allow the reproduction of syllables, words and sentences. In the naming task the aphasic had to name elevenwords with a given number of syllables and a different accent. We considered that the naming task is representative of a more spontaneous speech and allows us to observe if the word produced by the aphasic resembles the word to be named, considering the number of syllables, reproduction of the accent and intonation. The collected data wererecorded, phonetically written and analyzed. Fundamental frequency, duration, rhythm and intensity were acoustically measured using acoustic analysis software PRAAT.The results in the repetition task pointed to a great variability in the duration of the statement, leading us to the conclusion that the knowledge of the physical size of the statement is not preserved. It was observed that in the non-lexical verbal stereotypy thefundamental frequency (F0) presents always a descendent curve in the statements independent of the modality, characterizing a peculiar and particular type of intonational pattern and the tessitura varies both between individuals and between statements of different types. Concerning rhythm, it was also observed a syllables type instead of an accentual or syllabic rhythm. Regarding intensity, the aphasics subjectspresented an ascendent-descendent curve, considered standard for normal speech. In the naming task the intonational pattern presented was an ascendent curve in the first syllables and descendant in the last one. The duration values were higher than the wordtarget and there is no correspondence between the word-target and the aphasicsemission referring the number of syllables, accent, etc. Our analysis show that the aphasic did not reproduce or use the prosodic patterns of intonation, duration and accent, leading us to consider that their speech is a product of automatic processing without cognitive control. Our study did not confirm the clinical observation that the aphasic presenting verbal stereotypy is able to transmit communicat ive information byvarying the intonation, intensity and rhythm of his speech. In this first attempt of describing the non-lexical verbal stereotypy, it was verified an intonation with very peculiar characteristics, indicating an individual component both in the segmental level as in the prosodic level. However, it is not possible to claim that the aphasic uses it intentionally to assist the communicative process.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGAnálise prosódica (Linguística)Fonética acústicaPragmáticaAtos de fala (Lingüística)Comunicação oralAfasiaApraxiaDistúrbios da falaEntonação (Fonética)Lingua portuguesa Versificaçãoestereotipia verbalfonética acústicaprosódiaentonaçãoAfasiaA prosódia e a função comunicativa nas estereotipias da fala de indivíduos afásicosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINAL1582d.pdfapplication/pdf6484976https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/DAJR-8L2HGJ/1/1582d.pdf3542aff2dffa4c4db017e68819951909MD51TEXT1582d.pdf.txt1582d.pdf.txtExtracted texttext/plain681486https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/DAJR-8L2HGJ/2/1582d.pdf.txt78237c7d4001348516ce97f3b64d6a4bMD521843/DAJR-8L2HGJ2019-11-14 10:06:20.851oai:repositorio.ufmg.br:1843/DAJR-8L2HGJRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T13:06:20Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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