Efeito da adição de PTFE no fluxo de arames tubulares sobre o arco elétrico em soldagem subaquática molhada

• Autor(a) principal: Erriston Campos Amaral
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/37687
• topic: Soldagem subaquática molhada; PTFE; FCAW; Engenharia mecânica; Arame; Soldagem elétrica; Soldagem subaquática

Diversos estudos, ao longo dos últimos anos, mostraram que os eletrodos revestidos aglomerados com PTFE (Politetrafluoretileno) em aplicações na soldagem ao ar e na subaquática molhada apresentaram boa estabilidade do arco elétrico e baixos teores de hidrogênio difusível e consideráveis frações volumétricas de ferrita acicular no metal de solda. Esses resultados, associados ao fato do processo de soldagem com arames tubulares apresentar grande potencial de uso na soldagem dentro d’água, sugerem que há boas perspectivas do uso do PTFE como ingrediente de fluxo para esta aplicação. Neste trabalho, arames tubulares auto protegidos do tipo rutílico-oxidante foram desenvolvidos usando PFTE como um dos ingredientes do fluxo em concentrações de até 21%. As soldas foram realizadas em posição plana a uma profundidade de 0,5m usando corrente contínua com eletrodo ligado ao polo negativo da máquina (CCEN) e ligado ao polo positivo da máquina (CCEP). Sinais elétricos de soldagem foram monitorados e processados com o objetivo de determinar as tensões características do processo e quantificar a ocorrência de curto-circuito e extinção arco, para determinar a estabilidade do processo. A influência da composição do fluxo na morfologia e geometria do cordão de solda, teores de hidrogênio e oxigênio e microestrutura também foram avaliadas. Os resultados indicaram que para ambas as polaridades, a corrente de soldagem aumentou com a adição de PTFE ao fluxo, provavelmente por causa do PTFE. As adições de PTFE também influenciaram no aumento da penetração e reforço do cordão e diminuição na largura do cordão. A quantidade de hidrogênio difusível e oxigênio no metal de solda também foram afetados reduzindo com a adição de PTFE, sendo mais pronunciados com CCEN. Para todas as formulações não foi observada formação de poros. Nas condições estudadas, não foram verificadas diferenças significativas na microestrutura do metal de solda com a variação do PTFE no fluxo. Além disso, o PTFE não influenciou diretamente na composição química do metal de solda. Em conclusão, arames tubulares com adições de PTFE ao fluxo e na condição de soldagem DCEN apresentaram melhores resultados operacionais e maiores reduções nos teores de hidrogênio difusível e oxigênio no metal de solda.