Avaliação ecocardiográfica tardia de crianças e adolescentes submetidos à oclusão percutânea do canal arterial com o dispositivo mola de liberação controlada

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Francis Magalhaes Goncalves
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-9WYHUR
Resumo: A oclusão percutânea do canal arterial consolidou-se como terapêutica eficaz e segura especialmente nos últimos 20 anos. As publicações sobre o seguimento dos pacientes submetidos à essa terapêutica demonstram baixo percentual de complicações pós-operatórias. As complicações imediatas podem ser: embolização do dispositivo, hemólise, complicações vasculares (via de acesso), lesão do nervo laríngeo recorrente, shunt residual. Os estreitamentos vasculares no istmo da aorta (Ao) e na artéria pulmonar esquerda (APE) são complicações potenciais relacionadas ao uso de dispositivos oclusores. Desta forma, a ecocardiografia é o exame de escolha para a avaliação desses pacientes pósfechamento percutâneo. Esse método de imagem fornece dados hemodinâmicos como o fluxo residual através do canal. E a partir da equação de Bernoulli estima o gradiente pressórico no nível do istmo aórtico e do ramo esquerdo da artéria pulmonar. O objetivo do estudo foi avaliar dados hemodinâmicos e possíveis complicações tardias pela ecocardiografia transtorácica, nos pacientes submetidos à oclusão percutânea do canal arterial com mola de liberação controlada, no período entre janeiro de 2002 e julho de 2013, no Hospital Biocor. Foi realizado estudo transversal, por meio da avaliação ecocardiográfica de 43 pacientes. Os dados hemodinâmicos observados foram: fluxo residual, velocidade de fluxo no nível da artéria pulmonar esquerda e velocidade de fluxo ao nível do istmo aórtico. O tempo entre o fechamento percutâneo e a realização da ecocardiografia e a idade dos pacientes foram avaliados e correlacionados com a velocidade de fluxo no nível do istmo aórtico e na artéria pulmonar esquerda. No que diz respeito às velocidades de fluxo no nível da artéria pulmonar esquerda e istmo aórtico, confrontaram-se os dados obtidos entre o grupo dos pacientes após o fechamento percutâneo e o grupo-controle composto de 27 crianças encaminhadas para avaliação ecocardiográfica de sopro inocente. Apenas três dos 43 pacientes estudados apresentaram fluxo residual através do canal arterial, sendo que em um deles o fluxo era moderado. A mediana para a velocidade de fluxo na artéria pulmonar esquerda foi de 1,00 m/s e a velocidade máxima foi de 1,6 m/s. A mediana para o gradiente pressórico nesta região foi de 4,00 mmHg. A mediana para a velocidade de fluxo no istmo aórtico foi de 1,18 m/s e o gradiente pressórico de 5,57 mmHg. A idade do paciente não interferiu nos resultados pós operatórios em longo prazo. A idade dos pacientes no momento da avaliação ecocardiográfica e no momento da oclusão percutânea do canal arterial não se correlacionaram com as velocidades de fluxo encontradas no istmo aórtico ou na artéria pulmonar esquerda.
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E a partir da equação de Bernoulli estima o gradiente pressórico no nível do istmo aórtico e do ramo esquerdo da artéria pulmonar. O objetivo do estudo foi avaliar dados hemodinâmicos e possíveis complicações tardias pela ecocardiografia transtorácica, nos pacientes submetidos à oclusão percutânea do canal arterial com mola de liberação controlada, no período entre janeiro de 2002 e julho de 2013, no Hospital Biocor. Foi realizado estudo transversal, por meio da avaliação ecocardiográfica de 43 pacientes. Os dados hemodinâmicos observados foram: fluxo residual, velocidade de fluxo no nível da artéria pulmonar esquerda e velocidade de fluxo ao nível do istmo aórtico. O tempo entre o fechamento percutâneo e a realização da ecocardiografia e a idade dos pacientes foram avaliados e correlacionados com a velocidade de fluxo no nível do istmo aórtico e na artéria pulmonar esquerda. No que diz respeito às velocidades de fluxo no nível da artéria pulmonar esquerda e istmo aórtico, confrontaram-se os dados obtidos entre o grupo dos pacientes após o fechamento percutâneo e o grupo-controle composto de 27 crianças encaminhadas para avaliação ecocardiográfica de sopro inocente. Apenas três dos 43 pacientes estudados apresentaram fluxo residual através do canal arterial, sendo que em um deles o fluxo era moderado. A mediana para a velocidade de fluxo na artéria pulmonar esquerda foi de 1,00 m/s e a velocidade máxima foi de 1,6 m/s. A mediana para o gradiente pressórico nesta região foi de 4,00 mmHg. A mediana para a velocidade de fluxo no istmo aórtico foi de 1,18 m/s e o gradiente pressórico de 5,57 mmHg. A idade do paciente não interferiu nos resultados pós operatórios em longo prazo. A idade dos pacientes no momento da avaliação ecocardiográfica e no momento da oclusão percutânea do canal arterial não se correlacionaram com as velocidades de fluxo encontradas no istmo aórtico ou na artéria pulmonar esquerda.Percutaneous PDA closure was established itself as an effective and safe therapy especially in the last 20 years. The learning curve and the follow-up of these patients showed low percentage of postoperative complications. The immediate complications can be: device embolization, hemolysis, vascular complications (access road), recurrent laryngeal nerve injury, residual shunt. Vascular narrowing of the isthmus of the aorta (Ao) and left pulmonary artery (LPE) are potential complications related to the use of these devices. Thus, echocardiography is the method of choice for the evaluation of these patients after the percutaneous closure of the PDA. This imaging method provides hemodynamic data as the residual flow through the duct and using the Bernoulli equation, estimate the pressure gradient of the aortic isthmus (Ao) and the left pulmonary artery (LPE). The objective of the study was to evaluate hemodynamic and possible late complications data by transthoracic echocardiography in patients undergoing percutaneous PDA closure with controlled release coil, between January 2002 and July 2013, at the Biocor Hospital. A prospective observational study was conducted by echocardiographic evaluation of 43 patients. The hemodynamic data were observed: residual flow, flow velocity level at the left pulmonary artery and flow rate of the aortic isthmus. The age of the patients in the moment of the performance of echocardiography and the age at the moment of the intervention were evaluated and correlated with the flow rate at the isthmus Ao and at the LPE. As regards the flow rates at the level of LPE and isthmus were confronted the data obtained from the patients after surgery and the control group: 27 children referred for echocardiographic assessment of an innocent murmur. Only three of the 43 patients studied had residual flow through the ductus arteriosus, one moderate flow. The average flow rate for the LPE level was 1.00 m / s and the maximum velocity was 1.6 m / s. The median pressure gradient at this region was 4.00 mmHg. The median for the flow velocity at the isthmus Ao was 1.18 m / s and the pressure gradient of 5.57 mmHg. The patients age at the echocardiography assesment and at the time of percutaneous closure of the patent ducts arteriosus were not correlated with the flow velocities found in the aortic isthmus and left pulmonary artery.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGEcocardiografiaCateterismo cardíacoCanal arterialCanal arterial patenteEcocardiografiaComplicações pós-operatóriasCateterismo cardíacoFechamento percutâneoAvaliação ecocardiográfica tardia de crianças e adolescentes submetidos à oclusão percutânea do canal arterial com o dispositivo mola de liberação controladainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALc_pia_de_disserta__o_francis_pdf.pdfapplication/pdf8555236https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-9WYHUR/1/c_pia_de_disserta__o_francis_pdf.pdf6d6ef9e5309231b9f2530f6c759c65b3MD51TEXTc_pia_de_disserta__o_francis_pdf.pdf.txtc_pia_de_disserta__o_francis_pdf.pdf.txtExtracted texttext/plain118103https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-9WYHUR/2/c_pia_de_disserta__o_francis_pdf.pdf.txtc241bdcd8f83ce76cc8507654c918c02MD521843/BUBD-9WYHUR2019-11-14 03:15:40.787oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUBD-9WYHURRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T06:15:40Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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