Marx e Engels como críticos da justiça
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | https://doi.org/10.22478/ufpb.1678-2593.2017v16n32.32994 http://hdl.handle.net/1843/37602 https://orcid.org/0000-0001-9570-9968 |
Resumo: | Neste artigo, o campo da filosofia do Direito, procuraremos abordar, a partir da metodologia da análise imanente – explicitada no Brasil por José Chasin, na esteira de Gyögy Lukács – a questão da justiça em Marx e Engels, tendo por objetivo primordial explicitar, a partir das determinações presentes no próprio texto dos autores aqui estudados, como as suas críticas ao Direito estão companhada de uma crítica decidida à noção de Justiça. Assim, buscaremos deixar claros nossos resultados: os autores, em verdade, não acreditam ser possível contrapor Direito e Justiça já que, efetivamente, a noção de Justiça traria, segundo os autores, certa ocultação das vicissitudes da Sociedade civil-burguesa, a sociedade capitalista mesma. Deste modo, nos autores do Manifesto Comunista, intentamos concluir que a questão da justiça é inseparável do terreno do Direito e ela pressupõe determinado modo de produção, o capitalista, tendo-se, nestes autores alemães do século XIX, a crítica a qualquer concepção de “Justiça eterna” ou de “Justiça das transações”. |
id |
UFMG_a36babdac3b83ac8bf7b2f82390c4beb |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufmg.br:1843/37602 |
network_acronym_str |
UFMG |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFMG |
repository_id_str |
|
spelling |
2021-08-18T20:26:04Z2021-08-18T20:26:04Z20171632144https://doi.org/10.22478/ufpb.1678-2593.2017v16n32.329941678-2593http://hdl.handle.net/1843/37602https://orcid.org/0000-0001-9570-9968Neste artigo, o campo da filosofia do Direito, procuraremos abordar, a partir da metodologia da análise imanente – explicitada no Brasil por José Chasin, na esteira de Gyögy Lukács – a questão da justiça em Marx e Engels, tendo por objetivo primordial explicitar, a partir das determinações presentes no próprio texto dos autores aqui estudados, como as suas críticas ao Direito estão companhada de uma crítica decidida à noção de Justiça. Assim, buscaremos deixar claros nossos resultados: os autores, em verdade, não acreditam ser possível contrapor Direito e Justiça já que, efetivamente, a noção de Justiça traria, segundo os autores, certa ocultação das vicissitudes da Sociedade civil-burguesa, a sociedade capitalista mesma. Deste modo, nos autores do Manifesto Comunista, intentamos concluir que a questão da justiça é inseparável do terreno do Direito e ela pressupõe determinado modo de produção, o capitalista, tendo-se, nestes autores alemães do século XIX, a crítica a qualquer concepção de “Justiça eterna” ou de “Justiça das transações”.In this article, in the field of Philosophy of Law, taking in account the method of immanent analysis, elaborated in Brazil by José Chasin, fallowing György Lukács, we intend to analyze Marx and Engels´ treatment of the matter of Justice. The objective of this article is to analyze the texts of the authors mentioned and to prove that: Justice, as well as Law itself, is criticized by the German authors and, because of that, it is impossible, in their work, to see Justice as something that can be opposed to Law. As a result, the authors think that the matter of Justice would, in fact, hide the central flaws of capitalism itself: the authors of the Communist Manifesto, actually, say in their work that the idea of Justice, in the XIX century, presupposes a given mode of production. As a conclusion, it would be impossible to search to any kind – even a critical one – of “eternal Justice” or “Justice in transactions”.porUniversidade Federal de Minas GeraisUFMGBrasilDIR - DEPARTAMENTO DE DIREITO DO TRABALHO E INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITOPrim@ FacieMarx, Karl, 1818-1883Engels, Friedrich, 1820-1895JustiçaDireito - FilosofiaMarxEngelsJustiçaCrítica ao direitoMarx e Engels como críticos da justiçaMarx and Engels as critics of justiceinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://periodicos.ufpb.br/index.php/primafacie/article/view/32994Vitor Bartoletti Sartoriapplication/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGLICENSELicense.txtLicense.txttext/plain; charset=utf-82042https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/37602/1/License.txtfa505098d172de0bc8864fc1287ffe22MD51ORIGINALMarx e Engels como críticos da justiça.pdfMarx e Engels como críticos da justiça.pdfapplication/pdf496901https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/37602/2/Marx%20e%20Engels%20como%20cr%c3%adticos%20da%20justi%c3%a7a.pdfafcc70c8842b2bb72e1158090374ed49MD521843/376022021-08-18 17:26:04.816oai:repositorio.ufmg.br:1843/37602TElDRU7vv71BIERFIERJU1RSSUJVSe+/ve+/vU8gTu+/vU8tRVhDTFVTSVZBIERPIFJFUE9TSVTvv71SSU8gSU5TVElUVUNJT05BTCBEQSBVRk1HCiAKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50Ye+/ve+/vW8gZGVzdGEgbGljZW7vv71hLCB2b2Pvv70gKG8gYXV0b3IgKGVzKSBvdSBvIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yKSBjb25jZWRlIGFvIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbu+/vW8gZXhjbHVzaXZvIGUgaXJyZXZvZ++/vXZlbCBkZSByZXByb2R1emlyIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIHN1YSBwdWJsaWNh77+977+9byAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBwb3IgdG9kbyBvIG11bmRvIG5vIGZvcm1hdG8gaW1wcmVzc28gZSBlbGV0cu+/vW5pY28gZSBlbSBxdWFscXVlciBtZWlvLCBpbmNsdWluZG8gb3MgZm9ybWF0b3Mg77+9dWRpbyBvdSB277+9ZGVvLgoKVm9j77+9IGRlY2xhcmEgcXVlIGNvbmhlY2UgYSBwb2zvv710aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2Pvv70gY29uY29yZGEgcXVlIG8gUmVwb3NpdO+/vXJpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250Ze+/vWRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNh77+977+9byBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byBwYXJhIGZpbnMgZGUgcHJlc2VydmHvv73vv71vLgoKVm9j77+9IHRhbWLvv71tIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPvv71waWEgZGUgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFu77+9YSwgYmFjay11cCBlIHByZXNlcnZh77+977+9by4KClZvY++/vSBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNh77+977+9byDvv70gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9j77+9IHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vu77+9YS4gVm9j77+9IHRhbWLvv71tIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVw77+9c2l0byBkZSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gbu+/vW8sIHF1ZSBzZWphIGRlIHNldSBjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIG5pbmd177+9bS4KCkNhc28gYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY++/vSBu77+9byBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2Pvv70gZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzc++/vW8gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7vv71hLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3Tvv70gY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBubyBjb250Ze+/vWRvIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0Hvv73vv71PIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ++/vU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfvv71OQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0Pvv70gREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklT77+9TyBDT01PIFRBTULvv71NIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0Hvv73vv71FUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNh77+977+9bywgZSBu77+9byBmYXLvv70gcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJh77+977+9bywgYWzvv71tIGRhcXVlbGFzIGNvbmNlZGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7vv71hLgo=Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2021-08-18T20:26:04Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Marx e Engels como críticos da justiça |
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv |
Marx and Engels as critics of justice |
title |
Marx e Engels como críticos da justiça |
spellingShingle |
Marx e Engels como críticos da justiça Vitor Bartoletti Sartori Marx Engels Justiça Crítica ao direito Marx, Karl, 1818-1883 Engels, Friedrich, 1820-1895 Justiça Direito - Filosofia |
title_short |
Marx e Engels como críticos da justiça |
title_full |
Marx e Engels como críticos da justiça |
title_fullStr |
Marx e Engels como críticos da justiça |
title_full_unstemmed |
Marx e Engels como críticos da justiça |
title_sort |
Marx e Engels como críticos da justiça |
author |
Vitor Bartoletti Sartori |
author_facet |
Vitor Bartoletti Sartori |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Vitor Bartoletti Sartori |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Marx Engels Justiça Crítica ao direito |
topic |
Marx Engels Justiça Crítica ao direito Marx, Karl, 1818-1883 Engels, Friedrich, 1820-1895 Justiça Direito - Filosofia |
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv |
Marx, Karl, 1818-1883 Engels, Friedrich, 1820-1895 Justiça Direito - Filosofia |
description |
Neste artigo, o campo da filosofia do Direito, procuraremos abordar, a partir da metodologia da análise imanente – explicitada no Brasil por José Chasin, na esteira de Gyögy Lukács – a questão da justiça em Marx e Engels, tendo por objetivo primordial explicitar, a partir das determinações presentes no próprio texto dos autores aqui estudados, como as suas críticas ao Direito estão companhada de uma crítica decidida à noção de Justiça. Assim, buscaremos deixar claros nossos resultados: os autores, em verdade, não acreditam ser possível contrapor Direito e Justiça já que, efetivamente, a noção de Justiça traria, segundo os autores, certa ocultação das vicissitudes da Sociedade civil-burguesa, a sociedade capitalista mesma. Deste modo, nos autores do Manifesto Comunista, intentamos concluir que a questão da justiça é inseparável do terreno do Direito e ela pressupõe determinado modo de produção, o capitalista, tendo-se, nestes autores alemães do século XIX, a crítica a qualquer concepção de “Justiça eterna” ou de “Justiça das transações”. |
publishDate |
2017 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2017 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2021-08-18T20:26:04Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2021-08-18T20:26:04Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/1843/37602 |
dc.identifier.doi.pt_BR.fl_str_mv |
https://doi.org/10.22478/ufpb.1678-2593.2017v16n32.32994 |
dc.identifier.issn.pt_BR.fl_str_mv |
1678-2593 |
dc.identifier.orcid.pt_BR.fl_str_mv |
https://orcid.org/0000-0001-9570-9968 |
url |
https://doi.org/10.22478/ufpb.1678-2593.2017v16n32.32994 http://hdl.handle.net/1843/37602 https://orcid.org/0000-0001-9570-9968 |
identifier_str_mv |
1678-2593 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.ispartof.pt_BR.fl_str_mv |
Prim@ Facie |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFMG |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
DIR - DEPARTAMENTO DE DIREITO DO TRABALHO E INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFMG instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) instacron:UFMG |
instname_str |
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
instacron_str |
UFMG |
institution |
UFMG |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFMG |
collection |
Repositório Institucional da UFMG |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/37602/1/License.txt https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/37602/2/Marx%20e%20Engels%20como%20cr%c3%adticos%20da%20justi%c3%a7a.pdf |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
fa505098d172de0bc8864fc1287ffe22 afcc70c8842b2bb72e1158090374ed49 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1801676839473643520 |