Valéria e Henrique: o entrelaçar da constituição de suas subjetividades

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Isabela Costa Dominici
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/35589
Resumo: O presente trabalho foi desenvolvido a partir de questões sobre o processo de constituição da subjetividade de bebês e busca dialogar com a literatura existente sobre o tema a fim de explorar o que vem sendo produzido e pensado sobre isso. Tal diálogo tem como foco os trabalhos que permitem aprofundamento teórico, especialmente com a Psicologia Histórico-Cultural e com a Etnografia em Educação. A fim de fazer uma análise contrastiva, que é uma das propostas de nossa orientação teórico-metodológica, escolhemos dois bebês como casos expressivos, de acordo com os seguintes critérios: (I) necessidade de romper com os paradigmas que não consideram o desenvolvimento dos bebês por gênero, aspectos étnico-raciais, socioeconômicos e familiares; (II) consideração dos diferentes usos da linguagem pelos bebês, seja ela falada, escrita, do desenho, dos gestos, das expressões faciais, dos olhares, do choro, do abraço, dos afetos e, por fim, (III) produção de discurso/linguagem em uso a partir das relações desses bebês com os demais bebês, professoras e pesquisadoras, tendo como foco as seguintes questões: Com quem? Onde? Quando? Por quê? Sob quais condições? O que defendemos e que foi por nós produzido ao longo do desenvolvimento deste trabalho é que, para se compreender a constituição da subjetividade de Valéria e Henrique, foi necessário percebê-los em sua totalidade. Entendemos que a compreensão holística dessa totalidade é um passo para compreender que o ser humano não é a soma de suas partes, mas o encontro delas em uma unidade dialética, que pressupõe [afeto/cognição social situada/culturas/linguagens em uso] – (ACCL), constituindo um ser social que se individualiza nesse encontro. Sendo assim, defendemos nesta tese que o processo de constituição das subjetividades de Valéria, Henrique e dos bebês é social, singular e situado nos contextos culturais de sua produção. Ser irmã mais nova, ter em sua família professoras, elaborar estratégias para ter atenção do adulto, ser comunicativa, manifestar interesse pelos momentos de alimentação, vivenciar eventos de letramentos na escola e em casa e se interessar pela comunicação escrita, gestual e falada são marcas do processo de constituição da subjetividade de Valéria. Ser filho único, ser incentivado a ajudar nas tarefas de casa, ter com seus pais momentos de leitura de estórias, brincadeiras, ter preferências alimentares, ter uma prática cultural para o momento do sono são marcas da constituição da subjetividade de Henrique. Tais marcas, que os diferenciam, se encontraram no espaço coletivo da EMEI TUPI e se entrelaçaram, possibilitando a Valéria e Henrique, bem como aos outros bebês, se reconhecerem como pessoas diferentes umas das outras e potencializarem aquilo que os afetava, aproximando-os e distanciando-os no processo coletivo de individualização.
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A fim de fazer uma análise contrastiva, que é uma das propostas de nossa orientação teórico-metodológica, escolhemos dois bebês como casos expressivos, de acordo com os seguintes critérios: (I) necessidade de romper com os paradigmas que não consideram o desenvolvimento dos bebês por gênero, aspectos étnico-raciais, socioeconômicos e familiares; (II) consideração dos diferentes usos da linguagem pelos bebês, seja ela falada, escrita, do desenho, dos gestos, das expressões faciais, dos olhares, do choro, do abraço, dos afetos e, por fim, (III) produção de discurso/linguagem em uso a partir das relações desses bebês com os demais bebês, professoras e pesquisadoras, tendo como foco as seguintes questões: Com quem? Onde? Quando? Por quê? Sob quais condições? O que defendemos e que foi por nós produzido ao longo do desenvolvimento deste trabalho é que, para se compreender a constituição da subjetividade de Valéria e Henrique, foi necessário percebê-los em sua totalidade. Entendemos que a compreensão holística dessa totalidade é um passo para compreender que o ser humano não é a soma de suas partes, mas o encontro delas em uma unidade dialética, que pressupõe [afeto/cognição social situada/culturas/linguagens em uso] – (ACCL), constituindo um ser social que se individualiza nesse encontro. Sendo assim, defendemos nesta tese que o processo de constituição das subjetividades de Valéria, Henrique e dos bebês é social, singular e situado nos contextos culturais de sua produção. Ser irmã mais nova, ter em sua família professoras, elaborar estratégias para ter atenção do adulto, ser comunicativa, manifestar interesse pelos momentos de alimentação, vivenciar eventos de letramentos na escola e em casa e se interessar pela comunicação escrita, gestual e falada são marcas do processo de constituição da subjetividade de Valéria. Ser filho único, ser incentivado a ajudar nas tarefas de casa, ter com seus pais momentos de leitura de estórias, brincadeiras, ter preferências alimentares, ter uma prática cultural para o momento do sono são marcas da constituição da subjetividade de Henrique. Tais marcas, que os diferenciam, se encontraram no espaço coletivo da EMEI TUPI e se entrelaçaram, possibilitando a Valéria e Henrique, bem como aos outros bebês, se reconhecerem como pessoas diferentes umas das outras e potencializarem aquilo que os afetava, aproximando-os e distanciando-os no processo coletivo de individualização.The present work was developed from questions about the process of constituting the subjectivity of babies and seeks to dialogue with the existing literature on the subject in order to explore what has been produced and thought about. Such dialogue focuses on works that allow theoretical deepening, especially with Historical-Cultural Psychology and Ethnography in Education. In order to make a contrastive analysis, which is one of the proposals of our theoretical-methodological orientation, we chose two babies as expressive cases according to the following criteria: (I) need to break with the paradigms that do not consider the development of babies by gender , ethnic-racial, socioeconomic and family aspects; (II) consider the different uses of language by babies, whether spoken, written, drawing, gestures, facial expressions, looks, crying, hugging, affection and, finally (III) the production of speech / language in use from the relationships of these babies with other babies, teachers and researchers focusing on the following questions: with whom? Where? When? Because? Under what conditions? What we defend and what was produced by us during the development of this work is that in order to understand the constitution of the subjectivity of Valéria and Henrique it was necessary to perceive them in their entirety. We understand that “the holistic understanding of this totality is a step towards understanding that the human being is not the sum of its parts, but their meeting in a dialectical unit, which presupposes [situated social affection / cognition / cultures / languages in use] - (ACCL)” constituting a social being that is individualized in this meeting. Therefore, we defend in this thesis that the process of constituting the subjectivities of Valéria, Henrique and the babies is social, singular and situated in the cultural contexts of their production. Being a younger sister, having teachers in her family, devising strategies to have adult attention, being communicative, expressing interest in eating times, experiencing literacy events at school and at home and being interested in written, gestural and spoken communication are hallmarks of the process of constituting Valéria's subjectivity. Being an only child, being encouraged to help with house work, having stories with his parents, playing games, having food preferences, having a cultural practice for the moment of sleep are marks of the constitution of Henrique's subjectivity. Such marks that differentiate them were found in the collective space of EMEI TUPI and intertwined, enabling Valéria and Henrique, as well as other babies to recognize themselves as different people from each other and enhance what affected them, bringing them closer and further apart in the collective individualization process.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Educação - Conhecimento e Inclusão SocialUFMGBrasilFAE - FACULDADE DE EDUCAÇÃOhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessEducaçãoPsicologia infantilPsicologia educacionalLactentes - SubjetividadeLactentes - DesenvolvimentoLactentes - EducaçãoEducação - EtnologiaBebêsConstituição da subjetividadePsicologia histórico-culturalEtnografia em educaçãoValéria e Henrique: o entrelaçar da constituição de suas subjetividadesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALValeria e Henrique_o entrelaçar da constituição de suas subjetividades.pdfValeria e Henrique_o entrelaçar da constituição de suas subjetividades.pdfapplication/pdf4234685https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/35589/1/Valeria%20e%20Henrique_o%20entrela%c3%a7ar%20da%20constitui%c3%a7%c3%a3o%20de%20suas%20subjetividades.pdf9db519bd102b67d9847112e3cd6249edMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/35589/2/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/35589/3/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD531843/355892021-04-08 10:37:33.978oai:repositorio.ufmg.br:1843/35589TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2021-04-08T13:37:33Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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