Limites e possibilidades da atenção ao portador de hanseníase no âmbito da Estratégia Saúde da Família

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rafaela Magalhaes Fernandes Saltarelli
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-9D6FJE
Resumo: A magnitude e a transcendência da hanseníase nos indicadores brasileiros fizeram com que esse problema fosse incluído no grupo das áreas estratégicas mínimas da Atenção Primária à Saúde (APS) a serem desenvolvidas a partir de recentes diretrizes políticas da assistência à saúde no Brasil. No entanto, na prática observa-se que as ações para a eliminação da hanseníase ainda encontram-se centralizadas e pouco difundidas dentro do trabalho das Equipes Saúde da Família (ESF´s). O presente estudo teve como objetivo analisar os limites e as possibilidades de implantação do Programa Nacional de Controle da Hanseníase (PCNH) nas equipes do Programa Saúde da Família (PSF). Utilizou-se como metodologia a revisão integrativa. Apesar dos poucos registros de estudos no Brasil avaliando a relação entre os indicadores epidemiológicos e as ações de intervenção da doença, percebe-se que a descentralização é um instrumento capaz de ampliar o acesso aos serviços de saúde, possibilitando a integração das atividades de detecção precoce de casos novos, tratamento poliquimioterápico, prevenção de incapacidades e vigilância de comunicantes. No entanto, observou-se que os profissionais das ESFs ainda possuem dificuldade em priorizar as ações de prevenção, controle, diagnóstico, tratamento e reabilitação das incapacidades desse agravo frente aos demais programas da atenção primária a saúde. A rotatividade de profissionais médicos, a precarização dos direitos trabalhistas dos profissionais que atuam nas ESFs, a deficiência em educação permanente, a ausência de recursos materiais e a falta de vontade política da gestão local são fatores que influenciam o não preparo das ESFs para realizar as ações de controle da hanseníase. Conclui-se que o diagnóstico mais precoce da hanseníase pode colaborar na interrupção do ciclo de transmissão da doença, além de atuar reduzindo ou evitando a incapacidade nos pacientes. Algumas experiências encontradas na literatura evidenciaram que é possível implantar o PNCH nas unidades do PSF, mas que, para isso, é preciso superar os limites relatados nesse trabalho, assim como garantir um sistema efetivo de referência e de contra-referência.
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Apesar dos poucos registros de estudos no Brasil avaliando a relação entre os indicadores epidemiológicos e as ações de intervenção da doença, percebe-se que a descentralização é um instrumento capaz de ampliar o acesso aos serviços de saúde, possibilitando a integração das atividades de detecção precoce de casos novos, tratamento poliquimioterápico, prevenção de incapacidades e vigilância de comunicantes. No entanto, observou-se que os profissionais das ESFs ainda possuem dificuldade em priorizar as ações de prevenção, controle, diagnóstico, tratamento e reabilitação das incapacidades desse agravo frente aos demais programas da atenção primária a saúde. A rotatividade de profissionais médicos, a precarização dos direitos trabalhistas dos profissionais que atuam nas ESFs, a deficiência em educação permanente, a ausência de recursos materiais e a falta de vontade política da gestão local são fatores que influenciam o não preparo das ESFs para realizar as ações de controle da hanseníase. Conclui-se que o diagnóstico mais precoce da hanseníase pode colaborar na interrupção do ciclo de transmissão da doença, além de atuar reduzindo ou evitando a incapacidade nos pacientes. Algumas experiências encontradas na literatura evidenciaram que é possível implantar o PNCH nas unidades do PSF, mas que, para isso, é preciso superar os limites relatados nesse trabalho, assim como garantir um sistema efetivo de referência e de contra-referência.The magnitude and transcendence indicators of leprosy in Brazil made this issue to be included in the group of the strategic areas of Primary Health Care, developed by the municipalities from the recent guidelines on decentralization and regionalization of healthcare in the country. Although there is this indicator in the policy guidelines, in practice it is observed that the actions for the elimination of leprosy are still centralized and less widespread within the work of Family Health Teams (ESF's). This study aimed to analyze the limits and possibilities of implementation of the National Leprosy Control (PCNH) teams in the Family Health Program (PSF). The methodology used was an integrative review. Despite there are few reports of studies in Brazil assessing the relationship between the operational strategies and epidemiological indicators about the disease, it is clear that decentralization is an instrument capable of expanding access to health services, enabling the integration of activities early detection of new cases, chemotherapy treatment, disability prevention and surveillance of contacts. However, it was observed that the ESFs professionals still have difficulty in prioritizing prevention, control, diagnosis, treatment and rehabilitation of disability of this condition compared to the other programs of primary health care. The turnover of medical professionals, the precariousness of the labor rights for professionals working in the ESFs, the deficiency in continuing education, lack of material resources and lack of political will of local management are factors that influence the preparation of ESFs not performing actions in leprosy control. We conclude that early diagnosis of leprosy may help to break the cycle of disease transmission, and avoiding or reducing disability in patients. Some experiences in literature showed that one can deploy PNCH in the units of PSF, but for that, it is needed to overcome the limits reported in this work, as well as ensuring an effective system of reference and counter reference.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGSaúde da famíliaHanseníaseDescentralizaçãoPrograma Saúde da FamíliaLimites e possibilidades da atenção ao portador de hanseníase no âmbito da Estratégia Saúde da Famíliainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALmonografia_rafaela_magalh_es_fernandes_saltarelli.pdfapplication/pdf738043https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-9D6FJE/1/monografia_rafaela_magalh_es_fernandes_saltarelli.pdf7403b0e5e77b3b1d9b6af710ff107203MD51TEXTmonografia_rafaela_magalh_es_fernandes_saltarelli.pdf.txtmonografia_rafaela_magalh_es_fernandes_saltarelli.pdf.txtExtracted texttext/plain116324https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-9D6FJE/2/monografia_rafaela_magalh_es_fernandes_saltarelli.pdf.txt5485dda6fc49d76fe61fb6f930f8b2e0MD521843/BUBD-9D6FJE2019-11-14 07:48:55.287oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUBD-9D6FJERepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T10:48:55Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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