Realização pessoal na experiência comunitária em alcoólicos anônimos: uma pesquisa fenomenológica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ana Claudia Bernardes Guimaraes
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9R2HWN
Resumo: A modalidade de tratamento de alcoolistas Alcoólicos Anônimos (A.A.) difundida mundialmente por tantos anos desperta interesse de áreas do conhecimento por compreender o dinamismo dessa proposta. Neste trabalho, objetivamos investigar a relação entre realização pessoal e vivência comunitária no contexto sociocultural de A.A. A fim de apreender o fenômeno em sua complexidade e unidade próprias, adotamos a orientação teóricometodológica da Fenomenologia clássica. Utilizamos conceitos fundamentais da abordagem fenomenológica (consciência intencional, epoché, atitude fenomenológica) para compreendermos a mútua constituição pessoa/mundo-da-vida. Discorremos sobre mundo humano no qual o sujeito se insere (mundo-da-vida e cultura), elementos constitutivos do ser pessoa; processo de formação e realização pessoal, partindo dos conceitos de núcleo pessoal e experiência elementar; e o agrupamento social comunidade que favorece esse processo. Problematizamos ainda o modelo cultural contemporâneo caracterizado por múltiplos mundos-da-vida e abordamos a experiência religiosa enquanto encontro com um Ser que vitaliza a pessoa. Para compreensão do contexto de A.A., utilizamos coleta de dados documental e observação participante de cunho etnográfico. Para realizarmos entrevistas semi-estruturadas, selecionamos intencionalmente sujeitos que continham discurso pessoalizado acerca de A.A. que poderia indicar experiência de realização. E solicitamos que um informante-chave indicasse pessoas que considerasse realizadas em A.A. para serem entrevistadas. Utilizamos também outros critérios para seleção dos sujeitos para entrevistas: tempos distintos de participação em A.A. e diversidade quanto ao sexo. Selecionamos quatro entrevistas para a análise fenomenológica. Partindo da análise do modo como os sujeitos vivem A.A., apreendemos elementos essenciais da experiência de realização pessoal nesse contexto sociocultural, colhendo a dinamismo da relação pessoa/comunidade. Destacamos que os sujeitos se realizam na medida em que ressignificam a própria vida e condição de alcoolista a partir do encontro com o outro, enquanto exemplo de superação, que os acolhe e os valoriza; vislumbram novos modos de cuidar de si mesmos e lidar com as tensões, vivendo experiência de aprendizagem e crescimento pessoal a partir da partilha com o outro e da elaboração da proposta sociocultural de A.A.; vinculam-se comunitariamente aos outros integrantes de A.A. vivenciando relações de amizade e de solidariedade marcadas por doação de si ao outro, contribuindo com o processo pessoal alheio; ao contribuírem para o processo alheio e cuidado com o contexto comunitário de A.A., constroem um mundo de relações, dentro e fora dessa realidade, que é sustento para o processo de recuperação; vivem uma experiência religiosa de relação com um Poder divino que favorece o processo de autocuidado. Diante desses resultados, concluímos que a experiência de realização de si em A.A. não é expressa principalmente por reprodução dos princípios formais desse contexto. Para os que fazem a experiência de realização pessoal no contexto sociocultural de A.A. esta é favorecida pela apreensão própria de valor na proposta oficial em sintonia com as buscas pessoais por cuidado de si (possibilitando posicionamentos de abertura para o exame da própria vivência e para o mundo), e favorecida também pela formação pessoal de vínculos comunitários em A.A., que se tornam sustento para o processo de subjetivação e da conquista e manutenção da sobriedade.
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Discorremos sobre mundo humano no qual o sujeito se insere (mundo-da-vida e cultura), elementos constitutivos do ser pessoa; processo de formação e realização pessoal, partindo dos conceitos de núcleo pessoal e experiência elementar; e o agrupamento social comunidade que favorece esse processo. Problematizamos ainda o modelo cultural contemporâneo caracterizado por múltiplos mundos-da-vida e abordamos a experiência religiosa enquanto encontro com um Ser que vitaliza a pessoa. Para compreensão do contexto de A.A., utilizamos coleta de dados documental e observação participante de cunho etnográfico. Para realizarmos entrevistas semi-estruturadas, selecionamos intencionalmente sujeitos que continham discurso pessoalizado acerca de A.A. que poderia indicar experiência de realização. E solicitamos que um informante-chave indicasse pessoas que considerasse realizadas em A.A. para serem entrevistadas. Utilizamos também outros critérios para seleção dos sujeitos para entrevistas: tempos distintos de participação em A.A. e diversidade quanto ao sexo. Selecionamos quatro entrevistas para a análise fenomenológica. Partindo da análise do modo como os sujeitos vivem A.A., apreendemos elementos essenciais da experiência de realização pessoal nesse contexto sociocultural, colhendo a dinamismo da relação pessoa/comunidade. Destacamos que os sujeitos se realizam na medida em que ressignificam a própria vida e condição de alcoolista a partir do encontro com o outro, enquanto exemplo de superação, que os acolhe e os valoriza; vislumbram novos modos de cuidar de si mesmos e lidar com as tensões, vivendo experiência de aprendizagem e crescimento pessoal a partir da partilha com o outro e da elaboração da proposta sociocultural de A.A.; vinculam-se comunitariamente aos outros integrantes de A.A. vivenciando relações de amizade e de solidariedade marcadas por doação de si ao outro, contribuindo com o processo pessoal alheio; ao contribuírem para o processo alheio e cuidado com o contexto comunitário de A.A., constroem um mundo de relações, dentro e fora dessa realidade, que é sustento para o processo de recuperação; vivem uma experiência religiosa de relação com um Poder divino que favorece o processo de autocuidado. Diante desses resultados, concluímos que a experiência de realização de si em A.A. não é expressa principalmente por reprodução dos princípios formais desse contexto. Para os que fazem a experiência de realização pessoal no contexto sociocultural de A.A. esta é favorecida pela apreensão própria de valor na proposta oficial em sintonia com as buscas pessoais por cuidado de si (possibilitando posicionamentos de abertura para o exame da própria vivência e para o mundo), e favorecida também pela formação pessoal de vínculos comunitários em A.A., que se tornam sustento para o processo de subjetivação e da conquista e manutenção da sobriedade.The modality of treatment of alcoholics Alcoholics Anonimous (A.A.) spread globally for so many years, arouses the interest of areas of knowledge for understanding the dynamics of this proposal. In the present work, we aim to investigate the relationship between personal accomplishment and community experience in the social-cultural context of the A.A. In order to learn the phenomenon in all its complexity and unit, we adopted the theoretical methodology orientation of classic Phenomenology. We used fundamental concepts of the phenomenological approach (intentional consciousness, epoché, phenomenological attitude) to understand the mutual constitution of person/life-world. We discuss about the human world in which the subject is inserted (life-world and culture), constitutive elements of the self person; process of formation and personal accomplishment, starting from the concepts of personal core and elementary experience; and the social grouping community favoring this process. We problematized the cultural contemporary model, characterized by multiples lifeworld and we approached the religious experience while meeting with a Being who vitalizes the person. To comprehend the A.A. context, we used a documental data collection and participant observation ethnographically. To carry out the semi-structured interviews, we intentionally selected subjects that held the customized speech about the A.A. that could indicate personal achievement. We asked that a key-informer indicate people that were considerate fulfilled in the A.A. to be interviewed. We used also other criteria to select the subjects: different participation time in the A.A. and different genders. We selected four interviews to the phenomenological analysis. Beginning from the way the subjects live the A.A., we learned essencial elements from the personal accomplishment experience in this social-cultural context, harvesting the dynamics of the relation person/community. We highlight that the subjects achieve themselves as they reassure their own lives and their alcoholic condition, from the encounter with the other, as overcoming models, whom welcomes and values them; they envision new ways of taking care of themselves and deal with tensions, living the experience of learning and personal growth from the sharing with the other and the elaborations of the social-cultural proposal of the A.A.; the attach each other in a communitarian way with the other participants of the A.A., living a solidarity and friendship relationship marked by giving oneself to another, contributing with the alien personal process; bringing to the alien process and caring with the community context of the A.A, building a world of networks, in and out of this reality, wich supports the recovery process; living a religious experience of relation with a divine Power which favors the self-care process. Given these results, we conclude that the experience of self-accomplishment in the A.A. is not expressed mainly by reproduction of formal principles in this context. For those who do the personal experience achievement in the social-cultural context of the A.A., it is favored by the proper apprehension of value in the official proposal in line with the personal quest for self care (enabling positioning of openness for the exam of the own experience and to te world), and also favored by the personal training of community ties in the A.A. that becomes the sustenance for the process of subjectivation and the achievement and maintenance of sobriety.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGAlcoólicos AnônimosFenomenológiaPsicologiaAlcoólicos AnônimosExperiência comunitáriaExperiência elementarFenomenologiaRealização pessoalRealização pessoal na experiência comunitária em alcoólicos anônimos: uma pesquisa fenomenológicainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__o_final_ana_cl_udia_bernardes_guimar_es.pdfapplication/pdf1889308https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-9R2HWN/1/disserta__o_final_ana_cl_udia_bernardes_guimar_es.pdfa60381fbd5e2546222a0a9ad5aa872aaMD51TEXTdisserta__o_final_ana_cl_udia_bernardes_guimar_es.pdf.txtdisserta__o_final_ana_cl_udia_bernardes_guimar_es.pdf.txtExtracted texttext/plain732873https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-9R2HWN/2/disserta__o_final_ana_cl_udia_bernardes_guimar_es.pdf.txt794babc09a736d3c851b986a0326ff06MD521843/BUOS-9R2HWN2019-11-14 04:17:05.476oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-9R2HWNRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T07:17:05Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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