Principais causas de trauma perinal na assistência ao parto vaginal em uma maternida pública de Belo Horizonte - Minas Gerais

• Autor(a) principal: Maria Lucia Marques
• Data de Publicação: 2011
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-9DNGE4
• topic: Períneo; Parto normal; Lesões; Enfermagem Obstétrica

Durante o parto normal, a maioria das mulheres se submetem a algum tipo de lesão perineal, causadas por lacerações espontâneas ou como conseqüência de uma incisão cirúrgica denominada episiotomia. O presente estudo tem como objetivo identificar a freqüência de lesões perineais ocorridas durante o parto vaginal e analisar a associação entre trauma perineal com a idade materna, primiparidade, analgesia epidural, posição de parto, uso de ocitocina, uso do fórceps, peso e vitalidade fetal, contribuindo assim para o conhecimento e posteriormente prevenção de fatores relacionados à ocorrência de lacerações perineais no parto. Trata-se de um estudo do tipo descritivo retrospectivo realizado na Maternidade Sofia Feldman BH-MG por meio da analise do banco de dados dessa Instituição, sintetizando dados do CLAP- Centro Latino-Americano de Perinatologia e Desenvolvimento Humano. A amostra foi composta pelos prontuários de mulheres que realizaram o parto vaginal na Instituição durante o período de abril a julho de 2011. Os resultados mostram que a taxa de episiotomia praticada é de 5,2%, está abaixo que a preconizada pelo Ministério da saúde. O percentual de lacerações espontâneas é de 47,7% sendo a laceração de 1° grau a mais prevalente, com 32,8% dos casos. O percentual de períneo íntegro é de 32,4%. A episiotomía seletiva está acontecendo mesmo nas adolecente e primíperas e há prevalência de perineo integro e laceração de 1° grau. A posição de parto frequentemente utilizada é o decúbito dorsal,vista em 54,2% dos casos e é também a que apresentou índices mais baixos de lesões severas. A posição de cócoras esta relacionada a maiores índices de lacerações. A analgesia regional, o uso de ocitocinas e do fórceps aumentam os riscos de lacerações severas. Concluímos em nosso estudo que no serviço analisado há uma freqüência baixa de episiotomia, uma prevalência de lacerações espontânea de 1° grau e períneo integro, o que indica boas práticas de assistência ao parto.