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Stela Maris Aguiar LemosRicardo TavaresElza Machado de MeloLuciana Joaquina de Vasconcellos2019-08-09T18:12:31Z2019-08-09T18:12:31Z2017-07-11http://hdl.handle.net/1843/BUBD-AXGGUBAutopercepção em saúde, qualidade de vida associação com os determinantes sociais é um importante tema a ser tomado nos discursos biomédicos e dos cientistas sociais, por valorizar a subjetividade do sujeito; é indicada pela Organização Mundial de Saúde como método de avaliação da saúde global em grandes inquéritos; inclui as dimensões biológicas, psicológicas e sociais da pessoa. Estudos abordam o tema em similitudes quanto a pergunta norteadora e possibilidades de respostas; esta pesquisa foi conduzida pela seguinte questão Como o Sr (o) (a) avalia a sua saúde nos últimos 2 meses e Como o (a) Sr(a) avalia sua qualidade de vida nos últimos dois meses? a autopercepção pode ser inferida como positiva ou negativa e a qualidade de vida como boa, regular ou ruim. Entretanto, percebe-se que as oportunidades e desigualdades sociais influenciam a vida das pessoas e a capacidade autoavaliarem a saúde e a qualidade de vida. Estas são denominadas, nos discursos em ciências da saúde, como determinantes sociais em saúde (DSS), estes ampliam o conceito de saúde biologicista, incorporando aspectos da vida cotidiana, cultura e trabalho; que incidem diretamente na manutenção do estado de saúde, nas vulnerabilidades e ou adoecimento. Para os DSS são os fatores sociais, econômicos, culturais, étnicos/raciais, psicológicos e comportamentais que influenciam a ocorrência de problemas de saúde e fatores de risco na população; assim compreendemos, que as desigualdades sociais podem determinar estilos de vida e comportamentos desiguais nas sociedades, o que também culmina em padrões diferentes de saúde. OBJETIVO GERAL Investigar a associação entre a autopercepção de saúde e a qualidade de vida com os determinantes sociais em adultos e idosos. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo observacional, analítico transversal, com amostra probabilística estratificada por conglomerados, composta por 1129 participantes, adultos e idosos residentes de Betim. A presente pesquisa é um recorte do estudo SAUVI (Saúde e Violência: Subsídios para Formulação de Políticas Públicas de Promoção de Saúde e Prevenção da Violência) desenvolvido pela UFMG; aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa CAAE número 02235212.20000.5149. Todos os participantes assinaram o termo de consentimento e livre esclarecido, sendo informados do direito do sigilo e desistência da participação em qualquer momento da pesquisa. A margem de erro foi de 1,9% para mais ou para menos, e grau de confiança 95%, demais dados foram considerados excludentes. A coleta de dados ocorreu sob a forma de entrevista no domicilio dos participantes e foram selecionadas as seguintes perguntas como norteadoras do estudo: Como o (a) Sr(a) avalia sua saúde, nos últimos dois meses ? Como o (a) Sr(a) avalia sua qualidade de vida nos últimos dois meses? Ambas as questões tiveram respostas em formato de escala Likert com cinco pontos referenciados como (1) Muito ruim, (2) Ruim, (3) Regular, (4) Boa, (5) Muito boa. Além disso, os participantes responderam questões referentes aos determinantes sociais referentes aos seguintes itens: sexo, idade, escolaridade, religião, ocupação/atividade, estado civil, cor/raça, renda familiar, número de moradores no domicílio, plano de saúde, consultas médicas nos últimos 12 meses, unidade básica de saúde/Posto de Saúde. Os dados foram previamente digitados em um banco de dados e conferidos. A análise estatística foi baseada na distribuição bivariada de frequências; para verificar a associação entre autopercepção de saúde e qualidade de vida, foi realizada análise univariada, das variáveis repostas, tendo como variáveis explicativas as questões relativas aos determinantes sociais em saúde. No estudo final foram considerados os dados estatisticamente significantes as variáveis com (valor-p) 0,05 . Realizado ainda associação entre as variáveis de exposição em estudos e eventos, utilizando o teste de Qui-quadrado de Pearson para homogeneidade, além deste foi realizado análise de correspondência (AC) como técnica multivariada de análise exploratória de dados. Para a análise final dos dados foram utilizados os programas de software Statistical Package for Social Sciences (SPSS) versão 21 e o R (Development Core Team) versão 3.30. RESULTADOS: Análise da univariada deste estudo evidenciou autopercepção de saúde positiva e associação com os determinantes sociais por (n-811) participantes; em relação às variáveis sociodemográficas, os dados estatisticamente significantes p< 0,05; houve predominância autopercepção positiva de saúde 66,6%, sexo feminino 58,4%; faixa etária 30 à 39 anos 26%; ensino médio 37,8%; ocupação /trabalho formal e informal 47,1% e 19,2% respectivamente; renda familiar entre 2 e 5 salários mínimos 37,7%. Quanto as variáveis socioassistenciais evidenciou-se a presença de plano de saúde 52% e número de consultas médicas entre 1 e 2 ao ano 47,1%; destaca-se que não encontramos resultados estatisticamente significantes associados às variáveis socioeconômicas: religião, estado civil, cor/raça, quantidade de pessoas que moram na mesma casa, cobertura do número de pessoas por plano de saúde privado e presença de unidade básica de saúde (UBS) perto de casa. Em relação à autopercepção da qualidade de vida foi abordada como boa em relação às variáveis sociodemográficas, por (n- 864) participantes, equivalentes a 76,5%, com predominância em mulheres 58,6%; na faixa etária 30 à 39 anos 25,7%, escolaridade com predominância do ensino médio 36,8%; presença de um companheiro na condição de casados e ou união estável 47% e 13,2% respectivamente; trabalho formal 45,5%; renda em salários de 1 e 2 salários mínimos, 37,7%; presença de plano de saúde privado, 45,6%; a cobertura do número de pessoas pelo plano de saúde privado 2 à 3 pessoas 22%; e número de consultas médicas nos últimos 12 meses entre 1 e 2 ao ano tiveram autopercepção boa da qualidade de vida em 44%. No estudo, as variáveis explicativas; religião; cor e raça; quantidade de pessoas que moram na mesma casa; a cobertura do número de pessoas por plano de saúde privado e a presença de UBS/ posto de saúde perto de casa não tiveram dados estatisticamente significantes. CONCLUSÃO: A Investigação da associação entre a autopercepção de saúde e a qualidade de vida com os determinantes sociais em adultos e idosos revelou importantes resultados dentre os participantes, destaca-se que a autopercepção positiva de saúde resultou em boa qualidade de vida, autopercepção regular de saúde com qualidade de vida regular e de forma similar autopercepção negativa de saúde com qualidade de vida negativa/ruim, a influencia dos determinantes sociais evidenciou condições do cotidiano que se inter-relacionam de maneira significativa com a autopercepção e determinação social da saúde e qualidade de vida.Self-perception in health, quality of life association with social determinants is an important topic to be taken in biomedical discourses and social scientists, for valuing the subjectivity of the subject; Is indicated by the World Health Organization as a method of assessing overall health in large surveys; Includes the biological, psychological and social dimensions of the person. Studies approach the theme in similarities as the guiding question and possibilities of answers; This research was driven by the following question: "How did you evaluate your health in the last 2 months?" And "How did you evaluate your quality of life in the last two months? Self-perception can be inferred as positive or negative and quality of life as good, fair, or poor. However, it is perceived that social opportunities and inequalities influence the lives of people and the ability to self-evaluate health and quality of life. These are called, in the discourses in health sciences, as social determinants of health (DSS), which broaden the concept of biological health, incorporating aspects of everyday life, culture and work; Which directly affect the maintenance of health status, vulnerability and / or illness. For SDH are the social, economic, cultural, ethnic / racial, psychological and behavioral factors that influence the occurrence of health problems and risk factors in the population; So we understand, that social inequalities can determine unequal lifestyles and behaviors in societies, which also culminates in different health patterns. GENERAL OBJECTIVE: To investigate the association between health selfperception and quality of life with social determinants in adults and the elderly. METHODOLOGY: This is a cross-sectional observational study with a probabilistic sample stratified by clusters, composed of 1129 participants, adults and elderly residents of Betim. The present research is a cut from the study SAUVI (Health and Violence: Grants for Formulation of Public Policies for Health Promotion and Prevention of Violence) developed by UFMG; Approved by the Ethics and Research Committee - CAAE number 02235212.20000.5149. All participants signed the informed consent form, being informed of the right of confidentiality and withdrawal of participation at any time in the research. The margin of error was of 1.9% for more or less, and degree of confidence 95%, other data were considered excluding. Data collection took the form of an interview at the participants' home and the following questions were selected as the guiding principles of the study: How did you evaluate your health in the last two months? How did you evaluate your quality of life in the last two months? Both questions had answers in Likert scale format with five points referenced as (1) Very bad, (2) Bad, (3) Fair, (4) Good, (5) Very good. In addition, participants answered questions regarding social determinants related to the following items: sex, age, schooling, religion, occupation / activity, marital status, color / race, family income, number of residents at home, health plan, medical consultations In the last 12 months, basic health unit / Health Post. The data were previously typed into a database and checked. The statistical analysis was based on the bivariate distribution of frequencies; To verify the association between self-perception of health and quality of life, a univariate analysis of the variables was performed, having as explanatory variables the questions related to the social determinants of health. In the final study, the variables with (p-value) 0.05 were considered statistically significant. We also performed an association between the exposure variables in studies and events, using the Pearson Chi-square test for homogeneity, besides this correspondence analysis (CA) was performed as a multivariate exploratory data analysis technique. Statistical Package for Social Sciences (SPSS) software version 21 and R (Development Core Team) version 3.30 were used for the final analysis of the data. RESULTS: Univariate analysis of this study evidenced positive self-perception of health and association with social determinants by (n811) participants; In relation to sociodemographic variables, the statistically significant data were p <0.05; There was a predominance of positive selfperception of health 66.6%, female 58.4%; Age range 30 to 39 years 26%; High school 37.8%; Occupation / formal and informal work 47.1% and 19.2% respectively; Family income between 2 and 5 minimum wages 37.7%. Regarding the socioassistential variables, the presence of health plan 52% and number of medical consultations between 1 and 2 a year 47.1% were evidenced; We can not find statistically significant results associated with socioeconomic variables: religion, marital status, color / race, number of people living in the same household, coverage of the number of people per private health plan and presence of a basic health unit ( UBS) close to home. Regarding the self-perception of the quality of life was approached as good in relation to sociodemographic variables, by (n-864) participants, equivalent to 76.5%, predominantly in women 58.6%; In the age group 30 to 39 years 25.7%, education with predominance of high school 36.8%; Presence of a partner in the condition of married and or stable union 47% and 13.2% respectively; Formal work 45.5%; Income in wages of 1 and 2 minimum wages, 37.7%; Presence of private health insurance, 45.6%; Coverage of the number of people by the private health plan 2 to 3 people 22%; And number of medical consultations in the last 12 months between 1 and 2 years had a good selfperception of the quality of life in 44%. In the study, the explanatory variables; religion; Color and race; Number of people living in the same household; The coverage of the number of people per private health plan and the presence of UBS / health center close to home did not have statistically significant data. CONCLUSION: The investigation of the association between self-perception of health and quality of life with social determinants in adults and the elderly revealed important results among the participants, it is emphasized that positive self-perception of health resulted in good quality of life, regular self-perception of health with Quality of life and similar negative self-perception of health with negative / poor quality of life, the influence of social determinants evidenced everyday conditions that are interrelated in a significant way with the selfperception and social determination of health and quality of life.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGAutoimagemQualidade de VidaSaúde do adultoAvaliação em saúdeMedicinaSaúde do idosoPromoção de saúde e prevenção da violênciaAutopercepção de saúde e qualidade de vida em adultos e idosos: associação com os determinantes sociaisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALtrabalho_formatado.pdfapplication/pdf2635129https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-AXGGUB/1/trabalho_formatado.pdfff64f60e722accd1cc562b678585d6e5MD51TEXTtrabalho_formatado.pdf.txttrabalho_formatado.pdf.txtExtracted texttext/plain362423https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-AXGGUB/2/trabalho_formatado.pdf.txt31c61a6ee3d814c7debb46fa8141a4f3MD521843/BUBD-AXGGUB2020-01-30 17:28:47.718oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUBD-AXGGUBRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2020-01-30T20:28:47Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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