Gênese e controle dos depósitos hematíticos-magnetíticos encaixados no Complexo Guanhães

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Autor(a) principal: Flávia Cristina Silveira Braga
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/30705
Resumo: Os depósitos de ferro de alto teor (>60% wt. Fe) de Horto-Baratinha (HBD) e Cuité (CTE) estão localizados na margem leste do Cráton do São Francisco, oeste da Faixa Araçuaí. Os corpos de minério estão hospedados em formação ferrífera (itabirito) associada com mica xistos e anfibólio xistos paraderivados, de fácies anfibolito e com idade máxima de deposição estateriana, cercados por granitoides estaterianos da Suíte Borrachudos e gnaisses neoarqueanos do Complexo Guanhães. Toda a sequência é cortada por corpos pegmatíticos com idade de cristalização entre 560 e 490 Ma. A sequência metassedimentar é cronocorrelata com os Grupos Serra da Serpentina e Serra de São José (unidade basal do Supergrupo Espinhaço). A formação ferrífera foi deformada durante a Orogênese Brasiliana, e sua estrutura está transposta por uma xistosidade plano-axial, definida por hematita lamelar e quartzo. Os metassedimentos de HBD sofreram ao menos três estágios de deformação gerando um padrão de redobramente tipo domos e bacias em escala de depósito. A sequência de CTE sofreu deformação em um ambiente transpressivo gerando zonas de cisalhamento e falhas de empurrão com vergência para SE. Três fácies de minério de alto teor, hospedadas em itabirito, foram identificadas: minério hematítico granular com idioblastos de magnetita, que é a fácies dominante; lentes secundárias de minério hematítico lamelar-granular e minério magnetítico. Os dados de ETR+Y em rocha total indicam que a formação ferrífera é do tipo plataformal (Lago Superior) com baixa contaminação detrítica. As texturas e composições microquímicas dos óxidos de ferro identificados no itabirito, minério e no pegmatito indicam três fases de mineralização. (1) Recristalização metamórfica, lixiviação parcial de Si nas zonas de cisalhamento e formação da hematita lamelar durante os estágios sin- a tardi-deformacionais (580 - 560 Ma) da Orogênese Brasiliana. (2) Fusão parcial do granito Borrachudos durante os estágios tardi- a pós-deformacionais / colapso gravitacional do orógeno (560 - ~530 Ma). Durante esta fase, fluidos de alta temperatura oriundos das intrusões pegmatíticas interagiram com as rochas hospedeiras, resultando na formação de kenomagnetita e lixiviação de sílica. (3) Durante a fase final do colapso gravitacional (~530 - 490 Ma) a sequência foi soerguida e ocorreu a mistura dos fluidos magmáticos com fluidos meteóricos, o que gerou a progressiva oxidação da kenomagnetita em martita e hematita granular. A composição química similar entre os óxidos de ferro do minério e do pegmatito indicam sua origem intimamente relacionada. Titânio e Mn foram elementos móveis durante a fase de metassomatismo de contato, gerando Mn-magnetita e Ti-hematita. Zircões dos metassedimentos, do granito e do gnaisse sofreram um processo de recristalização em condição sub-sólida devido à interação com os fluidos hidrotermais, o que afetou a composição química e isotópica desses cristais.
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A sequência metassedimentar é cronocorrelata com os Grupos Serra da Serpentina e Serra de São José (unidade basal do Supergrupo Espinhaço). A formação ferrífera foi deformada durante a Orogênese Brasiliana, e sua estrutura está transposta por uma xistosidade plano-axial, definida por hematita lamelar e quartzo. Os metassedimentos de HBD sofreram ao menos três estágios de deformação gerando um padrão de redobramente tipo domos e bacias em escala de depósito. A sequência de CTE sofreu deformação em um ambiente transpressivo gerando zonas de cisalhamento e falhas de empurrão com vergência para SE. Três fácies de minério de alto teor, hospedadas em itabirito, foram identificadas: minério hematítico granular com idioblastos de magnetita, que é a fácies dominante; lentes secundárias de minério hematítico lamelar-granular e minério magnetítico. Os dados de ETR+Y em rocha total indicam que a formação ferrífera é do tipo plataformal (Lago Superior) com baixa contaminação detrítica. As texturas e composições microquímicas dos óxidos de ferro identificados no itabirito, minério e no pegmatito indicam três fases de mineralização. (1) Recristalização metamórfica, lixiviação parcial de Si nas zonas de cisalhamento e formação da hematita lamelar durante os estágios sin- a tardi-deformacionais (580 - 560 Ma) da Orogênese Brasiliana. (2) Fusão parcial do granito Borrachudos durante os estágios tardi- a pós-deformacionais / colapso gravitacional do orógeno (560 - ~530 Ma). Durante esta fase, fluidos de alta temperatura oriundos das intrusões pegmatíticas interagiram com as rochas hospedeiras, resultando na formação de kenomagnetita e lixiviação de sílica. (3) Durante a fase final do colapso gravitacional (~530 - 490 Ma) a sequência foi soerguida e ocorreu a mistura dos fluidos magmáticos com fluidos meteóricos, o que gerou a progressiva oxidação da kenomagnetita em martita e hematita granular. A composição química similar entre os óxidos de ferro do minério e do pegmatito indicam sua origem intimamente relacionada. Titânio e Mn foram elementos móveis durante a fase de metassomatismo de contato, gerando Mn-magnetita e Ti-hematita. Zircões dos metassedimentos, do granito e do gnaisse sofreram um processo de recristalização em condição sub-sólida devido à interação com os fluidos hidrotermais, o que afetou a composição química e isotópica desses cristais.Horto-Baratinha (HBD) and Cuité (CTE) high-grade iron ore deposits (>60% wt. Fe) are located at the eastern margin of the São Francisco Craton, western part of the Araçuaí Orogenic Belt. The high-grade bodies are hosted in metamorphosed iron formation (itabirite) associated with paraderived mica schists and amphibole schist of amphibole facies and Statherian maximum deposition age, enclosed by Statherian granitoids of the Borrachudos Suite and Neoarchean gneiss of the Guanhães Complex. Pegmatitic bodies with crystallization age of 560 to 490 Ma crosscut all units. The metasedimentary sequence is correlated with the Orosirian-Statherian Serra da Serpentina and Serra de São José Groups (basal unit of the Espinhaço Supergroup). The iron formation was deformed during the Brasiliano Orogeny, and the banded structure is transposed by an axial planar schistosity, defined by lamellar hematite and quartz, enveloping high-grade ore lenses. The country rocks in HBD have undergone at least three stages of deformation making up a dome and basin deposit-scale refolding shape. The CTE sequence undergone a transpressive deformation generating shear zones and SE-verging thrust faults. Three high-grade iron ore facies were identified, granular hematitic ore with magnetite idioblasts, which is the predominant facies in both deposits, and secondary lamellar-granular hematitic ore and magnetitic ore lenses. The whole-rock REE+Y data of the itabirite are very similar to platformal (Lake Superior) iron formations with an overall low abundance of detrital components. The texture and the microchemical composition of the iron oxides identified in itabirite, iron ore, and pegmatite indicate three mineralization phases. (1) The metamorphic recrystallization and transposition of the sedimentary structures, Si-leaching along shear zones and crystallization of lamellar hematite during the syn-collisional and late-collisional stages (580 - 560 Ma) of the Brasiliano Orogeny. (2) Partial melting of the Borrachudos granite during the late-collisional and post-collisional/gravitational collapse of the orogeny (560 - ~530 Ma). During this phase, high-temperature fluids from pegmatite interacted with country rocks, resulting in the formation of kenomagnetite and Si-leaching. (3) During the final stage of gravitational collapse (~530 - 490 Ma), when the sequence was uplifted, the mixing between meteoric and magmatic fluids promoted the oxidation of kenomagnetite to martite and granular hematite. The general similar composition between the iron oxides from ore and pegmatite indicates their closely related origin. Titanium and Mn were mobile during the metasomatic high fluid/rock interactions, generating Mn-rich magnetite and Ti-rich hematite. Zircons from metasedimentary rocks, granite, and gneiss suffered recrystallization at sub-solidus conditions, due to the interaction with hydrothermal fluids affecting their chemical and isotopic composition. Keywords: Brasiliano hydrothermalism, iron ore, Guanhães Block, metalogenesis, geochemistry.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em GeologiaUFMGBrasilAtribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Portugalhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessHidrotermalismo BrasilianoMinério de ferroBloco GuanhãesMetalogêneseGeoquímicaGênese e controle dos depósitos hematíticos-magnetíticos encaixados no Complexo Guanhãesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALVolume_Final_Tese_Flavia_Braga_2019.pdfVolume_Final_Tese_Flavia_Braga_2019.pdfAbertoapplication/pdf18750314https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30705/1/Volume_Final_Tese_Flavia_Braga_2019.pdfe6fd60a9ef3dc1e2236268a4584c0458MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30705/2/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30705/3/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD53TEXTVolume_Final_Tese_Flavia_Braga_2019.pdf.txtVolume_Final_Tese_Flavia_Braga_2019.pdf.txtExtracted texttext/plain479360https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30705/4/Volume_Final_Tese_Flavia_Braga_2019.pdf.txtae7f81615f50f2991bce79309a692e83MD541843/307052019-11-14 13:05:10.18oai:repositorio.ufmg.br:1843/30705TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T16:05:10Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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