História do passado da conceitualização tradicional à reconfiguração em Walter Benjamin, Martin Heidegger e Sigmund Freud

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Augusto Bruno de Carvalho Dias Leite
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-B2UNYE
Resumo: O conceito de passado permanece obscuro. Esta tese deseja descobrir a história do conceito de passado pela apresentação da tradição ontológica sobre a ideia de tempo através do estudo dos três questionamentos arquitetados pela ontologia: o teológico, o físico e o psíquico. A partir desse exame, organiza-se o conceito ontológico tradicional de passado que sofrerá uma reviravolta teórica no início do século XX por meio de três contribuições decisivas dos seguintes pensadores alemães: Walter Benjamin, Martin Heidegger e Sigmund Freud. Os três possuem o objetivo comum de romper com a história da filosofia, reinaugurando a ideia de tempo e o conceito de passado. Essa tríade estrutura o conceito de passado não mais segundo as questões que a tradição ontológica propunha, mas desenvolvem uma pergunta própria, a saber, a interrogação pela ideia de tempo a partir da compreensão de seu teor (al)químico, quer dizer, pelo entendimento da transitoriedade inerente aos modi de temporalidade e à consequente transubstanciação natural das formas do tempo. Dessa maneira, o passado e as outras modulações do tempo passam a ser forças existenciais, não mais lugares de tempo (conforme a tradição ontológica). A reviravolta teórica operada por Benjamin, Heidegger e Freud resulta em uma nova ideia de tempo e um novo conceito de passado cujas implicações historiológicas são demonstradas e analisadas através da nova terminologia sobre o passado. A tese, portanto, diz que o teor (al)químico do conceito de passado foi encoberto pela tradição ontológica, somente descoberto pela reviravolta teórica que afirma o passado como força existencial
id UFMG_a67a3f1901ab39b78a3931e4d206e77c
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-B2UNYE
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Heloisa Maria Murgel StarlingRomero Alves FreitasGeorg OtteEliana Regina de Freitas DutraMarcelo Gantus JasminStefan Wilhelm BolleAugusto Bruno de Carvalho Dias Leite2019-08-14T21:54:50Z2019-08-14T21:54:50Z2017-05-16http://hdl.handle.net/1843/BUOS-B2UNYEO conceito de passado permanece obscuro. Esta tese deseja descobrir a história do conceito de passado pela apresentação da tradição ontológica sobre a ideia de tempo através do estudo dos três questionamentos arquitetados pela ontologia: o teológico, o físico e o psíquico. A partir desse exame, organiza-se o conceito ontológico tradicional de passado que sofrerá uma reviravolta teórica no início do século XX por meio de três contribuições decisivas dos seguintes pensadores alemães: Walter Benjamin, Martin Heidegger e Sigmund Freud. Os três possuem o objetivo comum de romper com a história da filosofia, reinaugurando a ideia de tempo e o conceito de passado. Essa tríade estrutura o conceito de passado não mais segundo as questões que a tradição ontológica propunha, mas desenvolvem uma pergunta própria, a saber, a interrogação pela ideia de tempo a partir da compreensão de seu teor (al)químico, quer dizer, pelo entendimento da transitoriedade inerente aos modi de temporalidade e à consequente transubstanciação natural das formas do tempo. Dessa maneira, o passado e as outras modulações do tempo passam a ser forças existenciais, não mais lugares de tempo (conforme a tradição ontológica). A reviravolta teórica operada por Benjamin, Heidegger e Freud resulta em uma nova ideia de tempo e um novo conceito de passado cujas implicações historiológicas são demonstradas e analisadas através da nova terminologia sobre o passado. A tese, portanto, diz que o teor (al)químico do conceito de passado foi encoberto pela tradição ontológica, somente descoberto pela reviravolta teórica que afirma o passado como força existencialThe concept of past remains obscure. This thesis aims to discover the history of the concept of past by the presentation of the ontological tradition about the idea of time through a study of three questions posed by ontology: the theological, the physical and the psychic. From this examination, the traditional ontological concept of past can be organized. This concept of past will undergo a theoretical twist at the beginning of the twentieth century by three decisive contributions from the following German thinkers: Walter Benjamin, Martin Heidegger and Sigmund Freud. These three authors have the common goal of breaking with the history of philosophy, reopening the idea of time and the concept of past. This triad structures the concept of past no longer according to the questions proposed by the ontological tradition, but develops a question of its own, namely the questioning of the idea of time from the understanding of its (al)chemical content, in other words, by the understanding of the inherent transience of the modi of temporality and the consequent natural transubstantiation of the forms of time. In this way, the past and other modulations of time become existential forces, no longer places of time (which was the case for the ontological tradition). The theoretical twist that Benjamin, Heidegger and Freud operate results in a new idea of time and a new concept of past whose historiological implications are demonstrated and analyzed through the new terminology about the past. This thesis, therefore, defends that the (al)chemical nature of the concept of past was undercovered by the ontological tradition, only to be discovered by the theoretical twist that affirms the past as an existential forceUniversidade Federal de Minas GeraisUFMGOntologiaTempoHistóriaTempoPassadoHistóriaHistória do passado da conceitualização tradicional à reconfiguração em Walter Benjamin, Martin Heidegger e Sigmund Freudinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALtese___hist_ria_do_passado__vers_o_final_.pdfapplication/pdf5474397https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-B2UNYE/1/tese___hist_ria_do_passado__vers_o_final_.pdf2c78aa9c37834cc950d0b964f413897fMD51TEXTtese___hist_ria_do_passado__vers_o_final_.pdf.txttese___hist_ria_do_passado__vers_o_final_.pdf.txtExtracted texttext/plain1044960https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-B2UNYE/2/tese___hist_ria_do_passado__vers_o_final_.pdf.txtf6875e0743e45866153f6e17e8789400MD521843/BUOS-B2UNYE2019-11-14 16:40:35.325oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-B2UNYERepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T19:40:35Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv História do passado da conceitualização tradicional à reconfiguração em Walter Benjamin, Martin Heidegger e Sigmund Freud
title História do passado da conceitualização tradicional à reconfiguração em Walter Benjamin, Martin Heidegger e Sigmund Freud
spellingShingle História do passado da conceitualização tradicional à reconfiguração em Walter Benjamin, Martin Heidegger e Sigmund Freud
Augusto Bruno de Carvalho Dias Leite
Tempo
Passado
História
Ontologia
Tempo
História
title_short História do passado da conceitualização tradicional à reconfiguração em Walter Benjamin, Martin Heidegger e Sigmund Freud
title_full História do passado da conceitualização tradicional à reconfiguração em Walter Benjamin, Martin Heidegger e Sigmund Freud
title_fullStr História do passado da conceitualização tradicional à reconfiguração em Walter Benjamin, Martin Heidegger e Sigmund Freud
title_full_unstemmed História do passado da conceitualização tradicional à reconfiguração em Walter Benjamin, Martin Heidegger e Sigmund Freud
title_sort História do passado da conceitualização tradicional à reconfiguração em Walter Benjamin, Martin Heidegger e Sigmund Freud
author Augusto Bruno de Carvalho Dias Leite
author_facet Augusto Bruno de Carvalho Dias Leite
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Heloisa Maria Murgel Starling
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Romero Alves Freitas
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Georg Otte
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Eliana Regina de Freitas Dutra
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Marcelo Gantus Jasmin
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Stefan Wilhelm Bolle
dc.contributor.author.fl_str_mv Augusto Bruno de Carvalho Dias Leite
contributor_str_mv Heloisa Maria Murgel Starling
Romero Alves Freitas
Georg Otte
Eliana Regina de Freitas Dutra
Marcelo Gantus Jasmin
Stefan Wilhelm Bolle
dc.subject.por.fl_str_mv Tempo
Passado
História
topic Tempo
Passado
História
Ontologia
Tempo
História
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Ontologia
Tempo
História
description O conceito de passado permanece obscuro. Esta tese deseja descobrir a história do conceito de passado pela apresentação da tradição ontológica sobre a ideia de tempo através do estudo dos três questionamentos arquitetados pela ontologia: o teológico, o físico e o psíquico. A partir desse exame, organiza-se o conceito ontológico tradicional de passado que sofrerá uma reviravolta teórica no início do século XX por meio de três contribuições decisivas dos seguintes pensadores alemães: Walter Benjamin, Martin Heidegger e Sigmund Freud. Os três possuem o objetivo comum de romper com a história da filosofia, reinaugurando a ideia de tempo e o conceito de passado. Essa tríade estrutura o conceito de passado não mais segundo as questões que a tradição ontológica propunha, mas desenvolvem uma pergunta própria, a saber, a interrogação pela ideia de tempo a partir da compreensão de seu teor (al)químico, quer dizer, pelo entendimento da transitoriedade inerente aos modi de temporalidade e à consequente transubstanciação natural das formas do tempo. Dessa maneira, o passado e as outras modulações do tempo passam a ser forças existenciais, não mais lugares de tempo (conforme a tradição ontológica). A reviravolta teórica operada por Benjamin, Heidegger e Freud resulta em uma nova ideia de tempo e um novo conceito de passado cujas implicações historiológicas são demonstradas e analisadas através da nova terminologia sobre o passado. A tese, portanto, diz que o teor (al)químico do conceito de passado foi encoberto pela tradição ontológica, somente descoberto pela reviravolta teórica que afirma o passado como força existencial
publishDate 2017
dc.date.issued.fl_str_mv 2017-05-16
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-08-14T21:54:50Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-08-14T21:54:50Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/BUOS-B2UNYE
url http://hdl.handle.net/1843/BUOS-B2UNYE
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-B2UNYE/1/tese___hist_ria_do_passado__vers_o_final_.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-B2UNYE/2/tese___hist_ria_do_passado__vers_o_final_.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 2c78aa9c37834cc950d0b964f413897f
f6875e0743e45866153f6e17e8789400
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801677024107954176