Feiras livres, pandemia e hábitos alimentares: um estudo de caso em Medina, Vale do Jequitinhonha mineiro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Loren Michelle Cardoso Silva
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Vitória Emanuelly Souza Santos, Flávia Maria Galizoni
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/77462
Resumo: No Vale do Jequitinhonha as feiras livres são espaços alimentares, culturais, sociais e econômicos muito importantes. São um dos principais canais de comercialização da produção familiar, de alimentos cultivados que compõem a dieta da população deste território. Desempenham um papel expressivo na economia local e no abastecimento urbano. Entretanto, a pandemia da COVID-19 impactou o funcionamento das feiras livres, criando dificuldades para a comercialização das famílias lavradoras e para os consumidores adquirirem produtos locais. O objetivo deste trabalho é analisar os efeitos da pandemia em uma feira livre do município de Medina, no Jequitinhonha, investigando a relação dos consumidores urbanos com os alimentos ofertados na feira, buscando identificar possíveis mudanças nos padrões de consumo e nos hábitos alimentares. Para tanto, utilizou-se dados de pesquisas de campo, uma realizada em 2020 (antes da pandemia) e outra replicada em 2023 (pós-pandemia), em ambas foram aplicados questionários semi-estruturados abordando aspectos relacionados aos hábitos alimentares, a frequência do consumidor na feira, faixa de gasto, pauta de consumo entre outros fatores. Foram entrevistados 59 consumidores em 2020 e 75 em 2023. Os resultados indicaram que, no pós-pandemia houve mudanças significativas nas atitudes dos consumidores em relação à feira, principalmente, deixaram de consumir produtos, reduziram a variedade de alimentos adquiridos, e ou optaram por outras formas de comércio para adquirir os alimentos anteriormente comprados na feira. Observou-se ainda queda expressiva de participação da feira no abastecimento urbano, indicando perdas de soberania alimentar, exclusão de agricultores feirantes e de dinamismo econômico. Apesar dos fortes impactos causados pela pandemia, o estudo indicou também que a feira tem potencial para estimular o desenvolvimento local, levando alimentos sadios, ambientalizados para a população, fomentando cultura e renda.
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