Aspectos epidemiológicos e microbiológicos relacionados à colonização de pacientes por micro-organismos multirresistentes em unidade de terapia intensiva

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Quesia Souza Damasceno
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/ANDO-9M2NDV
Resumo: A resistência bacteriana constitui um problema mundial de saúde pública. A colonização e/ou infecção por bactérias resistentes se destacam nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI), podendo os pacientes carrearem esses micro-organismos por tempo variado. Objetivou-se determinar os aspectos epidemiológicos e microbiológicos relacionados à colonização de pacientes por bactérias resistentes em UTI e após alta hospitalar. Tratou-se de uma coorte prospectiva em UTI adulto de dois hospitais de Belo Horizonte e na comunidade. Foram monitorados todos os pacientes colonizados e/ou infectados por bactérias resistentes durante permanência hospitalar e após alta (com avaliação dos contatos familiares) de abril de 2012 a fevereiro de 2013. Os dados demográficos e clínicos foram obtidos dos prontuários. Foi rolado um swab estéril em mucosa nasal, virilha e períneo. As amostras microbiológicas foram cultivadas em meios seletivos a 37°C por 48 horas. Realizaram-se testes de identificação (Vitek) e antibiograma pelo método de Bauer-Kirby (Vancomicina, imipenem, cefoxitina, ciprofloxacina e cefalosporinas de terceira geração) e concentração inibitória mínima (MIC) da vancomicina para os Staphylococcus aureus. Para a caracterização das amostras, utilizaram-se a reação em cadeia da polimerase (PCR), sequenciamento e a técnica semiautomatizada de rep-PCR (Diversilab). Totalizaram-se 53 casos de colonização. Destes, 26 evoluíram para infecção por bactérias resistentes semelhantes fenotipicamente. A cocolonização por Gram-negativo e Gram-positivo foi verificada em 74,0% dos pacientes. Os micro-organismos identificados em colonização foram: Acinetobacter baumannii (51,0%) e Pseudomonas aeruginosa (32,0%) resistentes aos carbapenêmicos, Klebsiella pneumoniae ESBL (38,0%) e/ou produtoras de carbapenemases (5,6%), Enterococcus faecalis resistentes à vancomicina VRE (43,0%) e Staphylococcus aureus resistentes à oxacillina ORSA (7,5%). Nas infecções, identificaram-se Acinetobacter baumannii (34,6%) e Pseudomonas aeruginosa (11,5%) resistentes aos carbapenêmicos, Klebsiella pneumoniae ESBL (27,0%) ou produtoras de carbapenemases (7,7%) e VRE (19,0%). Para ORSA não foram registradas infecções. O uso de antimicrobianos (p = 0,01) e dispositivos invasivos (ventilação mecânica e sonda nasogástrica) (p = 0,03) foi relevante na ocorrência de infecção por Acinetobacter baumannii resistente aos carbapênemicos de fenótipo semelhante àquele identificado na colonização. O tempo médio de redução da carga microbiana variou de 27 a 41 dias (7,0 a 1,0 log10 UFC/ml). Entre os pacientes colonizados 45,0% (24/53) apresentaram redução da carga microbiana e 8 evoluíram para óbito até a alta hospitalar. Entretanto, 39,0% (21/53) dos pacientes permaneceram colonizados até a alta. Destes, 20 foram monitorados na comunidade, verificando-se a persistência de um caso de Klebsiella pneumoniae produtora de carbapenemases e outro de VRE em posterior reinternação. O uso de polimixina E em UTI associou-se à redução da carga microbiana relacionada à colonização por bactéria Gram-negativa (p = 0,0001). Para quatro contatos familiares avaliados, identificaram-se apenas componentes da microbiota normal. Entre os pacientes colonizados, verificou-se importante redução da carga microbiana não implicando total descolonização, mas provável declínio do micro-organismo em níveis pouco detectáveis em meios de cultivo, com possibilidade de menor disseminação.
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Os dados demográficos e clínicos foram obtidos dos prontuários. Foi rolado um swab estéril em mucosa nasal, virilha e períneo. As amostras microbiológicas foram cultivadas em meios seletivos a 37°C por 48 horas. Realizaram-se testes de identificação (Vitek) e antibiograma pelo método de Bauer-Kirby (Vancomicina, imipenem, cefoxitina, ciprofloxacina e cefalosporinas de terceira geração) e concentração inibitória mínima (MIC) da vancomicina para os Staphylococcus aureus. Para a caracterização das amostras, utilizaram-se a reação em cadeia da polimerase (PCR), sequenciamento e a técnica semiautomatizada de rep-PCR (Diversilab). Totalizaram-se 53 casos de colonização. Destes, 26 evoluíram para infecção por bactérias resistentes semelhantes fenotipicamente. A cocolonização por Gram-negativo e Gram-positivo foi verificada em 74,0% dos pacientes. Os micro-organismos identificados em colonização foram: Acinetobacter baumannii (51,0%) e Pseudomonas aeruginosa (32,0%) resistentes aos carbapenêmicos, Klebsiella pneumoniae ESBL (38,0%) e/ou produtoras de carbapenemases (5,6%), Enterococcus faecalis resistentes à vancomicina VRE (43,0%) e Staphylococcus aureus resistentes à oxacillina ORSA (7,5%). Nas infecções, identificaram-se Acinetobacter baumannii (34,6%) e Pseudomonas aeruginosa (11,5%) resistentes aos carbapenêmicos, Klebsiella pneumoniae ESBL (27,0%) ou produtoras de carbapenemases (7,7%) e VRE (19,0%). Para ORSA não foram registradas infecções. O uso de antimicrobianos (p = 0,01) e dispositivos invasivos (ventilação mecânica e sonda nasogástrica) (p = 0,03) foi relevante na ocorrência de infecção por Acinetobacter baumannii resistente aos carbapênemicos de fenótipo semelhante àquele identificado na colonização. O tempo médio de redução da carga microbiana variou de 27 a 41 dias (7,0 a 1,0 log10 UFC/ml). Entre os pacientes colonizados 45,0% (24/53) apresentaram redução da carga microbiana e 8 evoluíram para óbito até a alta hospitalar. Entretanto, 39,0% (21/53) dos pacientes permaneceram colonizados até a alta. Destes, 20 foram monitorados na comunidade, verificando-se a persistência de um caso de Klebsiella pneumoniae produtora de carbapenemases e outro de VRE em posterior reinternação. O uso de polimixina E em UTI associou-se à redução da carga microbiana relacionada à colonização por bactéria Gram-negativa (p = 0,0001). Para quatro contatos familiares avaliados, identificaram-se apenas componentes da microbiota normal. Entre os pacientes colonizados, verificou-se importante redução da carga microbiana não implicando total descolonização, mas provável declínio do micro-organismo em níveis pouco detectáveis em meios de cultivo, com possibilidade de menor disseminação.The bacterial resistance is a global public health concern. The colonization and/or infection with resistant bacteria are highligthed in Intensive Care Unit (ICU). These microorganisms generally are carried by patient for different times. It was aimed to determine the epidemiological and microbiological characteristics of patient colonization with multidrug-resistant bacteria in Intensive Care Unit (ICU) and after hospital discharge. It was a prospective cohort of patients colonized and/or infected with multidrug-resistant bacteria at two adult ICUs from hospitals in Brazil and after discharge with evaluation of familiar contacts (April 2012- February 2013). Data were collected from chart review. Nasal cavity, groin and perineum swab were performed and cultured in selective media for 48 h at 37ºC. Tests were performed for identification (Vitek - BioMérieux), antibiogram - Bauer-Kirby method ( Vancomycin, imipenem, cefoxitin, ciprofloxacin and third generation cefalosporins) or Minimum Inhibitory Concentration was used for Staphylococcus aureus. For samples characterization were performed Polymerase Chain Reaction (PCR), sequencing and rep-PCR (Diversilab). Statistical analysis was performed. There were 53 cases of colonization, and 26 of these resulted in infection. The cocolonization with Gram-negative and Gram-positive microorganisms were verified with patients (74%). In colonization were identified imipenem-resistant Acinetobacter baumannii (51%), Pseudomonas aeruginosa (32%), Klebsiella pneumoniae ESBL (38%) or imipenem resistant (5.6%), vancomycin-resistant Enterococcus faecalis (43%), and oxacillin-resistant Staphylococcus aureus (7.5%). In infection Acinetobacter baumannii (34,6%) and Pseudomonas aeruginosa (11,5%) resistant to carbapenems, Klebsiella pneumoniae ESBL (27,0%) or carbapenemases producing (7,7%) and VRE (19,0%). For ORSA were not registered infections. The antimicrobial (p = 0,01) and medical devices (p = 0,03) were important in infection occurrence by carbapenem resistant Acinetobacter baumannii with similar phenotype of those registered in colonization. The mean time of microbial load decreasing ranged from 27 to 41 days (7,0 to 1,0 log10 CFU/ml). Among colonized patients 45,0% (24/53) showed microbial load reduction and 8 died until hospital discharge. However, 39,0% (21/53) of patients were colonized until hospital discharge. In the community 20 patients were followed with persistance of one colonization case by Klebsiella pneumoniae producing carbapenemases and one colonization case by VRE with hospital readmission. The use of polimixin E in ICU related to microbial load decreasing of Gram-negative bacteria (p = 0,0001). For four familiar contacts were verified only normal microbiota. Among colonized patients was verified important microbial load decreasing in low level with possibility of reducing microorganisms spread.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGHumanosInfecção Hospitalar/epidemiologiaFarmacorresistência Bacteriana/efeitos de drogasCarbapenêmicosEnfermagemAcinetobacter baumannii/efeitos de drogasPseudomonas aeruginosa/efeitos de drogasInfecção Hospitalar/microbiologiaUnidades de Terapia IntensivaVancomicinaKlebsiella pneumoniae/efeitos de drogasFarmacorresistência BacterianaTransmissãoIsolamento de PacientesPortadorInfecção HospitalarAspectos epidemiológicos e microbiológicos relacionados à colonização de pacientes por micro-organismos multirresistentes em unidade de terapia intensivainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALqu_sia_souza_damaceno.pdfapplication/pdf1117107https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ANDO-9M2NDV/1/qu_sia_souza_damaceno.pdfcb132ebb0142b805b61e9a81cdea0f64MD51TEXTqu_sia_souza_damaceno.pdf.txtqu_sia_souza_damaceno.pdf.txtExtracted texttext/plain243480https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ANDO-9M2NDV/2/qu_sia_souza_damaceno.pdf.txt394a37ec5a9c07cbbff5a82f49c71fbbMD521843/ANDO-9M2NDV2019-11-14 04:39:41.745oai:repositorio.ufmg.br:1843/ANDO-9M2NDVRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T07:39:41Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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