Heterogeneidade estrutural e complexidade econômica na agropecuária brasileira

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Alexandre de Queiroz Stein
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/36234
https://orcid.org/0000-0002-9978-6917
Resumo: O setor agropecuário brasileiro é marcado por uma profunda heterogeneidade estrutural, entendida como coexistência de estruturas produtivas com níveis muito discrepantes de produtividade dentro do território nacional. Paralelamente, na literatura de desenvolvimento rural é possível identificar a carência de instrumentos para retratar empiricamente as diferenças estruturais entre as regiões. Partindo disso, o trabalho apresenta uma análise exploratória que tem por objetivo avaliar se os instrumentos empíricos da abordagem da complexidade econômica, proposta em Hausmann et al. (2014), podem contribuir para o entendimento da estrutura produtiva do setor agropecuário. Para tal, são realizados três exercícios empíricos que têm como principal base de dados o Censo Agropecuário 2006 do IBGE. O primeiro exercício utiliza o método de análise de correspondência múltipla com variáveis categóricas para desenvolver um índice de intensidade tecnológica da agropecuária, complementado por uma análise de local indicators of spatial autocorrelation (LISA), com o intuito de retratar a assimetria tecnológica desse setor entre as microrregiões brasileiras. No segundo exercício é realizada a construção e análise da rede de produtos (product space) da agropecuária brasileira buscando identificar como os produtos agropecuários estão relacionados com diferentes indicadores socioeconômicos das microrregiões que os produzem, especialmente na questão tecnológica. Por fim, o terceiro exercício consiste no cálculo dos índices de complexidade econômica agropecuária de produtos e microrregiões, visando avaliar se tais índices podem ser utilizados para retratar o problema da heterogeneidade estrutural nesse setor, bem como avaliar a distribuição espacial da complexidade econômica. A principal inovação que trabalho apresenta é realizar uma aplicação de complexidade econômica voltada para a dinâmica regional do setor agropecuário brasileiro, o que é algo ainda não realizado em outros trabalhos. Os exercícios realizados trouxeram contribuições importantes ao apresentar uma nova forma de visualizar a estrutura produtiva do setor agropecuário que permite compreender melhor qual a relação entre os bens agropecuários produzidos nas microrregiões e as discrepâncias de renda, produtividade, tecnologia, desigualdade fundiária e de desenvolvimento humano que são verificadas no Brasil. Por fim, o trabalho conclui que a abordagem da complexidade é apropriada retratar a heterogeneidade estrutural na agropecuária brasileira, trazendo avanços para pensar o desenvolvimento produtivo das regiões brasileiras.
id UFMG_a88b435556e6178237d4b1929f92d41f
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/36234
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Gustavo de Britto Rochahttp://lattes.cnpq.br/5668137663316742Marcelo Antonio ConteratoPedro Vasconcelos Maia do AmaralFabrício José MíssioElton Eduardo Freitashttp://lattes.cnpq.br/5292452157017372Alexandre de Queiroz Stein2021-06-01T20:45:09Z2021-06-01T20:45:09Z2019-12-16http://hdl.handle.net/1843/36234https://orcid.org/0000-0002-9978-6917O setor agropecuário brasileiro é marcado por uma profunda heterogeneidade estrutural, entendida como coexistência de estruturas produtivas com níveis muito discrepantes de produtividade dentro do território nacional. Paralelamente, na literatura de desenvolvimento rural é possível identificar a carência de instrumentos para retratar empiricamente as diferenças estruturais entre as regiões. Partindo disso, o trabalho apresenta uma análise exploratória que tem por objetivo avaliar se os instrumentos empíricos da abordagem da complexidade econômica, proposta em Hausmann et al. (2014), podem contribuir para o entendimento da estrutura produtiva do setor agropecuário. Para tal, são realizados três exercícios empíricos que têm como principal base de dados o Censo Agropecuário 2006 do IBGE. O primeiro exercício utiliza o método de análise de correspondência múltipla com variáveis categóricas para desenvolver um índice de intensidade tecnológica da agropecuária, complementado por uma análise de local indicators of spatial autocorrelation (LISA), com o intuito de retratar a assimetria tecnológica desse setor entre as microrregiões brasileiras. No segundo exercício é realizada a construção e análise da rede de produtos (product space) da agropecuária brasileira buscando identificar como os produtos agropecuários estão relacionados com diferentes indicadores socioeconômicos das microrregiões que os produzem, especialmente na questão tecnológica. Por fim, o terceiro exercício consiste no cálculo dos índices de complexidade econômica agropecuária de produtos e microrregiões, visando avaliar se tais índices podem ser utilizados para retratar o problema da heterogeneidade estrutural nesse setor, bem como avaliar a distribuição espacial da complexidade econômica. A principal inovação que trabalho apresenta é realizar uma aplicação de complexidade econômica voltada para a dinâmica regional do setor agropecuário brasileiro, o que é algo ainda não realizado em outros trabalhos. Os exercícios realizados trouxeram contribuições importantes ao apresentar uma nova forma de visualizar a estrutura produtiva do setor agropecuário que permite compreender melhor qual a relação entre os bens agropecuários produzidos nas microrregiões e as discrepâncias de renda, produtividade, tecnologia, desigualdade fundiária e de desenvolvimento humano que são verificadas no Brasil. Por fim, o trabalho conclui que a abordagem da complexidade é apropriada retratar a heterogeneidade estrutural na agropecuária brasileira, trazendo avanços para pensar o desenvolvimento produtivo das regiões brasileiras.The Brazilian agricultural sector is marked by a profound structural heterogeneity, understood as the coexistence of productive structures with very discrepant levels of productivity within the national territory. At the same time, in the rural development literature it is possible to identify the lack of instruments to empirically portray the structural differences between the regions. Therefore, the study presents an exploratory analysis that aims to evaluate if the empirical instruments of the economic complexity approach, proposed in Hausmann et al. (2014), can contribute to the understanding of the productive structure of the agricultural sector. To this end, three empirical exercises are carried out, based on the IBGE 2006 Agricultural Census. The first exercise uses the multiple correspondence analysis method with categorical variables to develop an agricultural technology intensity index, complemented by a local indicators of spatial autocorrelation analysis (LISA), in order to analyze the technological asymmetry of the sector among the Brazilian microregions. In the second exercise is carried out the construction and analysis of the product space network of Brazilian agricultural products seeking to identify how agricultural products are related to different socioeconomic indicators of the micro-regions that produce them, especially in the technological issue. Finally, the third exercise consists in the calculation of the agricultural economic complexity indexes of products and microregions, aiming to evaluate if these indexes can be used to represent the problem of structural heterogeneity in this sector, as well as to evaluate the spatial distribution of economic complexity. The main novelty the work presents is to make an empirical exercise of economic complexity focused on the regional dynamics of the Brazilian agricultural sector, something that has not been done before. The exercises bring important contributions by presenting a new way of visualizing the productive structure of the agricultural sector that allows a better understanding of the relationship between the agricultural goods produced in the microregions and the discrepancies in income, productivity, technology, land inequality and human development which are verified in Brazil. Finally, the paper concludes that the complexity approach is appropriate to represent the structural heterogeneity in the Brazilian agriculture, bringing advances to think the productive development of the Brazilian regions.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em EconomiaUFMGBrasilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessAgropecuáriaDesenvolvimento econômicoEconomiaComplexidade econômicaHeterogeneidade estruturalAgropecuáriaDesenvolvimento econômicoEspaço de produtosHeterogeneidade estrutural e complexidade econômica na agropecuária brasileiraStructural heterogeneity and economic complexity in brazilian agricultureinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALHeterogeneidade estrutural e complexidade econômica na agropecuária brasileira.pdfHeterogeneidade estrutural e complexidade econômica na agropecuária brasileira.pdfapplication/pdf19202759https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/36234/1/Heterogeneidade%20estrutural%20e%20complexidade%20econ%c3%b4mica%20na%20agropecu%c3%a1ria%20brasileira.pdf41675e1e70f3d039525feb93aaadaf36MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8805https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/36234/2/license_rdf00e5e6a57d5512d202d12cb48704dfd6MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/36234/3/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD531843/362342021-06-01 17:45:09.11oai:repositorio.ufmg.br:1843/36234TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2021-06-01T20:45:09Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Heterogeneidade estrutural e complexidade econômica na agropecuária brasileira
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv Structural heterogeneity and economic complexity in brazilian agriculture
title Heterogeneidade estrutural e complexidade econômica na agropecuária brasileira
spellingShingle Heterogeneidade estrutural e complexidade econômica na agropecuária brasileira
Alexandre de Queiroz Stein
Complexidade econômica
Heterogeneidade estrutural
Agropecuária
Desenvolvimento econômico
Espaço de produtos
Agropecuária
Desenvolvimento econômico
Economia
title_short Heterogeneidade estrutural e complexidade econômica na agropecuária brasileira
title_full Heterogeneidade estrutural e complexidade econômica na agropecuária brasileira
title_fullStr Heterogeneidade estrutural e complexidade econômica na agropecuária brasileira
title_full_unstemmed Heterogeneidade estrutural e complexidade econômica na agropecuária brasileira
title_sort Heterogeneidade estrutural e complexidade econômica na agropecuária brasileira
author Alexandre de Queiroz Stein
author_facet Alexandre de Queiroz Stein
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Gustavo de Britto Rocha
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/5668137663316742
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Marcelo Antonio Conterato
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Pedro Vasconcelos Maia do Amaral
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Fabrício José Míssio
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Elton Eduardo Freitas
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/5292452157017372
dc.contributor.author.fl_str_mv Alexandre de Queiroz Stein
contributor_str_mv Gustavo de Britto Rocha
Marcelo Antonio Conterato
Pedro Vasconcelos Maia do Amaral
Fabrício José Míssio
Elton Eduardo Freitas
dc.subject.por.fl_str_mv Complexidade econômica
Heterogeneidade estrutural
Agropecuária
Desenvolvimento econômico
Espaço de produtos
topic Complexidade econômica
Heterogeneidade estrutural
Agropecuária
Desenvolvimento econômico
Espaço de produtos
Agropecuária
Desenvolvimento econômico
Economia
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Agropecuária
Desenvolvimento econômico
Economia
description O setor agropecuário brasileiro é marcado por uma profunda heterogeneidade estrutural, entendida como coexistência de estruturas produtivas com níveis muito discrepantes de produtividade dentro do território nacional. Paralelamente, na literatura de desenvolvimento rural é possível identificar a carência de instrumentos para retratar empiricamente as diferenças estruturais entre as regiões. Partindo disso, o trabalho apresenta uma análise exploratória que tem por objetivo avaliar se os instrumentos empíricos da abordagem da complexidade econômica, proposta em Hausmann et al. (2014), podem contribuir para o entendimento da estrutura produtiva do setor agropecuário. Para tal, são realizados três exercícios empíricos que têm como principal base de dados o Censo Agropecuário 2006 do IBGE. O primeiro exercício utiliza o método de análise de correspondência múltipla com variáveis categóricas para desenvolver um índice de intensidade tecnológica da agropecuária, complementado por uma análise de local indicators of spatial autocorrelation (LISA), com o intuito de retratar a assimetria tecnológica desse setor entre as microrregiões brasileiras. No segundo exercício é realizada a construção e análise da rede de produtos (product space) da agropecuária brasileira buscando identificar como os produtos agropecuários estão relacionados com diferentes indicadores socioeconômicos das microrregiões que os produzem, especialmente na questão tecnológica. Por fim, o terceiro exercício consiste no cálculo dos índices de complexidade econômica agropecuária de produtos e microrregiões, visando avaliar se tais índices podem ser utilizados para retratar o problema da heterogeneidade estrutural nesse setor, bem como avaliar a distribuição espacial da complexidade econômica. A principal inovação que trabalho apresenta é realizar uma aplicação de complexidade econômica voltada para a dinâmica regional do setor agropecuário brasileiro, o que é algo ainda não realizado em outros trabalhos. Os exercícios realizados trouxeram contribuições importantes ao apresentar uma nova forma de visualizar a estrutura produtiva do setor agropecuário que permite compreender melhor qual a relação entre os bens agropecuários produzidos nas microrregiões e as discrepâncias de renda, produtividade, tecnologia, desigualdade fundiária e de desenvolvimento humano que são verificadas no Brasil. Por fim, o trabalho conclui que a abordagem da complexidade é apropriada retratar a heterogeneidade estrutural na agropecuária brasileira, trazendo avanços para pensar o desenvolvimento produtivo das regiões brasileiras.
publishDate 2019
dc.date.issued.fl_str_mv 2019-12-16
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2021-06-01T20:45:09Z
dc.date.available.fl_str_mv 2021-06-01T20:45:09Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/36234
dc.identifier.orcid.pt_BR.fl_str_mv https://orcid.org/0000-0002-9978-6917
url http://hdl.handle.net/1843/36234
https://orcid.org/0000-0002-9978-6917
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/pt/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/pt/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Economia
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/36234/1/Heterogeneidade%20estrutural%20e%20complexidade%20econ%c3%b4mica%20na%20agropecu%c3%a1ria%20brasileira.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/36234/2/license_rdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/36234/3/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 41675e1e70f3d039525feb93aaadaf36
00e5e6a57d5512d202d12cb48704dfd6
34badce4be7e31e3adb4575ae96af679
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589275397128192