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Renato Camargos CoutoFernando Martin BiscioneFernando Martin BiscioneEnio Roberto Pietra PedrosoCarlos Mauricio de Figueiredo AntunesAdebal de Andrade Filho2019-08-14T10:19:50Z2019-08-14T10:19:50Z2015-05-29http://hdl.handle.net/1843/BUBD-A2MJH4Trata-se de estudo descritivo, retrospectivo com o objetivo de analisar casos de ofidismo atendidos no Hospital João XXIII da Fundação Hospitalar de Minas Gerais, Belo Horizonte, Minas Gerais no período de 2003 a 2012. Foram analisados os aspectos relacionados às vítimas, ao acidente ofídico, às manifestações clínicas, ao uso dos critérios de classificação e gravidade adotados pelo Ministério da Saúde do Brasil e da classificação de risco utilizando o Protocolo de Manchester, ao uso do soro antiofídico e à evolução dos casos. Foram analisados 834 casos atendidos em 10 anos no HJXXIII. Aproximadamente metade dos acidentes foi causada por serpentes não peçonhentas. Cerca de 75% dos pacientes eram masculinos e 51% com idade entre 20 e 49 anos. Aproximadamente 51% dos acidentes aconteceram no verão e durante o dia, havendo uma concentração maior no fim das tardes e início das noites. Os acidentes com animais não peçonhentos foram mais frequentes na capital do Estado e os peçonhentos, nas cidades do interior de Minas Gerais. As cascavéis foram responsáveis por 52% dos acidentes causados por serpentes peçonhentas. Em 80% dos casos, a região anatômica mais atingida situava-se abaixo do joelho. Não foi observada associação da gravidade do acidente com a região do corpo picada. Em menos de 6% dos pacientes foi feito algum tratamento caseiro antes da admissão no hospital. O quadro clínico provocado pelos três gêneros estudados foi consonante com a literatura. As manifestações neurotóxicas foram mais frequentes nos acidentes crotálicos e elapídicos; as hemorrágicas, nos botrópicos e a rabdomiólise, no crotálico. À admissão no pronto-socorro, os acidentes foram classificados como moderados em 54%, graves em 26% e leves em 20%. Houve necessidade de complementação de soro antiofídico devido à subestimação inicial da gravidade em 65 casos (16,6%). Aproximadamente 15% dos acidentes crotálicos e 22% dos botrópicos chegaram ao HJXXIII com mais de sete horas de evolução do acidente. A mediana de permanência de vítimas de picadas por serpentes não peçonhentas no pronto-socorro foi de 4,8 horas enquanto que naqueles picados por peçonhentas a mediana do tempo de internação foi de 2,9 dias. Apenas 7% das vítimas de acidentes provocados por serpentes peçonhentas necessitaram de internação em leito de terapia intensiva. Dos pacientes que receberam soro antiofídico, 4,4% receberam medicamentos para prevenir reação de hipersensibilidade. Destes, 25% apresentaram reação alérgica. Já no grupo que não recebeu medicação pré-soroterapia, a incidência foi de 42,7%. No entanto, não há diferença com significância estatística entre esses resultados. A maioria das reações de hipersensibilidade foi classificada como leve ou moderada, predominando manifestações cutâneas. A idade do paciente não foi relacionada à maior incidência de reações de hipersensibilidade imediatas. Alguns fatores guardaram relação com maior gravidade dos acidentes ofídicos: idade abaixo de 10 ou acima de 60 anos e tempo de chegada ao hospital superior a cinco horas. A taxa de mortalidade foi de 0,48%, de incapacidade permanente de 0,1% e de incapacidade temporária de 2,4%.A descriptive and retrospective study was conducted to assess clinical and epidemiological characteristics of snakebite patients assisted from 2003 to 2012 at Hospital João XXIII (HJXXIII) in Belo Horizonte, Minas Gerais. Data were collected concerning victims' demographics, snakebites characteristics, clinical manifestations, severity rating according to both the classification criteria adopted by the Ministry of Health of Brazil and the Manchester Protocol, antivenom use and outcomes. 834 cases, treated over ten years at HJXXIII, were analyzed. Approximately half of the accidents were caused by non-venomous snakes. Around 75% of patients were male and 51% were aged between 20 and 49 years. Most of the accidents occurred in the summer and during the day, with a higher concentration at the end of the afternoon and in the early evening. Accidents involving non-venomous animals were more frequent in the state capital, and those involving venomous ones were more frequent in smaller towns within the state of Minas Gerais. Rattlesnakes accounted for 52% of the venomous snake accidents. The anatomical regions most affected by bites (around 80%) were below the knee. There was no observed association between the severity of the injury and the affected body region. Before admission to hospital, some form of amateur treatment was performed on less than 6% of the patients. The clinical picture created by each of the three genres studied are in accordance with current literature. The neurotoxic manifestations were more frequent in crotalic and elapid accidents, hemorrhagic in bothropic and rhabdomyolysis in crotalic ones. On admission, 54% of the cases were classified as moderate, 26% as severe and 20% as mild. In 65 of the cases (16.6%) there was a need for additional snakebite serum, due to initial underestimation of the severity. Approximately 15% of the crotalic cases, and 22% of the bothropic, reached the HJXXIII more than seven hours after the accident. The median length of stay in the emergency department for victims of non-venomous snake bites was 4.8 hours, while that for those bitten by venomous snakes was 2.9 days. Only 7% of victims bitten by venomous snakes required admission to intensive care. Of those patients who received snakebite serum, 4.4% also received drugs to prevent a hypersensitivity reaction. Of these, 25% had an allergic reaction. In the group that did not receive pre-antivenom medication, the incidence was 42.7%. However, there is no statistically significant difference between these results. Most hypersensitivity reactions were classified as mild or moderate, predominantly cutaneous manifestations. The patients ages were not related to a higher incidence of immediate hypersensitivity reactions. Some factors had a direct correlation with a greater severity of snakebite: ages below 10 or above 60 years, and a time of arrival at hospital greater than five hours after the accident. The mortality rate was 0.48%, permanent disability 0.1% and temporary disability 2.4%.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGCobraCobrasBrasilMordeduras de cobraEstudos descritivosRéptilVenenos de cobraEpidemiologia descritivaAntivenenosElapidaePicada de serpenteViperidaeAntivenenosAnálise clínico-epidemiológica de casos de ofidismo atendidos em um hospital público estadual de Minas Gerais de 2003 a 2012info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__o_adebal_de_andrade_filho.pdfapplication/pdf3728296https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-A2MJH4/1/disserta__o_adebal_de_andrade_filho.pdffcab8b29efa12987397252227e3381eaMD51TEXTdisserta__o_adebal_de_andrade_filho.pdf.txtdisserta__o_adebal_de_andrade_filho.pdf.txtExtracted texttext/plain247344https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-A2MJH4/2/disserta__o_adebal_de_andrade_filho.pdf.txt8c6ad96223f54674d2f0e7a37dd06fbaMD521843/BUBD-A2MJH42019-11-14 12:48:46.604oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUBD-A2MJH4Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T15:48:46Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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