Detalhes bibliográficos
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
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spelling Bruno Rezende de Souzahttp://lattes.cnpq.br/5006741787749124André Gustavo de OliveiraAntônio Carlos Pinheiro de OliveiraRodrigo Cunha Alvim de Menezeshttp://lattes.cnpq.br/8601952472285852Laila Blanc Árabe2022-03-15T13:48:57Z2022-03-15T13:48:57Z2021-10-21http://hdl.handle.net/1843/40088O estresse crônico no início da vida é capaz de modificar o comportamento e aspectos funcionais do cérebro a longo prazo. Ele está relacionado a diversos transtornos psiquiátricos, dentre eles a depressão, o transtorno de ansiedade, a esquizofrenia e o abuso de drogas. Algumas alterações neurodesenvolvimentais são observadas antes mesmo da adolescência, quando muito dos pacientes apresentam início de sintomas. Identificar e compreender as modificações morfológicas e moleculares em resposta ao estresse durante janelas desenvolvimentais anteriores à puberdade é imprescindível para o melhor entendimento da patogenia desses transtornos, assim como para a geração de melhores intervenções na psiquiatria infantil. O neurodesenvolvimento depende de um microambiente saudável, com intensa participação de células gliais, como a micróglia. É possível que perturbações endógenas ou ambientais que modificam o funcionamento dessa célula imune no período pós-natal possam influenciar o desenvolvimento dos circuitos neurais, levando à maior susceptibilidade aos transtornos psiquiátricos. Ainda, a inclusão de modelos animais fêmeas nesse tipo de estudo é urgente, uma vez que diferenças entre os sexos são observadas tanto na incidência e sintomatologia de transtornos neurodesenvolvimentais como no funcionamento das micróglias. Nossa hipótese é que o estresse pós-natal modifica a densidade e morfologia de micróglias do hipocampo ventral, no curto e no longo prazo, mas de maneiras diferentes em machos e fêmeas. Para testá-la, camundongos transgênicos CX3CR1 GFP/+ foram submetidos ao estresse por separação maternal por 13 dias, e a densidade e morfologia de micróglias foram aferidas nos dias pós-natais 15 e 30 (P15 e P30). Apenas as fêmeas responderam ao estresse por separação maternal no que diz respeito a modificações microgliais: à curto prazo (P15) elas apresentaram diminuição da complexidade e tamanho celular em relação às fêmeas controle, apresentando uma morfologia de transição/desramificada, que perdurou até o P30. Interessantemente, tal morfologia é similar à de machos controle P15 e P30. Vimos que a dinâmica desenvolvimental das micróglias entre as idades estudadas é diferente entre os sexos, em que as micróglias de fêmeas tiveram modificações condizentes com uma morfologia de vigília enquanto machos não tiveram modificações morfológicas significantes. Em contrapartida, machos naive apresentaram maior densidade de micróglias no hipocampo no P15. Nosso trabalho aponta as micróglias como células de interesse para estudos de estresse pós-natal, principalmente em fêmeas. Esses resultados reiteram a importância da inclusão de fêmeas no estudo de micróglias e resposta ao estresse no início da vida. Por fim, encorajamos que estudos mais detalhados sejam feitos para elucidar as consequências funcionais dos resultados encontrados.Early life stress modifies behavior and function aspects of brain in long term. It is related to several psychiatric disorders, such as depression and anxiety disorder, schizophrenia and drug abuse. Symptoms start in adolescence and patients present alterations in the neurodevelopment before this period. It is crucial to unveiling cellular and molecular modifications in response to early life stress in windows of vulnerability prior to adolescence in order to better understand the pathogeny of such disorders – thus, to better psychiatric outcomes. The neurodevelopment relies on a healthy microenvironment, with major participation of glia cells, such as microglia cells. It is possible that endogenous or exogenous disturbance of this immune cells leads to erroneous development of neural circuits and increased susceptibility to stress. Importantly, the inclusion of female animal models is urgent, once sexual dimorphism is observed in the incidence and symptomatology of neurodevelopmental disorders and in microglia function. We hypothesize that post-natal stress modifies the density and morphology of microglia in short and long term, but in a sex-dependent manner. To test this hypothesis, we used a 13-days maternal separation protocol on CXCR1 GFP/+ transgenic mice and inquired microglia density and morphology in ventral hippocampus at post-natal day 15 and 30 (P15 and P30). Only females responded to early life stress. At short term (P15) microglia decreased their complexity and cell size, presenting a transition/de-ramified-like morphology – which persisted at P30. Interesting, this morphology is similar to male microglia morphology in both ages. We also reported sex differences in females in the developmental dynamics between P15 and P30 – in which females presented a surveillant-like microglia morphology at P30, while males did not differ their morphology. On the other hand, males had increased density of microglia in hippocampus at P15. Our work indicates microglia as a cell of interest to studies of early life stress, mainly in females. These results highlight the importance of inclusion of female models on microglia and early life stress studies. Finally, we encourage more detailed studies to unveil the functional consequences of the presented results.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Ciências Biológicas - Fisiologia e FarmacologiaUFMGBrasilICB - DEPARTAMENTO DE FISIOLOGIA E BIOFÍSICAFisiologiaMicrogliaTranstornos de estresse pós traumáticosEstresseMicrogliaNeurodesenvolvimentoDimorfismo sexualEfeitos do estresse por separação maternal em micróglias de camundongos machos e fêmeasEffects of maternal separation stress in microglia of male and female miceinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/40088/2/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD52ORIGINALDissertação_Laila Blanc Árabe_final.pdfDissertação_Laila Blanc Árabe_final.pdfapplication/pdf2216190https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/40088/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o_Laila%20Blanc%20%c3%81rabe_final.pdfe491c7b003cd6ac81c62d457e4458f08MD511843/400882022-03-15 10:48:57.478oai:repositorio.ufmg.br:1843/40088TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-03-15T13:48:57Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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