Fatores sociodemográficos e clínicos associados ao atendimento de idosos vítimas de quedas em um pronto-socorro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cristiano Inácio Martins
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Karla Rona da Silva, Mirela Castro Santos Camargos
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/52871
https://orcid.org/0000-0001-7082-1179
https://orcid.org/0000-0003-0495-789X
https://orcid.org/0000-0003-1151-3533
Resumo: Introdução: Conhecer o paciente idoso atendido em serviços de urgência e emergência deve ser entendido como uma ferramenta de gestão para fortalecer o planejamento do processo de trabalho. Com o envelhecimento populacional e aumento da longevidade, é de se esperar um aumento na demanda por atendimento dessa população, por diversos motivos, entre eles as quedas. Objetivo: Analisar os fatores sociodemográficos e clínicos associados à atendimentos por quedas em pacientes idosos de um pronto-socorro referência para politraumatizado do Estado de Minas Gerais. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal descritivo, de natureza quantitativa, desenvolvido em um pronto-socorro de referência para politraumatismo do Estado de Minas Gerais. A coleta de dados foi realizada no prontuário eletrônico disponível no Banco de Dados do Sistema Integrado de Gestão Hospitalar. Foram incluídas informações da base de dados de atendimentos por motivo de queda, sendo a amostra composta por 5.030 idosos, atendidos no período de 2015 a 2019. O teste do qui-quadrado avaliou a prevalência de quedas e a análise de regressão lógistica permitiu examinar a associação entre as variaveis estudadas (sexo, idade, estado civil e classificação de risco) e a queda. Resultados: A análise demonstrou maiores chances de ocorrência de queda no sexo feminino, um paciente de 75 a 79 anos tem 1,2 vezes mais chances de sofrer queda em comparação a um paciente na faixa de 60 a 64 anos. Estas chances são aumentadas em 1,5 vezes se o paciente for da faixa de 80 a 84 anos, 2,0 vezes se for da faixa de 85 a 89 anos, 2,5 vezes se for da faixa de 90 a 94 anos, 3,4 vezes se for da faixa de 95 a 99 anos e 6,5 vezes se for da faixa de 100 anos ou mais. Um paciente com classificação de Manchester verde tem 2,7 vezes mais chances de sofrer queda em comparação a um paciente com classificação azul. Estas chances são aumentadas 4,8 vezes para o paciente classificado na cor amarela, aumento de 6,4 vezes para a classificação cor laranja e 3,3 vezes para a cor vermelha. As lesões em membros inferiores foram os mais prevalentes dentre as lesões corporais. Considerações Finais: Os resultados apresentados são insumos para o planejamento de ações necessárias a gestão e organização da atenção à saúde do idoso, que contribuem para o fortalecimento de uma assistência de qualidade, segura e transparente.
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