A informação e o conhecimento na biologia do conhecer: uma abordagem cognitiva para os estudos sobre inteligência empresarial

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Monica Erichsen Nassif Borges
Data de Publicação: 2002
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/LHLS-69UQC8
Resumo: Estudo da inteligência empresarial sob o enfoque cognitivo da Biologia do Conhecer, a partir da observação, sobre o meio de negócios, de proprietários de pequenas e médias empresas PME. De forma geral, a Ciência da Informação tem recebido muitas influências das Ciências Cognitivas, influências estas encontradas também no âmbito da gestão da informação e da inteligência empresarial. Nestas áreas, a literatura considera a informação como o elemento que possibilita que a organização, entidade pensante, tome consciência das mudanças e tendências do ambiente externo de negócios, num quadro de dependência crítica entre a organização e o ambiente. Quanto ao conhecimento, esta mesma literatura traz subjacente a idéia de que assimilar as experiências dos clientes, concorrentes, parceiros e demais atores do ambiente externo possibilita renovar o conhecimento da empresa, rejuvenescendo as estruturas mentais dos responsáveis pelo seu gerenciamento. Essas idéias fundamentam-se numa transposição das teorias cognitivas tradicionais para as organizações. Assim, as empresas adquirem, de alguma maneira, vida própria e inteligência suficientes para captarem informação do ambiente externo, processá-la e utilizar aquela necessária à sua permanência no mercado, relegando aos indivíduos, membros das organizações, um papel secundário nesse processo. Neste trabalho, a atividade de inteligência empresarial foi analisada sob a abordagem cognitiva da Biologia do Conhecer. Para tanto, partiu-se dos depoimentos de seis empresários, proprietários de PME mineiras, a respeito de suas próprias histórias e as de suas respectivas empresas. A partir disso, pôde-se analisar a conduta desses empresários à frente de seus respectivos negócios, assim como questões-chave sobre inteligência empresarial. Os dados obtidos através dos depoimentos dos entrevistados mostram que a permanência de suas empresas, no ambiente de negócios, não possui uma relação direta, e clara, com a existência de atividades formais e sistemáticas de inteligência empresarial. Do ponto de vista cognitivo da Biologia do Conhecer, foi possível observar que, no que diz respeito à gestão da informação e da inteligência empresarial, deve-se considerar o estilo característico dos empresários gerenciarem as suas empresas, a forma como eles o fazem, as relações e as interações que eles estabelecem, os domínios pelos quais transitam, bem como as suas pré-disposições intrínsecas em aceitarem recursos informacionais. Argumenta-se em favor da idéia de que a Biologia do Conhecer possibilita discutir os conceitos de informação e de conhecimento sob uma perspectiva inteiramente nova. Por conseguinte, a Biologia do Conhecer poderá influenciar, significativamente, os estudos voltados para a gestão da informação e da inteligência empresarial e a Ciência da Informação como um todo.
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Quanto ao conhecimento, esta mesma literatura traz subjacente a idéia de que assimilar as experiências dos clientes, concorrentes, parceiros e demais atores do ambiente externo possibilita renovar o conhecimento da empresa, rejuvenescendo as estruturas mentais dos responsáveis pelo seu gerenciamento. Essas idéias fundamentam-se numa transposição das teorias cognitivas tradicionais para as organizações. Assim, as empresas adquirem, de alguma maneira, vida própria e inteligência suficientes para captarem informação do ambiente externo, processá-la e utilizar aquela necessária à sua permanência no mercado, relegando aos indivíduos, membros das organizações, um papel secundário nesse processo. Neste trabalho, a atividade de inteligência empresarial foi analisada sob a abordagem cognitiva da Biologia do Conhecer. Para tanto, partiu-se dos depoimentos de seis empresários, proprietários de PME mineiras, a respeito de suas próprias histórias e as de suas respectivas empresas. A partir disso, pôde-se analisar a conduta desses empresários à frente de seus respectivos negócios, assim como questões-chave sobre inteligência empresarial. Os dados obtidos através dos depoimentos dos entrevistados mostram que a permanência de suas empresas, no ambiente de negócios, não possui uma relação direta, e clara, com a existência de atividades formais e sistemáticas de inteligência empresarial. Do ponto de vista cognitivo da Biologia do Conhecer, foi possível observar que, no que diz respeito à gestão da informação e da inteligência empresarial, deve-se considerar o estilo característico dos empresários gerenciarem as suas empresas, a forma como eles o fazem, as relações e as interações que eles estabelecem, os domínios pelos quais transitam, bem como as suas pré-disposições intrínsecas em aceitarem recursos informacionais. Argumenta-se em favor da idéia de que a Biologia do Conhecer possibilita discutir os conceitos de informação e de conhecimento sob uma perspectiva inteiramente nova. Por conseguinte, a Biologia do Conhecer poderá influenciar, significativamente, os estudos voltados para a gestão da informação e da inteligência empresarial e a Ciência da Informação como um todo.The study of business intelligence under the cognitive focus of the Biology of Knowledge, from the observation of owners of small and medium size enterprises, and of their respective business environments. The Information Science has been receiving a lot of influences from the Cognitive Sciences, which have been observed, also, in the information management and business intelligence studies. In these areas, the information is considered as the element that enables the organization a thinking entity to become conscious of the changes and trends of the external business environment, in a frame of critical dependency between the organization and the environment. With regard to knowledge, the literature brings up the underlying idea that the assimilation of the experiences from the clients, competitors, partners and the remaining actors of the external environment, enable the renewing of the organizations knowledge, rejuvenating the mental structures of their managers. These ideas are based upon a transposition from the traditional theories of cognition to the organizations. Thus, the enterprises acquire, anyhow, an own life and intelligence enough to collect information from the external environment, process it and use the information necessary to their survival in the market, relegating the individuals members of the organization to play a background role in this process. In this work, the business intelligence activity was analysed under the cognitive approach of the Biology of Knowledge. In order to do this, the starting point was the testimonies of six entrepreneurs, owners of small and medium size enterprises, relative to theirs life histories as well as theirs organization histories. Thereby, it was possible to analyse the conduct of these entrepreneurs in front of theirs respective business, in addition to some key issues related to business intelligence. The data obtained through the declarations of the interviewers show that the survival of the companies, within the business environment, does not have a clear and direct correlation with the existence of conventional and systematic information management and business intelligence activities. From the viewpoint of the Biology of Knowledge, and concerning the information management and business intelligence, it was possible to observe that it should be taken into account the characteristic style of the entrepreneurs in the management of their companies, the way they do it, the relations and interrelations that they do establish, the domains they transit through, and they intrinsic predisposition to accept informational resources. It is argued in support of the idea that the Biology of Knowledge enables one to discuss the concepts of information and knowledge from an entirely new point of view. Consequently, the Biology of Knowledge could, significantly, influence the studies in the fields of information management and business intelligence and the Information Science as a whole.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGGestão do conhecimentoCiência da InformaçãoInformação para negóciosAbordagem CognitivaGestão do conhecimentoCiência da informaçãoInteligência empresarialA informação e o conhecimento na biologia do conhecer: uma abordagem cognitiva para os estudos sobre inteligência empresarialinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdoutorado___monica_erichsen_nassif_borges.pdfapplication/pdf650354https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/LHLS-69UQC8/1/doutorado___monica_erichsen_nassif_borges.pdfa77efcbc1da7e340408632daeda271faMD51TEXTdoutorado___monica_erichsen_nassif_borges.pdf.txtdoutorado___monica_erichsen_nassif_borges.pdf.txtExtracted texttext/plain340144https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/LHLS-69UQC8/2/doutorado___monica_erichsen_nassif_borges.pdf.txt8bd1d8d0ed21f8cb15ced12b724122abMD521843/LHLS-69UQC82019-11-14 22:43:23.562oai:repositorio.ufmg.br:1843/LHLS-69UQC8Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-15T01:43:23Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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