O LAZER DAS MULHERES NA MESA DE NEGOCIAÇÕES: cartografando o lazer em movimentos sociais de mulheres brasileiras

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cláudia Regina Bonalume
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/34907
https://orcid.org/0000-0003-0499-8587
Resumo: Esta investigação faz um mergulho no agenciamento que trata do lazer em movimentos sociais que defendem direitos das mulheres brasileiras, aqui representados pela Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB), pela Marcha Mundial de Mulheres (MMM), pela União Brasileira de Mulheres (UBM) e pelos setores que representam as mulheres da Confederação dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG), da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da União Nacional dos Estudantes (UNE), com o objetivo de cartografar os territórios que compõem possíveis relações entre mulheres e lazer na pauta desses movimentos. A metodologia adotada para a construção do conhecimento utiliza-se da pesquisa bibliográfica, da análise documental  que, além dos seis movimentos, envolveu as conferências e os Planos Nacionais de Políticas para as Mulheres  e das narrativas das lideranças dos Movimentos Feministas participantes da pesquisa, obtidas por meio de entrevistas semiestruturadas. A apresentação final do trabalho remete a uma mesa de negociações de pautas, organizada com rodada de apresentações, análise de conjuntura, ordem do dia, carta do encontro e avaliação. As relações estabelecidas partem das dificuldades enfrentadas pelo lazer para compor as pautas dos movimentos sociais, das conferências e dos planos. As conexões entre o referencial bibliográfico, a análise documental e as narrativas das lideranças apontam para aspectos macro e micropolíticos que contribuem para essas dificuldades e compõem a cartografia empreendida. Tais aspectos relacionam a ausência do lazer e a forma como, por vezes, ele se faz presente na vida das mulheres a questões como: o lugar e o papel da mulher na sociedade; a amplitude dos marcadores identitários que constitui o segmento mulheres; as jornadas de trabalho vividas pela maior parte delas; o cuidado para com os/as outros/as tomando o tempo e o espaço do cuidado de si; o excesso de preocupações imposto pelas responsabilidades assumidas; a amplitude, complexidade e subjetividade que envolvem a temática do lazer; o espaço público como espaço pensado por uma lógica masculina e excludente; a mercantilização do lazer interferindo no sentido e nas possibilidades de acesso e o não reconhecimento do lazer como direito. Como desafio, me propus, ainda, a estabelecer esboços que criam linhas para um novo agenciamento que levaria a um possível devir de lazer feminista.
id UFMG_a9a543f70cfc3cefd1827f5af264bc0f
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/34907
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Helder Ferreira Isayamahttp://lattes.cnpq.br/0667395123212935Christiane Luce GomesLeila Mirtes S. de Magalhães PintoMaria Manuel Rocha Teixeira BaptistaSilvana Vildore Goellnerhttp://lattes.cnpq.br/9666296816375873Cláudia Regina Bonalume2021-01-30T13:23:04Z2021-01-30T13:23:04Z2020-11-13http://hdl.handle.net/1843/34907https://orcid.org/0000-0003-0499-8587Esta investigação faz um mergulho no agenciamento que trata do lazer em movimentos sociais que defendem direitos das mulheres brasileiras, aqui representados pela Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB), pela Marcha Mundial de Mulheres (MMM), pela União Brasileira de Mulheres (UBM) e pelos setores que representam as mulheres da Confederação dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG), da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da União Nacional dos Estudantes (UNE), com o objetivo de cartografar os territórios que compõem possíveis relações entre mulheres e lazer na pauta desses movimentos. A metodologia adotada para a construção do conhecimento utiliza-se da pesquisa bibliográfica, da análise documental  que, além dos seis movimentos, envolveu as conferências e os Planos Nacionais de Políticas para as Mulheres  e das narrativas das lideranças dos Movimentos Feministas participantes da pesquisa, obtidas por meio de entrevistas semiestruturadas. A apresentação final do trabalho remete a uma mesa de negociações de pautas, organizada com rodada de apresentações, análise de conjuntura, ordem do dia, carta do encontro e avaliação. As relações estabelecidas partem das dificuldades enfrentadas pelo lazer para compor as pautas dos movimentos sociais, das conferências e dos planos. As conexões entre o referencial bibliográfico, a análise documental e as narrativas das lideranças apontam para aspectos macro e micropolíticos que contribuem para essas dificuldades e compõem a cartografia empreendida. Tais aspectos relacionam a ausência do lazer e a forma como, por vezes, ele se faz presente na vida das mulheres a questões como: o lugar e o papel da mulher na sociedade; a amplitude dos marcadores identitários que constitui o segmento mulheres; as jornadas de trabalho vividas pela maior parte delas; o cuidado para com os/as outros/as tomando o tempo e o espaço do cuidado de si; o excesso de preocupações imposto pelas responsabilidades assumidas; a amplitude, complexidade e subjetividade que envolvem a temática do lazer; o espaço público como espaço pensado por uma lógica masculina e excludente; a mercantilização do lazer interferindo no sentido e nas possibilidades de acesso e o não reconhecimento do lazer como direito. Como desafio, me propus, ainda, a estabelecer esboços que criam linhas para um novo agenciamento que levaria a um possível devir de lazer feminista.This investigation delved into the assemblage of leisure within social movements that defend Brazilian women’s rights, here represented by the Brazilian Women Articulation (Articulação de Mulheres Brasileiras – AMB), the World March of Women (WMM), the Union of Brazilian Women (União Brasileira de Mulheres – UBM) and by specific secretariats dedicated to women in the National Confederation of Agricultural Workers (Confederação dos Trabalhadores na Agricultura – CONTAG), the Unified Workers' Central (Central Única dos Trabalhadores – CUT) and the National Union of Students (União Nacional dos Estudantes – UNE). The objective of this research was to map a cartography of the territory analyzing the relationship between women and leisure in the agenda of the aforementioned social movements. The methodology adopted was the bibliographic research, the document analysis (which, in addition to the documentation provided by the six movements, involved the conferences and the National Plan of Policies for Women) and the narratives of the leaders of the Feminist Movements, obtained through semi-structured interviews. The final presentation of the work refers to a negotiating table where agendas are discussed through a round of presentations, conjunctural analysis, daily order, letter of the meeting and evaluation. The relationship was established through the difficulties of placing leisure in the social movements’ agendas, conferences and plans. The connections between our theoretical background, the document analysis and the narratives of the leaders indicate that macro and micropolitical aspects contribute to these difficulties and offer subsidies to map the cartography of the territory. Such aspects are related to the absence of leisure and, at some times, to the way leisure is understood in women’s lives through discussions around: the place and the role of women in society; the amplitude of the identity markers that constitute the segment of women; the working hours experienced by most of women; the time spent taking care of others, which takes time and space for self-care; the excess of concerns imposed by the assumed responsibilities; the amplitude, complexity and subjectivity around the theme “leisure”; the public sphere, with its male and excluding logic; the commercialization of leisure, which interfere in the possibilities of access; and the non-recognition of leisure as a right. As a challenge, I have established an outline that proposes a new assemblage that might lead to a possible becoming of a feminist leisure.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Estudos do LazerUFMGBrasilEEFFTO - ESCOLA DE EDUCAÇÃO FISICA, FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONALMulheresLazerMovimentos sociaisFeminismoO LAZER DAS MULHERES NA MESA DE NEGOCIAÇÕES: cartografando o lazer em movimentos sociais de mulheres brasileirasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALTeseCláudiaBonalume2020.pdfTeseCláudiaBonalume2020.pdfTese Cláudia Bonalumeapplication/pdf2204081https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34907/1/TeseCl%c3%a1udiaBonalume2020.pdf797fd8271c460a4606d3be54d36d44e0MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34907/2/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD521843/349072021-01-30 10:23:04.911oai:repositorio.ufmg.br:1843/34907TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2021-01-30T13:23:04Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv O LAZER DAS MULHERES NA MESA DE NEGOCIAÇÕES: cartografando o lazer em movimentos sociais de mulheres brasileiras
title O LAZER DAS MULHERES NA MESA DE NEGOCIAÇÕES: cartografando o lazer em movimentos sociais de mulheres brasileiras
spellingShingle O LAZER DAS MULHERES NA MESA DE NEGOCIAÇÕES: cartografando o lazer em movimentos sociais de mulheres brasileiras
Cláudia Regina Bonalume
Mulheres
Lazer
Movimentos sociais
Feminismo
title_short O LAZER DAS MULHERES NA MESA DE NEGOCIAÇÕES: cartografando o lazer em movimentos sociais de mulheres brasileiras
title_full O LAZER DAS MULHERES NA MESA DE NEGOCIAÇÕES: cartografando o lazer em movimentos sociais de mulheres brasileiras
title_fullStr O LAZER DAS MULHERES NA MESA DE NEGOCIAÇÕES: cartografando o lazer em movimentos sociais de mulheres brasileiras
title_full_unstemmed O LAZER DAS MULHERES NA MESA DE NEGOCIAÇÕES: cartografando o lazer em movimentos sociais de mulheres brasileiras
title_sort O LAZER DAS MULHERES NA MESA DE NEGOCIAÇÕES: cartografando o lazer em movimentos sociais de mulheres brasileiras
author Cláudia Regina Bonalume
author_facet Cláudia Regina Bonalume
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Helder Ferreira Isayama
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/0667395123212935
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Christiane Luce Gomes
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Leila Mirtes S. de Magalhães Pinto
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Maria Manuel Rocha Teixeira Baptista
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Silvana Vildore Goellner
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/9666296816375873
dc.contributor.author.fl_str_mv Cláudia Regina Bonalume
contributor_str_mv Helder Ferreira Isayama
Christiane Luce Gomes
Leila Mirtes S. de Magalhães Pinto
Maria Manuel Rocha Teixeira Baptista
Silvana Vildore Goellner
dc.subject.por.fl_str_mv Mulheres
Lazer
Movimentos sociais
Feminismo
topic Mulheres
Lazer
Movimentos sociais
Feminismo
description Esta investigação faz um mergulho no agenciamento que trata do lazer em movimentos sociais que defendem direitos das mulheres brasileiras, aqui representados pela Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB), pela Marcha Mundial de Mulheres (MMM), pela União Brasileira de Mulheres (UBM) e pelos setores que representam as mulheres da Confederação dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG), da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da União Nacional dos Estudantes (UNE), com o objetivo de cartografar os territórios que compõem possíveis relações entre mulheres e lazer na pauta desses movimentos. A metodologia adotada para a construção do conhecimento utiliza-se da pesquisa bibliográfica, da análise documental  que, além dos seis movimentos, envolveu as conferências e os Planos Nacionais de Políticas para as Mulheres  e das narrativas das lideranças dos Movimentos Feministas participantes da pesquisa, obtidas por meio de entrevistas semiestruturadas. A apresentação final do trabalho remete a uma mesa de negociações de pautas, organizada com rodada de apresentações, análise de conjuntura, ordem do dia, carta do encontro e avaliação. As relações estabelecidas partem das dificuldades enfrentadas pelo lazer para compor as pautas dos movimentos sociais, das conferências e dos planos. As conexões entre o referencial bibliográfico, a análise documental e as narrativas das lideranças apontam para aspectos macro e micropolíticos que contribuem para essas dificuldades e compõem a cartografia empreendida. Tais aspectos relacionam a ausência do lazer e a forma como, por vezes, ele se faz presente na vida das mulheres a questões como: o lugar e o papel da mulher na sociedade; a amplitude dos marcadores identitários que constitui o segmento mulheres; as jornadas de trabalho vividas pela maior parte delas; o cuidado para com os/as outros/as tomando o tempo e o espaço do cuidado de si; o excesso de preocupações imposto pelas responsabilidades assumidas; a amplitude, complexidade e subjetividade que envolvem a temática do lazer; o espaço público como espaço pensado por uma lógica masculina e excludente; a mercantilização do lazer interferindo no sentido e nas possibilidades de acesso e o não reconhecimento do lazer como direito. Como desafio, me propus, ainda, a estabelecer esboços que criam linhas para um novo agenciamento que levaria a um possível devir de lazer feminista.
publishDate 2020
dc.date.issued.fl_str_mv 2020-11-13
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2021-01-30T13:23:04Z
dc.date.available.fl_str_mv 2021-01-30T13:23:04Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/34907
dc.identifier.orcid.pt_BR.fl_str_mv https://orcid.org/0000-0003-0499-8587
url http://hdl.handle.net/1843/34907
https://orcid.org/0000-0003-0499-8587
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Estudos do Lazer
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv EEFFTO - ESCOLA DE EDUCAÇÃO FISICA, FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34907/1/TeseCl%c3%a1udiaBonalume2020.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34907/2/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 797fd8271c460a4606d3be54d36d44e0
34badce4be7e31e3adb4575ae96af679
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589394708299776