Percepções e práticas de lazer dos servidores técnico-administrativos em educação da Universidade Federal de Minas Gerais

• Autor(a) principal: Eliane Leroy Alves
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/61262
• topic: Servidores técnico-administrativos; Lazer; Qualidade de vida no trabalho; Servidores públicos; Qualidade de vida no trabalho; Lazer

O objetivo desta pesquisa foi conhecer as práticas de lazer experimentadas pelos servidores técnico-administrativos, tanto dentro como fora da UFMG, e investigar a sua percepção em relação às ações e atividades de lazer propostas pela Universidade Federal de Minas Gerais, bem como sua efetiva participação. A metodologia adotada foi um estudo descritivo-quantitativo, precedido por pesquisa documental como fonte primária de dados, que revelou informações sobre os sujeitos e a instituição, ambos objetos de análise na pesquisa. Os dados foram coletados por meio da aplicação de um questionário eletrônico a todos os servidores técnico-administrativos em educação com vínculo ativo e email cadastrados na instituição, lotados no Campus Pampulha e Campus Saúde, Faculdade de Direito e Escola de Arquitetura, bem como o Museu de História Natural e Jardim Botânico, como órgão suplementar externo e Conservatório, Centro Cultural e Espaço do Conhecimento, como parte da Diretoria de Ação Cultural. Os resultados indicaram que um número significativo de servidores afirma ter atividades de lazer em sua rotina, que incluem assistir a filmes e séries, ir ao cinema, fazer programas com familiares e amigos, assistir a shows, praticar atividades físicas e viajar. Aspectos inibidores para as práticas de lazer foram percebidos como falta de tempo, dinheiro e excesso de trabalho. Os entrevistados entendem o lazer principalmente como diversão, melhoria da qualidade de vida, tempo livre, descanso e quebra da rotina. Eles percebem que as práticas de lazer contribuem para a redução do estresse, melhoram a saúde física e mental, bem como a qualidade de vida e o bem-estar social. Aqueles que frequentam o Centro Esportivo Universitário geralmente o fazem para a prática de esportes, leitura e uso da piscina. Entretanto, o espaço é utilizado com mais frequência apenas em eventos programados. Isso se dá principalmente por problemas apontados em relação à infraestrutura do CEU, falta de tempo, distância de casa e rotina intensa, além do cansaço das atividades diárias. Em relação ao programa Qualidade de Vida no Trabalho (PRORH/UFMG), constatou-se que há um número reduzido de participantes ativos, muitos que já participaram no passado, mas não participam, e um número expressivo de pessoas que nunca participaram. Embora reconheçam que as atividades oferecidas pelo programa são consideradas lazer, dentre as principais limitações para a participação encontramos a falta de tempo, a dificuldade em conciliá-las com obrigações domésticas e familiares, os horários em que as atividades são oferecidas, os critérios de seleção e o número limitado de vagas. Assim, concluiu-se que, embora a universidade possua espaços e ações voltados para o esporte e lazer, as limitações apontadas acima têm impedido ou dificultado a participação efetiva dos servidores. Hoje essas ações estão aquém de seu propósito e se fossem repensadas poderiam se tornar mais efetivas. Se a universidade conseguir reconhecer o lazer como uma ferramenta capaz de aprimorar as relações de trabalho e se o servidor for capaz de perceber a existência de um tempo dedicado ao lazer oferecido por ela, as relações de trabalho podem mudar.