Excesso de peso em crianças e adolescentes com Fenilcetonúria: características clínicas e alterações metabólicas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8ZKLQW |
Resumo: | O excesso de peso é, hoje, um problema de saúde pública em vários países. Dados do Ministério da Saúde indicam que quase metade da população brasileira encontra-se acima do peso. Em nossa experiência, no atendimento de crianças e adolescentes com fenilcetonúria, temos observado que também nesse grupo os números são preocupantes. Em dois anos de intervalo (2007/2009), observamos um aumento na prevalência de excesso de peso nesses indivíduos. Assim, com o objetivo de identificar características clínicas e metabólicas das crianças e adolescentes com excesso de peso, decidimos realizar esse estudo. Participaram da investigação pacientes de 4 a 15 anos de idade, em tratamento no Ambulatório de Fenilcetonúria. Foram constituídos dois grupos: excesso de peso (n=29) e eutróficos (n=29). O grupo excesso de peso foi classificado de acordo com o Índice de Massa Corporal, considerando o percentil p> 85. Os sujeitos da pesquisa responderam a um questionário de frequência alimentar para cálculo da ingestão de macronutrientes. Foram também estimadas a massa magra e massa adiposa. Os pacientes foram submetidos à realização de calorimetria indireta, para determinação da taxa de metabolismo de repouso (TMR). Foram colhidas amostras de sangue para a determinação das concentrações de leptina, fenilalanina, glicemia, insulina basal, triglicérides, colesterol total e HDL-c. A resistência à insulina foi calculada pelo modelo matemático de Matheus et al. (1985). As variáveis foram comparadas pelos testes t Student ou Mann Whitney e para associação, foram utilizados os testes Qui-quadrado de Pearson ou de tendência. A correlação das variáveis foi realizada de acordo com o teste de Spearman. Os fenilcetonúricos com excesso de peso apresentaram menor ingestão, em valores absolutos, de lipídios, carboidratos, calorias totais e maior ingestão proteica na análise por percentuais. O grupo com excesso de peso apresentoumassa adiposa, massa magra e relação AMB/estatura significativamente maiores do que os eutróficos. Houve diferença significativa entre os grupos na relação TMR/AMB e TMR/peso, com valores mais elevados no grupo dos eutróficos. Foram encontradas correlações positivas entre os valores de leptina, da TMR, da insulina e do HOMA com a circunferência da cintura no grupo excesso de peso. Os dois grupos apresentaram correlação positiva entre a TMR-c e os valores de HOMA. O grupo excesso de peso apresentou valores maiores de leptina, triglicérides, CT/HDL-c, insulina basal e HOMA e valores menores de HDL-c, em relação aos eutróficos. A fenilcetonúria, por si só, parece não interferir no balanço energético dos fenilcetonúricos, pois os resultados das análises da TMR encontrados nesse estudo não diferiram dos resultados daqueles sem a doença. O relato de consumo alimentar no grupo excesso de peso parece estar subestimado. Os níveis aumentados de triglicérides e o consumo proteico nesse grupo podem confirmar esta hipótese. É necessário, mediante os resultados encontrados, que sejam iniciadas discussões pela Equipe do Ambulatório de Fenilcetonúria, para adequação do Protocolo de Atendimento. Além do monitoramento das dosagens de phe, lípides, glicemia e insulina basal nos pacientes com excesso de peso, que apresentem curva ascendente da medida da circunferência abdominal, é imperativo que se busquem propostas eficazes de prevenção. Orientações nutricionais devem ser enfatizadas para modificar o hábito alimentar, diminuindo a ingestão de açúcar, bem como a mudança do estilo de vida, com incentivo à prática de atividade física regular. Medidas tais que podem favorecer a redução da circunferência abdominal, da gordura visceral e melhorar a sensibilidade à insulina, além de diminuir as concentrações plasmáticas de glicose e triglicérides, aumentar os valores de HDL colesterol e, consequentemente, reduzir os fatores de risco para o desenvolvimento de diabetes tipo 2 e de doenças cardiovasculares. |
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