Avaliação da microalbuminúria e das correlações das alterações no sedimento urinário e a relação proteína creatinina urinária em cães

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mariane Martins Wagatsuma
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/62428
Resumo: A microalbuminúria caracteriza-se como a detecção de quantidade anormal de albumina na urina, mas ainda em quantidade insuficiente para ser detectada pelas tiras reagentes tradicionalmente usadas nos exames de urina rotina. Pode ser atribuída a disfunções glomerulares ou tubulares e ser utilizada como um marcador para lesões e alterações vasculares sistêmicas. Na primeira parte do trabalho, objetivou-se avaliar a microalbuminúria em cães pelos métodos de imunoturbidimetria e por tiras reagentes semiquantitativas, além da relação proteína creatinina urinária (RPCU) . Foram selecionados 80 cães que apresentaram resultado negativo ou traços de proteína na urina pela tira reagente convencional e RPCU < 0,5. Esses animais foram categorizados de acordo com sua suspeita clínica e/ou comorbidades. Não foram detectadas diferenças significativas entre os sexos para as variáveis RPCU, microalbuminúria pela tira reagente e microalbuminúria pela imunoturbidimetria. Não foi observada correspondência na avaliação da microalbuminúria pela tira reagente semiquantitativa e pela imunotubidimetria, também não houve correspondência destas com a RPCU. Foi possível detectar microalbuminúria em cães com doença periodontal e em cães que buscaram atendimento para avaliações de rotina e que tiveram resultados de RPCU dentro da normalidade. Observou-se microalbuminúria em cães com DRC, leishmaniose, dermatite atópica canina e doença inflamatória intestinal que tiveram resultados de RPCU considerados como limítrofe. Existem poucos estudos controlados que avaliam o real impacto da inflamação e hemorragia do trato urinário na proteinúria em cães e não há concordância total entre eles. Também não há estudos que correlacionem a presença de células e cilindros à proteinúria em cães. Assim, na segunda parte do trabalho, objetivou-se avaliar, em estudo retrospectivo, as alterações da sedimentoscopia nos exames de urina rotina realizado em cães e correlacionar com os seus valores da RPCU. Foram avaliados 250 exames de urina rotina e RPCU. Foi observado correlação da RPCU com as variáveis proteína pela tira reagente, totais de cilindros, cilindros granulosos, bactérias, pH, cristais de urato e cristais de carbonato de cálcio. Além disso foi vista correlação marginalmente significativa com cristais de xantina e leucócitos. Não foi observada correlação da RPCU com a variável idade. As variáveis hemácias e total de células não tiveram correlação significativa com a RPCU.
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