Caracterização microestrutural e mecânica de aços resisitentes ao fogo a base de MO-Si-P

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Odair Jose dos Santos
Data de Publicação: 2004
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BMGZ-69WNXF
Resumo: Devido a problemas relacionados à formação de trincas durante o lingotamento contínuo nos aços para costrução civil da série USI SAC, fabricados pela USIMINAS, foram desenvolvidos novos projetos de liga para essa série, substituindo sua base Cr-Cu por Si-P. Essa mudança de composição química foi capaz de minimizar o custo de produção associado à necessidade de escarfagem e garantiu as mesmas características originais do produto.Sendo os aços da série USI FIRE desenvolvidos a partir de composição química semelhante aos dos aços USI SAC, a menos da presença do Mo, considerou-se também a mudança de sua base Mo-Cu-Cr para Mo-Si-P. Dessa forma, a finalidade desse estudo foi o desenvolvimento de um novo aço USI FIRE, usando a base Mo-Si-P, que apresente um desempenho similar ao anterior (base Mo-Cu-Cr) e um custo equivalente ou menor.Seis ligas do novo aço da série USI FIRE, com teores de Si e P idênticos aos do aço USI SAC 350 e teores variados de C, Mo e Nb foram elaboradas e caracterizadas em termos de microestrutura, temperabilidade, propriedades mecânicas entre 25 e 600oC e tenacidade ao impacto Das ligas testadas somente uma atendeu ao requisito de resistência ao fogo. O melhor desempenho desta liga foi atribuído ao maior teor de Mo e à presença de Nb em sua composição. O Mo acarretou a formação de microestruturas de baixas temperaturas de transformação, deslocou para maiores temperaturas as manifestações de envelhecimento dinâmico e diminuiu a taxa de coalescimento dos precipitados de NbC, através da segregação nas interfaces partículas / matriz. Por outro lado, considerando os requisitos de tenacidade e resistência ao fogo associados ao aço USI FIRE, nenhuma das ligas testadas atendeu simultaneamente a essas duas especificações, sendo que o Mo, por aumentar a temperabilidade, contribuiu para os baixos valores de energia absorvida no ensaio de impacto Charpy.
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