Tratamento convencional e associado ao biofeedback de crianças com dissinergia do assoalho pélvico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Alice Santiago Barreto
Data de Publicação: 2006
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/ECJS-72DPQW
Resumo: Introdução: Cerca de 50% das crianças com constipação intestinal contraem o esfíncter anal externo durante a tentativa de evacuar, caracterizando a dissinergia do assoalho pélvico. O treinamento com biofeedback é utilizado para o tratamento desta disfunção. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do tratamento convencional comparado com o associado ao treinamento com biofeedback em crianças com dissinergia do assoalho pélvico. Métodos: Noventa crianças com constipação intestinal e dissinergia do assoalho pélvico, com idade entre 4 e 14 anos, 64,5 % do gênero masculino, foram randomizadas consecutivamente para o grupo 1 tratamento convencional associado ao treinamento por biofeedback (45 pacientes) ou para o grupo 2 tratamento convencional (45 pacientes) e seguidas durante 12 meses. O tratamento convencional consistiu de dieta laxante, treinamento comportamental para uso do vaso sanitário, laxantes orais e enemas. O treinamento com biofeedback consistiu de duas a quatro sessões de biofeedback até a normalização da dinâmica evacuatória. O critério de sucesso do tratamento foi freqüência evacuatória maior ou igual a três vezes por semana, menos de dois episódios de escape fecal por mês e suspensão do uso de laxantes. Resultados: Após seis semanas de tratamento, a manometria anorretal mostrou diminuição do limiar da sensibilidade retal e aumento da pressão de contração em ambos os grupos. Ocorreu normalização da dissinergia do assoalho pélvico maiorno grupo do biofeedback. A porcentagem de crianças que não necessitou mais de usar laxantes foi maior no grupo do biofeedback após 12 meses. A freqüência evacuatória e de escape fecal foram semelhantes em ambos os grupos. A taxa de sucesso com seis meses foi maior no grupo do biofeedback com significância estatística e a normalização da dissinergia do assoalho pélvico esteve associadacom o sucesso do tratamento. Conclusão: A taxa de sucesso do tratamento convencional associado ao treinamento por biofeedback foi maior que a do tratamento convencional com seis meses de seguimento, porém, este resultado não se manteve após 12 meses deseguimento. Ocorreu melhora clínica e dos parâmetros manométricos no grupo do biofeedback que deve ser considerado como um recurso a mais no tratamento da dissinergia do assoalho pélvico.
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Métodos: Noventa crianças com constipação intestinal e dissinergia do assoalho pélvico, com idade entre 4 e 14 anos, 64,5 % do gênero masculino, foram randomizadas consecutivamente para o grupo 1 tratamento convencional associado ao treinamento por biofeedback (45 pacientes) ou para o grupo 2 tratamento convencional (45 pacientes) e seguidas durante 12 meses. O tratamento convencional consistiu de dieta laxante, treinamento comportamental para uso do vaso sanitário, laxantes orais e enemas. O treinamento com biofeedback consistiu de duas a quatro sessões de biofeedback até a normalização da dinâmica evacuatória. O critério de sucesso do tratamento foi freqüência evacuatória maior ou igual a três vezes por semana, menos de dois episódios de escape fecal por mês e suspensão do uso de laxantes. Resultados: Após seis semanas de tratamento, a manometria anorretal mostrou diminuição do limiar da sensibilidade retal e aumento da pressão de contração em ambos os grupos. Ocorreu normalização da dissinergia do assoalho pélvico maiorno grupo do biofeedback. A porcentagem de crianças que não necessitou mais de usar laxantes foi maior no grupo do biofeedback após 12 meses. A freqüência evacuatória e de escape fecal foram semelhantes em ambos os grupos. A taxa de sucesso com seis meses foi maior no grupo do biofeedback com significância estatística e a normalização da dissinergia do assoalho pélvico esteve associadacom o sucesso do tratamento. Conclusão: A taxa de sucesso do tratamento convencional associado ao treinamento por biofeedback foi maior que a do tratamento convencional com seis meses de seguimento, porém, este resultado não se manteve após 12 meses deseguimento. Ocorreu melhora clínica e dos parâmetros manométricos no grupo do biofeedback que deve ser considerado como um recurso a mais no tratamento da dissinergia do assoalho pélvico.Introduction: Approximately 50% of constipated children contract rather than relax the external sphincter complex during defecation maneuver. The biofeedback training is used to treat children with pelvic floor dyssinergia The aim of this study was evaluate the effect of conventional treatment on clinical outcome compared to conventional treatment and biofeedback training in children with pelvic floor dyssinergia.Method: Ninety constipated children with pelvic floor dyssynergia, 4 to 14years old, 64,5% male, were prospectively randomized to group 1 - conventional treatment combined with biofeedback training (45 patients) or to group 2 - conventional treatment (45 patients) and followed up during 12 months. The conventional treatment consisted of dietary advise, toilet training, oral laxatives and rectal disimpaction with enemas and the biofeedback training consisted of two to four sessions, until they normalize the anorectal function. Successful treatment was defined as 3 or more bowel movements per week, and fewer than 2 soilingepisodes per one month and no use of laxatives. Results: After six weeks of treatment, the manometric data showed decrease of thresholds of rectal sensation and increase of squeeze pressure, in both groups. Normalization of the pelvic floor dissynergia was higher in thebiofeedback group. The number of children with use of no laxatives was higher in the first group. There were no difference in bowel frequency or soiling between the two groups at follow-up. The success rate of treatment at six months follow-up was significantly higher in the first group and the normalization of the pelvic floor dyssinergia was associated with higher success rate. Conclusions: Biofeedback training combined with conventional treatment compared with conventional treatment alone result in higher success rates in chronically constipated children at 6 months of follow-up. There were good response in clinical e manometric parameters with the use of biofeedback which may be considered as na important tool in treatment of pelvic floor dyssinergia.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGManometriaConstipação intestinal/terapiaConstipaçãoAtaxia/reabilitaçãoAtaxia/etiologiaAtaxia/terapiaAdolescenteConstipação intestinalSoalho pélvico/fisiopatologiaConstipação intestinal/complicaçõesResultado de tratamentoCanal anal/fisiopatologiaManômetroBiorretroalimentação (Psicologia)CriançaTerapêutica/tendênciasManometria anorretalConstipaçãoBiofeedbackCriançasDissinergia do assoalho pélvicoTratamento convencional e associado ao biofeedback de crianças com dissinergia do assoalho pélvicoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALalice_barreto_voordeckers.pdfapplication/pdf424128https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ECJS-72DPQW/1/alice_barreto_voordeckers.pdf4aacd3aaebc9f2a6abee2d9efa4047d4MD51TEXTalice_barreto_voordeckers.pdf.txtalice_barreto_voordeckers.pdf.txtExtracted texttext/plain128872https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ECJS-72DPQW/2/alice_barreto_voordeckers.pdf.txtbd0a4c7c6030c0ae72645adea968b1a8MD521843/ECJS-72DPQW2019-11-14 19:45:00.622oai:repositorio.ufmg.br:1843/ECJS-72DPQWRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T22:45Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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