Estudo sobre a mortalidade adulta, para Brasil entre 1980 e 2000 e unidades da Federação em 2000: uma aplicação dos métodos de distribuição de mortes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cintia Simoes Agostinho
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/AMSA-7UTLJX
Resumo: O conhecimento dos níveis e tendência da mortalidade adulta e idosa nos países em desenvolvimento é limitado pela baixa qualidade das informações disponíveis. As limitações existentes nas fontes de dados necessárias para a estimativa das taxas de mortalidade estão relacionadas à incompleta cobertura do registro de óbitos e a erros na declaração da idade, nos dados de mortes e de população (United Nations, 1983; Preston, Elo, Stewart, 1999). Para contornar esses problemas nos dados, diferentes metodologias foram desenvolvidas para se mensurar a qualidade dos dados e os níveis da mortalidade adulta.O objetivo principal deste trabalho é avaliar a qualidade dos dados, de população e mortes, e obter estimativas de mortalidade para a população adulta, no Brasil, no período entre 1980 e 2000, e para unidades da Federação em 2000, utilizando diferentes metodologias de distribuição de mortes. Em comum, os métodos estimam a cobertura do registro de óbitos em relação à distribuição etária da população, corrigindo o nível e mantendo fixa a estrutura de mortalidade, baseado em pressupostos alternativos (Brass, 1975; Preston et al., 1980; Bennett e Horiuchi, 1981; Hill, 1987; Hill e Choi, 2004; Hill e Queiroz, 2004). A aplicação de diferentes técnicas se justifica pelo fato da literatura não indicar uma melhor metodologia para investigar problemas de dados de mortalidade. Além disso, ao se aplicar e avaliar diferentes metodologias busca-se obter estimativas de mortalidade mais robustas para adultos, uma vez que com esse conjunto de estimativas, espera-se obter um intervalo de resultados consistentes. A aplicação de métodos alternativos permite entender um pouco melhor o nível e tendência da mortalidade no Brasil e unidades da Federação, além de funcionar como um exercício metodológico.Os resultados se mostraram diferenciados entre as técnicas que tinham o pressuposto de estabilidade e as que o flexibilizavam. Nos métodos em que não é necessário o pressuposto de população estável, os resultados indicaram que a cobertura do registro de mortes era superior a 100% em estados das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste, evidenciando a existência de erros nas fontes de dados que geraram estimativas sobreestimadas. Desta forma, as medidas de mortalidade foram calculadas utilizando a cobertura estimada pelos métodos da Equação de Balanceamento de Brass e Preston et al. (1980), que têm o pressuposto de população estável. Dada a dificuldade em se definir qual o método mais adequado e que melhor se ajusta aos dados, as estimativas para esses dois métodos foram interpretadas como valores limite de um intervalo de resultados.
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Para contornar esses problemas nos dados, diferentes metodologias foram desenvolvidas para se mensurar a qualidade dos dados e os níveis da mortalidade adulta.O objetivo principal deste trabalho é avaliar a qualidade dos dados, de população e mortes, e obter estimativas de mortalidade para a população adulta, no Brasil, no período entre 1980 e 2000, e para unidades da Federação em 2000, utilizando diferentes metodologias de distribuição de mortes. Em comum, os métodos estimam a cobertura do registro de óbitos em relação à distribuição etária da população, corrigindo o nível e mantendo fixa a estrutura de mortalidade, baseado em pressupostos alternativos (Brass, 1975; Preston et al., 1980; Bennett e Horiuchi, 1981; Hill, 1987; Hill e Choi, 2004; Hill e Queiroz, 2004). A aplicação de diferentes técnicas se justifica pelo fato da literatura não indicar uma melhor metodologia para investigar problemas de dados de mortalidade. Além disso, ao se aplicar e avaliar diferentes metodologias busca-se obter estimativas de mortalidade mais robustas para adultos, uma vez que com esse conjunto de estimativas, espera-se obter um intervalo de resultados consistentes. A aplicação de métodos alternativos permite entender um pouco melhor o nível e tendência da mortalidade no Brasil e unidades da Federação, além de funcionar como um exercício metodológico.Os resultados se mostraram diferenciados entre as técnicas que tinham o pressuposto de estabilidade e as que o flexibilizavam. Nos métodos em que não é necessário o pressuposto de população estável, os resultados indicaram que a cobertura do registro de mortes era superior a 100% em estados das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste, evidenciando a existência de erros nas fontes de dados que geraram estimativas sobreestimadas. Desta forma, as medidas de mortalidade foram calculadas utilizando a cobertura estimada pelos métodos da Equação de Balanceamento de Brass e Preston et al. (1980), que têm o pressuposto de população estável. Dada a dificuldade em se definir qual o método mais adequado e que melhor se ajusta aos dados, as estimativas para esses dois métodos foram interpretadas como valores limite de um intervalo de resultados.The study of trends and levels of adult and elderly mortality in developing countries is hampered by a lack of complete vital registration data. Even when coverage is adequate, information regarding age is often inaccurate. Census data, necessary to estimate denominators in standard mortality rates, are also of uncertain quality (United Nations, 1983; Preston, Elo, Stewart, 1999). In recent decades, different methods known as Death Distribution Methods, based on formal demographic equations, were developed to study quality of data and adult mortality.The purpose of this dissertation is to evaluate the quality of population and deaths data, and obtain estimates of mortality for the adult population, in Brazil, between 1980 and 2000, and for states in 2000. In common, these methods estimate death coverage, in relation to the age distribution of the population, adjusting the level and maintaining the structure of mortality constant (Brass, 1975, Preston et al., 1980, Bennett and Horiuchi, 1981; Hill, 1987; Hill and Choi, 2004; Hill and Queiroz, 2004). The use of different techniques is important because literature does not indicate any gold standard to study adult mortality data problems. Furthermore, by applying and evaluating different methods we expect obtain more robust estimates of mortality, since using a set of estimates, we are able to produce an expected range of estimates. The application of alternative methods allows one to understand more about the level and trend of mortality in Brazil, and is also an interesting methodological exercise.We obtained different results based on the different methods and their assumptions. In methods that relaxed the assumption of stable population, the results indicated that the coverage of death registration was more than 100% in the states of Southeast, South and Center-West, indicating the existence of errors in data sources that generated overestimate results. Thus, measures of mortality was calculated using the coverage estimated by the methods of Growth Balance Equation (Brass, 1975) and Preston et al. (1980), which have the assumption of stable population. Given the difficulty in defining what is the most appropriate method and which one best fits the data, estimates for these two methods was interpreted as upper and lower bounds of results.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGMortalidade BrasilBrasilMortalidadeEstudo sobre a mortalidade adulta, para Brasil entre 1980 e 2000 e unidades da Federação em 2000: uma aplicação dos métodos de distribuição de mortesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALcintia_s_agostinho.pdfapplication/pdf5226343https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/AMSA-7UTLJX/1/cintia_s_agostinho.pdf38963988b1db9bee84f795033bcf3984MD51TEXTcintia_s_agostinho.pdf.txtcintia_s_agostinho.pdf.txtExtracted texttext/plain822588https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/AMSA-7UTLJX/2/cintia_s_agostinho.pdf.txt5db8d0d71e1ee2e4c7539c801f3ff9d4MD521843/AMSA-7UTLJX2019-11-14 11:31:46.221oai:repositorio.ufmg.br:1843/AMSA-7UTLJXRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T14:31:46Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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