Beta-lactamases de espectro ampliado (ESBL) produzido por enterobactérias: mecanismo de ação, diagnóstico e controle

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ailton Antônio da Silva
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-A3PHS2
Resumo: A resistência bacteriana tem aumentado rapidamente nos últimos anos no Brasil e no mundo, e embora exista uma variedade de mecanismos de resistência, a beta-Lactamase de Amplo Espectro (ESBL) destaca-se como uma das principais. Este trabalho tem como objetivo descrever os mecanismos de resistência das ESBLs, apresentar seus métodos de detecção fenotípicos para fins epidemiológicos e medidas de prevenção e controle para evitar a disseminação de bactérias resistentes. Foi realizado um levantamento bibliográfico nas bases de dados MEDLINE, PubMed, Scientific Eletronic Library Online (SCIELO). Verificou-se que as ESBL produzidas por bastonetes Gram negativo (principalmente Klebsiella pneumoniae e Escherichia coli) tornam-se altamente eficazes em inativar penicilinas, cefalosporinas e monobactans. Além disso, as enterobactérias produtoras de ESBL são frequentemente resistentes às diversas classes de antibióticos não beta-lactâmicos, tornando extremamente difícil o tratamento das infecções. No Brasil, em diferentes regiões, são descritas enzimas do tipo TEM, SHV, CTX-M, VED, DES e GES. Entretanto, as mais prevalentes em território brasileiro sejam CTX-M-2, CTX-M-8 e CTX-M-9. O laboratório de Microbiologia tem importante papel na detecção de bactérias produtoras de ESBL. A demora no diagnóstico leva a permanência do paciente no ambiente hospitalar por longo período, possibilitando a disseminação intra e inter hospitalar dessas enzimas. Testes fenotípicos para detecção de ESBL como disco aproximação, ETEST, disco combinado podem ser usados ainda para estudos epidemiológicos. Segundo o documento da CLSI 2014, foram estabelecidos novos pontos de corte considerando as propriedades farmacocinéticas e farmacodinâmicas baseadas em doses específicas. Desta forma, os resultados devem ser reportados nos laudos de antibiograma conforme testados e não mais editados para resistentes como era realizado anteriormente. Para prevenção de transmissão de agentes infecciosos no ambiente hospitalar é preconizado pela ANVISA medidas de controle. Essas medidas devem ser claras e divulgadas aos profissionais de saúde com o objetivo de minimizar a incidência de bactérias multirresistentes.
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Além disso, as enterobactérias produtoras de ESBL são frequentemente resistentes às diversas classes de antibióticos não beta-lactâmicos, tornando extremamente difícil o tratamento das infecções. No Brasil, em diferentes regiões, são descritas enzimas do tipo TEM, SHV, CTX-M, VED, DES e GES. Entretanto, as mais prevalentes em território brasileiro sejam CTX-M-2, CTX-M-8 e CTX-M-9. O laboratório de Microbiologia tem importante papel na detecção de bactérias produtoras de ESBL. A demora no diagnóstico leva a permanência do paciente no ambiente hospitalar por longo período, possibilitando a disseminação intra e inter hospitalar dessas enzimas. Testes fenotípicos para detecção de ESBL como disco aproximação, ETEST, disco combinado podem ser usados ainda para estudos epidemiológicos. Segundo o documento da CLSI 2014, foram estabelecidos novos pontos de corte considerando as propriedades farmacocinéticas e farmacodinâmicas baseadas em doses específicas. Desta forma, os resultados devem ser reportados nos laudos de antibiograma conforme testados e não mais editados para resistentes como era realizado anteriormente. Para prevenção de transmissão de agentes infecciosos no ambiente hospitalar é preconizado pela ANVISA medidas de controle. Essas medidas devem ser claras e divulgadas aos profissionais de saúde com o objetivo de minimizar a incidência de bactérias multirresistentes.The antimicrobial resistance has increased in Brazil and wordwide in the last years. The extended spectrum beta-lactamases (ESBL) is an important mechanism among a great variety of resistance mechanisms. This study is aimed to describe the ESBL resistance mechanism, phenotypic detection methods for epidemiology, and measures for control and prevention of multidrug-resistance bacteria dissemination. This paper aims to describe the ESBL 's resistance mechanism, present phenotypic detection methods for epidemiological purposes and control measures to prevent the spread of multidrug-resistant bacteria. The extended spectrum beta-lactamases (ESBL) produced by Gram negative rods (mainly Klebsiella pneumoniae and Escherichia coli) become highly effective in inactivating penicillins, cephalosporins and monobactans. Moreover, ESBL-producing Enterobacteriaceae are often resistant to multiple classes of non-beta-lactam antibiotics impairing the infections treatment. Phenotypic tests for ESBL detection as a proxy discs, Etest, combined disk can be still used for epidemiological studies. The CLSI 2014 established new breakpoints considering the pharmacokinetic and pharmacodynamics properties based on specific doses. The results should be reported in the antibiogram reports as tested and not edited for resistant as was done previously. To prevent transmission of infectious agents in the hospital is recommended by ANVISA control measures. They must be clear and available for health professionals.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGFarmacorresistência BacterianaMicrobiologiaBeta-lactamasesResistência a múltiplos medicamentosFarmacorresistência BacterianaBeta-LactamasesFarmacorresistência MúltiplaBeta-lactamases de espectro ampliado (ESBL) produzido por enterobactérias: mecanismo de ação, diagnóstico e controleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALmonografia_betalactamases_de_espectro_ampliado.doc___260315.pdfapplication/pdf287211https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-A3PHS2/1/monografia_betalactamases_de_espectro_ampliado.doc___260315.pdf1bad8b43a0dcef1ad6db29cd7877b9c8MD51TEXTmonografia_betalactamases_de_espectro_ampliado.doc___260315.pdf.txtmonografia_betalactamases_de_espectro_ampliado.doc___260315.pdf.txtExtracted texttext/plain42173https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-A3PHS2/2/monografia_betalactamases_de_espectro_ampliado.doc___260315.pdf.txtb4e06a1981eacf05cfd023754dbdf6e7MD521843/BUBD-A3PHS22019-11-14 08:24:00.413oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUBD-A3PHS2Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T11:24Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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