Evolução do comportamento social: dinâmica evolutiva dos animais eussociais
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/38281 |
Resumo: | A seleção natural é o processo através do qual características melhor adaptadas ao ambiente que são hereditárias tornam-se mais comuns numa população devido à maior probabilidade de sobrevivência e reprodução dos indivíduos portadores da característica melhor adaptada. Portanto, quando uma certa característica é observada numa população, pressupõe-se que um dos efeitos dessa característica é o aumento, por exemplo, da taxa de reprodução dos indivíduos portadores dessa característica. Entretanto, um conjunto particular de espécies animais, ditos eussociais, exibem a presença de castas estéreis. Ou seja, a seleção natural favoreceu o surgimento de animais, como as formigas, por exemplo, em que um grande contingente de indivíduos não têm potencial reprodutivo. Portanto, as condições para a evolução das espécies eussociais são um tanto quanto intrigantes. Atualmente, duas vertentes de formalização matemática da evolução da eussocialidade se destacam: a seleção natural padrão, que se baseia na noção de aptidão reprodutiva direta, e a seleção de parentesco, que se baseia na noção de aptidão inclusiva. Neste sentido, o presente trabalho teve como primeiro objetivo descrever os conceitos das aptidões sociais, bem como a regra de Hamilton, e analisar suas limitações através de modelos matemáticos da seleção natural padrão. A análise empregada permitiu evidenciar que a aptidão inclusiva é valida somente sob certas condições, como limites de baixa seleção e de baixa mutação, aditividade e condição de população com estrutura especial. Já na abordagem da seleção natural padrão, nenhum desses requisitos são necessários. Essas duas formalizações servem de base para analisar as principais hipóteses para a evolução da eussocialidade: hipótese da haplodiploidia, a hipótese da monogamia ancestral, hipótese ecológica e a hipótese de seleção de grupos. Essas duas últimas são as mais promissoras, não somente por evitarem as limitações da aptidão inclusiva, mas também por possibilitarem uma análise simples de população estruturada sujeita a seleção natural. Além disso, o fenômeno da transição de comportamentos sociais primitivos para a eussocialidade, por meio das rotas evolutivas parassocial e subssocial, foi explorado através de duas operações matemáticas construtivas: se-agrupar (S-A) e ficar-junto (F-J). O estudos dessas duas operações de construção possibilitaram o princípio de uma abordagem, através de simulações computacionais, para explorar qual das duas rotas foi a mais provável, e sob quais condições elas são possíveis, para alguns dos principais grupos de animais eussociais. |
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Ou seja, a seleção natural favoreceu o surgimento de animais, como as formigas, por exemplo, em que um grande contingente de indivíduos não têm potencial reprodutivo. Portanto, as condições para a evolução das espécies eussociais são um tanto quanto intrigantes. Atualmente, duas vertentes de formalização matemática da evolução da eussocialidade se destacam: a seleção natural padrão, que se baseia na noção de aptidão reprodutiva direta, e a seleção de parentesco, que se baseia na noção de aptidão inclusiva. Neste sentido, o presente trabalho teve como primeiro objetivo descrever os conceitos das aptidões sociais, bem como a regra de Hamilton, e analisar suas limitações através de modelos matemáticos da seleção natural padrão. A análise empregada permitiu evidenciar que a aptidão inclusiva é valida somente sob certas condições, como limites de baixa seleção e de baixa mutação, aditividade e condição de população com estrutura especial. Já na abordagem da seleção natural padrão, nenhum desses requisitos são necessários. Essas duas formalizações servem de base para analisar as principais hipóteses para a evolução da eussocialidade: hipótese da haplodiploidia, a hipótese da monogamia ancestral, hipótese ecológica e a hipótese de seleção de grupos. Essas duas últimas são as mais promissoras, não somente por evitarem as limitações da aptidão inclusiva, mas também por possibilitarem uma análise simples de população estruturada sujeita a seleção natural. Além disso, o fenômeno da transição de comportamentos sociais primitivos para a eussocialidade, por meio das rotas evolutivas parassocial e subssocial, foi explorado através de duas operações matemáticas construtivas: se-agrupar (S-A) e ficar-junto (F-J). O estudos dessas duas operações de construção possibilitaram o princípio de uma abordagem, através de simulações computacionais, para explorar qual das duas rotas foi a mais provável, e sob quais condições elas são possíveis, para alguns dos principais grupos de animais eussociais.Natural selection is the process by which characteristics best adapted to the environment that are hereditary become more common in a population due to the greater probability of survival and reproduction of individuals with the best adapted characteristic. Therefore, when a certain characteristic is observed in a population, it is assumed that one of the effects of that characteristic is the increase, for example, in the reproduction rate of individuals with this characteristic. However, a particular set of animal species, called eusocial, exhibit the presence of sterile castes. In other words, natural selection favored the appearance of animals, such as ants, for example, in which a large number of individuals have no reproductive potential. Therefore, the conditions for the evolution of eussocial species are somewhat intriguing. Currently, two aspects of mathematical formalization of the evolution of eussociality stand out: standard natural selection, which is based on the notion of direct reproductive fitness, and kin selection, which is based on the notion of inclusive fitness. In this sense, the present work had as its first goal to describe the concepts of social fitness as well as Hamilton’s rule and to analyze its limitations through the evolutionary game theory. The analysis employed showed that there are limitation for the validity of inclusive fitness theory such as: low selection and low mutation limits, additivity and condition population with a special structure, while the usual approach to standard natural selection remains promising since none of the previous requirements are present. So, this comparison serves as a basis to analyze the main hypotheses for the evolution of eussociality: the haplodiploidy hypothesis, the ancestral monogamy hypothesis, ecological hypothesis and the group selection hypothesis. The latter being the most promising, not only because it avoids the limitations of social fitness concepts, but also because is yields a simple analysis of structured population subject to natural selection. In addition, the phenomenon of the transition from primitive social behaviors to eussociality through the Parasocial and Subssocial evolutionary routes was explored through two constructive mathematical operations: coming-together (C-T) and stay-together (S-T). The study of these two construction operations enabled the principle of an approach, through computer simulations, to explore which of the two routes was the most likely, and under what conditions they are possible, for some of the main groups of eussocial animals.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em FísicaUFMGBrasilICX - DEPARTAMENTO DE FÍSICATeoria dos jogosSistemas complexosTeoria evolutiva de jogosEussocialidadeEvolução da eussocialdadeRotas para a eussocialidadeAptidão inclusivaRegra de HamiltonEvolução do comportamento social: dinâmica evolutiva dos animais eussociaisEvolution of social behavior: evolutionary dynamics of eusocial animalsinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALDanielDissertação.pdfDanielDissertação.pdfDissertaçãoapplication/pdf12174146https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/38281/2/DanielDisserta%c3%a7%c3%a3o.pdfaecdb8e39d3cd32c43f429ec6abf116dMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/38281/3/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD531843/382812021-10-05 14:02:05.759oai:repositorio.ufmg.br:1843/38281TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2021-10-05T17:02:05Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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