Evolução do comportamento social: dinâmica evolutiva dos animais eussociais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Daniel de Assis Rodrigues
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/38281
Resumo: A seleção natural é o processo através do qual características melhor adaptadas ao ambiente que são hereditárias tornam-se mais comuns numa população devido à maior probabilidade de sobrevivência e reprodução dos indivíduos portadores da característica melhor adaptada. Portanto, quando uma certa característica é observada numa população, pressupõe-se que um dos efeitos dessa característica é o aumento, por exemplo, da taxa de reprodução dos indivíduos portadores dessa característica. Entretanto, um conjunto particular de espécies animais, ditos eussociais, exibem a presença de castas estéreis. Ou seja, a seleção natural favoreceu o surgimento de animais, como as formigas, por exemplo, em que um grande contingente de indivíduos não têm potencial reprodutivo. Portanto, as condições para a evolução das espécies eussociais são um tanto quanto intrigantes. Atualmente, duas vertentes de formalização matemática da evolução da eussocialidade se destacam: a seleção natural padrão, que se baseia na noção de aptidão reprodutiva direta, e a seleção de parentesco, que se baseia na noção de aptidão inclusiva. Neste sentido, o presente trabalho teve como primeiro objetivo descrever os conceitos das aptidões sociais, bem como a regra de Hamilton, e analisar suas limitações através de modelos matemáticos da seleção natural padrão. A análise empregada permitiu evidenciar que a aptidão inclusiva é valida somente sob certas condições, como limites de baixa seleção e de baixa mutação, aditividade e condição de população com estrutura especial. Já na abordagem da seleção natural padrão, nenhum desses requisitos são necessários. Essas duas formalizações servem de base para analisar as principais hipóteses para a evolução da eussocialidade: hipótese da haplodiploidia, a hipótese da monogamia ancestral, hipótese ecológica e a hipótese de seleção de grupos. Essas duas últimas são as mais promissoras, não somente por evitarem as limitações da aptidão inclusiva, mas também por possibilitarem uma análise simples de população estruturada sujeita a seleção natural. Além disso, o fenômeno da transição de comportamentos sociais primitivos para a eussocialidade, por meio das rotas evolutivas parassocial e subssocial, foi explorado através de duas operações matemáticas construtivas: se-agrupar (S-A) e ficar-junto (F-J). O estudos dessas duas operações de construção possibilitaram o princípio de uma abordagem, através de simulações computacionais, para explorar qual das duas rotas foi a mais provável, e sob quais condições elas são possíveis, para alguns dos principais grupos de animais eussociais.
id UFMG_b35594b4331f32012a42183904f1bb97
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/38281
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Lucas Lages Wardilhttp://lattes.cnpq.br/6843147192950245José Marcos Andrade FigueiredoPaulo Enrique Cardoso Peixotohttp://lattes.cnpq.br/9145617057715181Daniel de Assis Rodrigues2021-10-05T17:02:05Z2021-10-05T17:02:05Z2020-03-10http://hdl.handle.net/1843/38281A seleção natural é o processo através do qual características melhor adaptadas ao ambiente que são hereditárias tornam-se mais comuns numa população devido à maior probabilidade de sobrevivência e reprodução dos indivíduos portadores da característica melhor adaptada. Portanto, quando uma certa característica é observada numa população, pressupõe-se que um dos efeitos dessa característica é o aumento, por exemplo, da taxa de reprodução dos indivíduos portadores dessa característica. Entretanto, um conjunto particular de espécies animais, ditos eussociais, exibem a presença de castas estéreis. Ou seja, a seleção natural favoreceu o surgimento de animais, como as formigas, por exemplo, em que um grande contingente de indivíduos não têm potencial reprodutivo. Portanto, as condições para a evolução das espécies eussociais são um tanto quanto intrigantes. Atualmente, duas vertentes de formalização matemática da evolução da eussocialidade se destacam: a seleção natural padrão, que se baseia na noção de aptidão reprodutiva direta, e a seleção de parentesco, que se baseia na noção de aptidão inclusiva. Neste sentido, o presente trabalho teve como primeiro objetivo descrever os conceitos das aptidões sociais, bem como a regra de Hamilton, e analisar suas limitações através de modelos matemáticos da seleção natural padrão. A análise empregada permitiu evidenciar que a aptidão inclusiva é valida somente sob certas condições, como limites de baixa seleção e de baixa mutação, aditividade e condição de população com estrutura especial. Já na abordagem da seleção natural padrão, nenhum desses requisitos são necessários. Essas duas formalizações servem de base para analisar as principais hipóteses para a evolução da eussocialidade: hipótese da haplodiploidia, a hipótese da monogamia ancestral, hipótese ecológica e a hipótese de seleção de grupos. Essas duas últimas são as mais promissoras, não somente por evitarem as limitações da aptidão inclusiva, mas também por possibilitarem uma análise simples de população estruturada sujeita a seleção natural. Além disso, o fenômeno da transição de comportamentos sociais primitivos para a eussocialidade, por meio das rotas evolutivas parassocial e subssocial, foi explorado através de duas operações matemáticas construtivas: se-agrupar (S-A) e ficar-junto (F-J). O estudos dessas duas operações de construção possibilitaram o princípio de uma abordagem, através de simulações computacionais, para explorar qual das duas rotas foi a mais provável, e sob quais condições elas são possíveis, para alguns dos principais grupos de animais eussociais.Natural selection is the process by which characteristics best adapted to the environment that are hereditary become more common in a population due to the greater probability of survival and reproduction of individuals with the best adapted characteristic. Therefore, when a certain characteristic is observed in a population, it is assumed that one of the effects of that characteristic is the increase, for example, in the reproduction rate of individuals with this characteristic. However, a particular set of animal species, called eusocial, exhibit the presence of sterile castes. In other words, natural selection favored the appearance of animals, such as ants, for example, in which a large number of individuals have no reproductive potential. Therefore, the conditions for the evolution of eussocial species are somewhat intriguing. Currently, two aspects of mathematical formalization of the evolution of eussociality stand out: standard natural selection, which is based on the notion of direct reproductive fitness, and kin selection, which is based on the notion of inclusive fitness. In this sense, the present work had as its first goal to describe the concepts of social fitness as well as Hamilton’s rule and to analyze its limitations through the evolutionary game theory. The analysis employed showed that there are limitation for the validity of inclusive fitness theory such as: low selection and low mutation limits, additivity and condition population with a special structure, while the usual approach to standard natural selection remains promising since none of the previous requirements are present. So, this comparison serves as a basis to analyze the main hypotheses for the evolution of eussociality: the haplodiploidy hypothesis, the ancestral monogamy hypothesis, ecological hypothesis and the group selection hypothesis. The latter being the most promising, not only because it avoids the limitations of social fitness concepts, but also because is yields a simple analysis of structured population subject to natural selection. In addition, the phenomenon of the transition from primitive social behaviors to eussociality through the Parasocial and Subssocial evolutionary routes was explored through two constructive mathematical operations: coming-together (C-T) and stay-together (S-T). The study of these two construction operations enabled the principle of an approach, through computer simulations, to explore which of the two routes was the most likely, and under what conditions they are possible, for some of the main groups of eussocial animals.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em FísicaUFMGBrasilICX - DEPARTAMENTO DE FÍSICATeoria dos jogosSistemas complexosTeoria evolutiva de jogosEussocialidadeEvolução da eussocialdadeRotas para a eussocialidadeAptidão inclusivaRegra de HamiltonEvolução do comportamento social: dinâmica evolutiva dos animais eussociaisEvolution of social behavior: evolutionary dynamics of eusocial animalsinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALDanielDissertação.pdfDanielDissertação.pdfDissertaçãoapplication/pdf12174146https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/38281/2/DanielDisserta%c3%a7%c3%a3o.pdfaecdb8e39d3cd32c43f429ec6abf116dMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/38281/3/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD531843/382812021-10-05 14:02:05.759oai:repositorio.ufmg.br:1843/38281TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2021-10-05T17:02:05Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Evolução do comportamento social: dinâmica evolutiva dos animais eussociais
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv Evolution of social behavior: evolutionary dynamics of eusocial animals
title Evolução do comportamento social: dinâmica evolutiva dos animais eussociais
spellingShingle Evolução do comportamento social: dinâmica evolutiva dos animais eussociais
Daniel de Assis Rodrigues
Teoria evolutiva de jogos
Eussocialidade
Evolução da eussocialdade
Rotas para a eussocialidade
Aptidão inclusiva
Regra de Hamilton
Teoria dos jogos
Sistemas complexos
title_short Evolução do comportamento social: dinâmica evolutiva dos animais eussociais
title_full Evolução do comportamento social: dinâmica evolutiva dos animais eussociais
title_fullStr Evolução do comportamento social: dinâmica evolutiva dos animais eussociais
title_full_unstemmed Evolução do comportamento social: dinâmica evolutiva dos animais eussociais
title_sort Evolução do comportamento social: dinâmica evolutiva dos animais eussociais
author Daniel de Assis Rodrigues
author_facet Daniel de Assis Rodrigues
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Lucas Lages Wardil
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/6843147192950245
dc.contributor.referee1.fl_str_mv José Marcos Andrade Figueiredo
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Paulo Enrique Cardoso Peixoto
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/9145617057715181
dc.contributor.author.fl_str_mv Daniel de Assis Rodrigues
contributor_str_mv Lucas Lages Wardil
José Marcos Andrade Figueiredo
Paulo Enrique Cardoso Peixoto
dc.subject.por.fl_str_mv Teoria evolutiva de jogos
Eussocialidade
Evolução da eussocialdade
Rotas para a eussocialidade
Aptidão inclusiva
Regra de Hamilton
topic Teoria evolutiva de jogos
Eussocialidade
Evolução da eussocialdade
Rotas para a eussocialidade
Aptidão inclusiva
Regra de Hamilton
Teoria dos jogos
Sistemas complexos
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Teoria dos jogos
Sistemas complexos
description A seleção natural é o processo através do qual características melhor adaptadas ao ambiente que são hereditárias tornam-se mais comuns numa população devido à maior probabilidade de sobrevivência e reprodução dos indivíduos portadores da característica melhor adaptada. Portanto, quando uma certa característica é observada numa população, pressupõe-se que um dos efeitos dessa característica é o aumento, por exemplo, da taxa de reprodução dos indivíduos portadores dessa característica. Entretanto, um conjunto particular de espécies animais, ditos eussociais, exibem a presença de castas estéreis. Ou seja, a seleção natural favoreceu o surgimento de animais, como as formigas, por exemplo, em que um grande contingente de indivíduos não têm potencial reprodutivo. Portanto, as condições para a evolução das espécies eussociais são um tanto quanto intrigantes. Atualmente, duas vertentes de formalização matemática da evolução da eussocialidade se destacam: a seleção natural padrão, que se baseia na noção de aptidão reprodutiva direta, e a seleção de parentesco, que se baseia na noção de aptidão inclusiva. Neste sentido, o presente trabalho teve como primeiro objetivo descrever os conceitos das aptidões sociais, bem como a regra de Hamilton, e analisar suas limitações através de modelos matemáticos da seleção natural padrão. A análise empregada permitiu evidenciar que a aptidão inclusiva é valida somente sob certas condições, como limites de baixa seleção e de baixa mutação, aditividade e condição de população com estrutura especial. Já na abordagem da seleção natural padrão, nenhum desses requisitos são necessários. Essas duas formalizações servem de base para analisar as principais hipóteses para a evolução da eussocialidade: hipótese da haplodiploidia, a hipótese da monogamia ancestral, hipótese ecológica e a hipótese de seleção de grupos. Essas duas últimas são as mais promissoras, não somente por evitarem as limitações da aptidão inclusiva, mas também por possibilitarem uma análise simples de população estruturada sujeita a seleção natural. Além disso, o fenômeno da transição de comportamentos sociais primitivos para a eussocialidade, por meio das rotas evolutivas parassocial e subssocial, foi explorado através de duas operações matemáticas construtivas: se-agrupar (S-A) e ficar-junto (F-J). O estudos dessas duas operações de construção possibilitaram o princípio de uma abordagem, através de simulações computacionais, para explorar qual das duas rotas foi a mais provável, e sob quais condições elas são possíveis, para alguns dos principais grupos de animais eussociais.
publishDate 2020
dc.date.issued.fl_str_mv 2020-03-10
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2021-10-05T17:02:05Z
dc.date.available.fl_str_mv 2021-10-05T17:02:05Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/38281
url http://hdl.handle.net/1843/38281
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Física
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv ICX - DEPARTAMENTO DE FÍSICA
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/38281/2/DanielDisserta%c3%a7%c3%a3o.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/38281/3/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv aecdb8e39d3cd32c43f429ec6abf116d
cda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589178447888384