Avaliação de biomarcadores relacionados ao metabolismo mineral e ósseo em pacientes adultos transplantados renais: relação com polimorfismos XbaI e PvuII do gene ESR1

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carolina Neris Cardoso
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-BATJNV
Resumo: O distúrbio-mineral e ósseo da doença renal crônica (DMO-DRC) é caracterizado por um quadro clínico que engloba anormalidades minerais, ósseas e cardiovasculares, resultante de complicações da doença renal crônica, e que pode permanecer mesmo após o transplante renal. O efeito protetor do estrogênio sobre os rins e sobre o metabolismo mineral e ósseo já foi demonstrado, bem como a associação de polimorfismos do gene do receptor de estrogênio 1 (ESR1) com desfechos relacionados ao DMO-DRC, sendo oportuno avaliá-los no pós-transplante renal. O objetivo deste estudo foi avaliar os níveis de cálcio, fósforo, paratormônio (PTH) e 25-hidróxi-vitamina D em transplantados renais e relacioná-los com marcadores da função renal e com os polimorfismos XbaI (rs9340799) e PvuII (rs2234693) do gene ESR1. A coorte foi composta por 164 receptores do transplante renal, para os quais foram determinados os níveis de biomarcadores do metabolismo mineral e ósseo e os polimorfismos XbaI e PvuII. Para as análises, os indivíduos foram categorizados de acordo com os níveis séricos de creatinina, ritmo de filtração glomerular estimado, tempo pós-transplante, níveis de PTH e vitamina D. Observou-se que maiores concentrações de PTH associaram-se a maior nível de creatinina sérica e menor ritmo de filtração glomerular estimado. A pior função renal, avaliada pelo ritmo de filtração glomerular estimado, também se relacionou com maiores níveis séricos de fósforo. Maiores concentrações de cálcio foram encontradas entre os indivíduos com menor tempo pós-transplante. O PTH variou significativamente em função das avaliações genéticas, sendo o genótipo CC do polimorfismo PvuII encontrado com maior frequência entre os indivíduos com menores níveis do hormônio. O polimorfismo XbaI não influenciou as concentrações de nenhum dos biomarcadores. A persistência de níveis elevados de PTH no pós-transplante renal foi o achado mais relevante e, apesar das variações observadas para os demais biomarcadores,os receptores do transplante renal, neste estudo, estão sob controle adequado das variações do metabolismo mineral e ósseo as quais estão sujeitos.
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O objetivo deste estudo foi avaliar os níveis de cálcio, fósforo, paratormônio (PTH) e 25-hidróxi-vitamina D em transplantados renais e relacioná-los com marcadores da função renal e com os polimorfismos XbaI (rs9340799) e PvuII (rs2234693) do gene ESR1. A coorte foi composta por 164 receptores do transplante renal, para os quais foram determinados os níveis de biomarcadores do metabolismo mineral e ósseo e os polimorfismos XbaI e PvuII. Para as análises, os indivíduos foram categorizados de acordo com os níveis séricos de creatinina, ritmo de filtração glomerular estimado, tempo pós-transplante, níveis de PTH e vitamina D. Observou-se que maiores concentrações de PTH associaram-se a maior nível de creatinina sérica e menor ritmo de filtração glomerular estimado. A pior função renal, avaliada pelo ritmo de filtração glomerular estimado, também se relacionou com maiores níveis séricos de fósforo. Maiores concentrações de cálcio foram encontradas entre os indivíduos com menor tempo pós-transplante. O PTH variou significativamente em função das avaliações genéticas, sendo o genótipo CC do polimorfismo PvuII encontrado com maior frequência entre os indivíduos com menores níveis do hormônio. O polimorfismo XbaI não influenciou as concentrações de nenhum dos biomarcadores. A persistência de níveis elevados de PTH no pós-transplante renal foi o achado mais relevante e, apesar das variações observadas para os demais biomarcadores,os receptores do transplante renal, neste estudo, estão sob controle adequado das variações do metabolismo mineral e ósseo as quais estão sujeitos.The mineral and bone disorder of chronic kidney disease (CKD-MBD) is characterized by a clinical condition which encompasses mineral, bone and cardiovascular abnormalities resulting from complications of chronic kidney disease, which may remain even after renal transplantation. The protective effect of estrogen on kidney and mineral and bone metabolism has been demonstrated, as well as the association of estrogen receptor 1 (ESR1) gene polymorphism with outcomes related to CKD-MBD, so it is opportune to evaluate them in the post - renal transplantation. The objective of this study was to evaluate the levels of calcium, phosphorus, parathyroid hormone (PTH) and 25-hydroxy-vitamin D in renal transplant recipients and to correlate them with renal function markers and the XbaI (rs9340799) and PvuII (rs2234693) polymorphisms of the ESR1 gene. The cohort was composed of 164 renal transplant recipients, for which the biomarkers of mineral and bone metabolism and the XbaI and PvuII polymorphisms were determined. For the analyzes, subjects were categorized according to serum creatinine levels, estimated glomerular filtration rate, post-transplant time, PTH and vitamin D levels. It was observed that higher concentrations of PTH were associated with a higher serum creatinine level and a lower estimated glomerular filtration rate. The worse renal function, evaluated by the estimated glomerular filtration rate, was also related to higher serum levels of phosphorus. Higher calcium concentrations were found among individuals with shorter time after transplantation. PTH varied significantly according to genetic evaluations, with the CC genotype of the PvuII polymorphism being found more frequently among individuals with lower levels of the hormone. XbaI polymorphism did not influence the concentrations of any of the biomarkers. The persistence of elevated levels of PTH in the post-renal transplantation was the most relevant finding and, despite the variations observed for the other biomarkers, renal transplant recipients in this study appeared are under adequate control of the variations of the mineral and bone metabolism which they are submitted to.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGRins TransplantePolimorfismo (Genética)Hiperparatireoidismo secundárioBiomarcadoresRins DoençasTransplante RenalPolimorfismo GenéticoDistúrbio Mineral e Ósseo da Doença Renal CrônicaHiperparatireoidismo SecundárioAvaliação de biomarcadores relacionados ao metabolismo mineral e ósseo em pacientes adultos transplantados renais: relação com polimorfismos XbaI e PvuII do gene ESR1info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__o_carolina_neris.pdfapplication/pdf3219203https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-BATJNV/1/disserta__o_carolina_neris.pdf84f4f6d49bf307b502cd947f0529b234MD51TEXTdisserta__o_carolina_neris.pdf.txtdisserta__o_carolina_neris.pdf.txtExtracted texttext/plain178443https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-BATJNV/2/disserta__o_carolina_neris.pdf.txt950ffeb5472e892c9e72399fce25f1c7MD521843/BUOS-BATJNV2019-11-14 03:02:25.684oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-BATJNVRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T06:02:25Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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