Detalhes bibliográficos
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
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spelling Christina Danielli Coelho de Morais Fariahttp://lattes.cnpq.br/7697752377640462Sylvie NadeauChristina Danielli Coelho de Morais FariaStella Maris MichaelsenJanaina Cunha Polesehttp://lattes.cnpq.br/8917973977029190Júlia Caetano Martins2021-06-02T20:57:49Z2021-06-02T20:57:49Z2019-02-28http://hdl.handle.net/1843/36281Indivíduos acometidos pelo Acidente Vascular Encefálico (AVE) apresentam maior risco de complicações cardíacas secundárias e recorrência do episódio neurológico. Além disso, a manutenção dos fatores de risco modificáveis, como a inatividade física, pode levar a um aumento das incapacidades nesses indivíduos, gerando um ciclo vicioso que compromete a sua saúde e funcionalidade. Diante disso, a literatura científica atual tem recomendado o aumento do nível de atividade física pós-AVE por meio de mudanças no estilo de vida e de programas de reabilitação. Diferentes fatores estão relacionados ao nível de atividade física em indivíduos acometidos pelo AVE, dentre eles, é importante destacar o comprometimento da mobilidade que leva à dependência funcional, risco aumentado de quedas e a baixa percepção da qualidade de vida. É possível que estratégias terapêuticas utilizadas para melhorar a mobilidade nesses indivíduos também tenham um impacto sobre o seu nível de atividade fisica. O treino específico da tarefa é uma estratégia terapêutica com potencial de alcançar esse objetivo uma vez que já se mostrou eficaz para melhorar a mobilidade de indivíduos acometidos pelo AVE. No entanto, ainda não está clara a sua eficácia na melhora do nível de atividade física nessa população. Além disso, estudos envolvendo o treino específico da tarefa incluem atividades apenas de um segmento corporal. A inclusão de atividades para membros superiores e inferiores pode ter um impacto importante na melhora da mobilidade funcional geral destes indivíduos e, consequentemente, na melhora do seu nível de atividade física. Dessa forma, os objetivos do presente estudo foram: 1) Investigar a eficácia do treino específico da tarefa envolvendo atividades de membros superiores e inferiores na melhora do nível de atividade física e mobilidade de indivíduos pós-AVE; 2) Investigar a eficácia do treinamento na melhora da força muscular, capacidade de exercício, e qualidade de vida de indivíduos pós-AVE. Para atender a estes objetivos foi conduzido um ensaio clínico aleatorizado com examinador cegado realizado com indivíduos da comunidade na fase crônica do AVE. Os participantes foram aleatoriamente alocados no grupo experimental, que participou de uma intervenção envolvendo o treino específico da tarefa com atividades de membros superiores e inferiores, ou no grupo controle, que participou de uma intervenção contendo alongamentos globais, exercícios de memória e educação em saúde. Ambos os grupos participaram de 36 sessões de intervenção (aproximadamente 12 semanas), três vezes por semana, com duração de uma hora. As intervenções foram ofertadas em grupos sempre ministradas pelo mesmo fisioterapeuta. Antes das intervenções (semana 0), imediatamente após as intervenções (semana 12), e no acompanhamento (semana 16), medidas de desfecho foram coletadas pelo mesmo avaliador mascarado em relação à alocação dos grupos. Os desfechos primários incluíram o nível de atividade física, avaliado pelo método direto (monitor de atividade física SenseWear®) e indireto (questionário Perfil de Atividade Humana), e a mobilidade de membros superiores (Test d’Évaluation des Membres Supérieurs de Personnes Agées) e inferiores (teste de velocidade de marcha de 10 metros). Já os desfechos secundários incluíram a força muscular de preensão manual e extensores de joelho (dinamometria portátil), a capacidade de exercício (teste de caminhada de seis minutos) e a qualidade de vida (Escala de Qualidade de Vida Específica para o AVE). As análises estatísticas foram realizadas por um pesquisador independente, mascarado em relação à alocação dos grupos, sendo utilizada a análise de intenção de tratar. Análise de variância (ANOVA) com dois fatores (tempo x grupo), com medidas repetidas no fator de tempo (semana 0, semana 12, semana 16; medidas repetidas 2x3) foi utilizada para avaliar a diferença entre grupos em relação às medidas de desfecho. Participaram do estudo 36 indivíduos (18 no grupo experimental e 18 no grupo controle) com média de idade de 55±15 anos e tempo de evolução pós-AVE de 47±41 meses. Não houve diferenças entre os grupos e nenhum efeito de interação entre os fatores tempo e grupo (0,11≤p≤0,99), exceto para qualidade de vida que melhorou no grupo experimental em 12 semanas (IC95% 2-22) e 16 semanas do follow-up (IC95% 2-30). Os resultados deste ensaio clínico aleatorizado demonstraram que o treino específico da tarefa envolvendo atividades de membros superiores e inferiores não foi eficaz na melhora do nível de atividade física e da mobilidade em indivíduos após o AVE. No entanto, foi eficaz na melhora da qualidade de vida. Como este é o primeiro estudo a investigar os efeitos desse tipo de intervenção nessa população, estudos futuros são necessários para entender melhor o impacto dessa intervenção no nível de atividade física e mobilidade de indivíduos pós-AVE.Individuals affected by stroke have a higher risk of secondary cardiac complications and recurrence of the neurological episode. In addition, maintaining modifiable risk factors, such as physical inactivity, can lead to increased disability in these individuals, generating a vicious cycle that compromises their health and functionality. In view of this, the current scientific literature has recommended an increase in physical activity levels after stroke through lifestyle changes and rehabilitation programs. Different factors are related to the physical activity level in individuals affected by stroke, among them, it is important to highlight the mobility impairments that lead to functional dependence, increased risk of falls and low perception of quality of life. It is possible that therapeutic strategies used to improve mobility in these individuals also have an impact on their physical activity level. Taskspecific training is a therapeutic strategy that has the potential to achieve this goal since it has already shown benefits in improving mobility of individuals affected by stroke. However, its effectiveness in improving the physical activity level in this population is not clear. In addition, studies involving task-specific training include activities of only one body segment. The inclusion of activities for upper and lower limbs can have a significant impact on the improvement of the general functional mobility of these individuals and consequently on the improvement of their physical activity level. Thus, the objectives of the present study were: 1) To investigate the efficacy of task-specific training focused on both upper and lower limbs in improving physical activity levels and mobility of individuals with stroke; 2) To investigate the efficacy of task-specific training in improving muscle strength, exercise capacity, and quality of life. To achieve these objectives, a randomized controlled trial with a blinded examiner was conducted with community-dwelling individuals at the chronic phases of stroke. Participants were randomly assigned to the experimental group, who received task-specific training intervention focused on both the upper and lower limbs; or to the control group, who received global stretching, memory exercises, and health education intervention. Both groups received 36 one-hour intervention sessions (approximately 12 weeks), three times a week. The group sessions were provided by the same physiotherapist. Prior to interventions (week 0), immediately after interventions (week 12), and at follow-up (16 weeks), outcome measures were collected by the same assessor, who was blinded to group allocation. Primary outcomes included physical activity level, which was assessed by direct (SenseWear® multisensory) and indirect (Human Activity Profile questionnaire) methods, and upper (Test d’Évaluation des Membres Supérieurs de Personnes Agées) and lower-limb (10-meter walk test) mobility tests. Secondary outcomes included isometric strength of grip and knee extensor muscles (hand-held dynamometry), exercise capacity (6-minute walk test), and quality of life (Stroke Specific Quality of Life scale). Statistical analyzes were performed by an independent researcher, who was blinded to the group allocation. Intention to treat analysis was used. Analysis of variance (ANOVA 2X3) with two factors (groupXtime), with repeated measures on the time factor (week 0, week 12, week 16) was used to evaluate differences between the groups regarding all outcomes. Thirty-six individuals (18 in the experimental and 18 in the control group), who had a mean age of 55±15 years and a mean time since the onset of the stroke of 47±41 months, participated. There were no differences between-groups and any interaction effects between-time and group factors (0.11≤p≤0.99), except for quality of life which improved in the experimental group at 12-week (95% CI 2-22) and 16-week followups (95% CI 2-30). The results of the present study demonstrated that task-specific training focused on both the upper and lower limbs was not effective in improving the physical activity level and mobility of individuals at the chronic phases of stroke. However, it was effective in improving the quality of life. Since this is the first study to investigate the effects of task-specific training focused on both upper and lower limbs, future studies are necessary to better understand the effect of this type of intervention on mobility and physical activity levels of individuals at the chronic phases of stroke.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoFAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas GeraisCAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Ciências da ReabilitaçãoUFMGBrasilEEFFTO - ESCOLA DE EDUCAÇÃO FISICA, FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONALAcidentes vasculares cerebraisExercícios físicosMobilidadeTreino específico da tarefaReabilitaçãoFisioterapiaEficácia do treino específico da tarefa no nível de atividade física e na mobilidade de indivíduos acometidos pelo acidente vascular encefálicoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALTESE FINAL - JÚLIA MARTINS.pdfTESE FINAL - JÚLIA MARTINS.pdfAbertoapplication/pdf40643105https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/36281/1/TESE%20FINAL%20-%20J%c3%9aLIA%20MARTINS.pdf900d763769c4dac7b716cd5a06c151fbMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/36281/2/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD521843/362812021-06-02 17:57:49.992oai:repositorio.ufmg.br:1843/36281TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2021-06-02T20:57:49Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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