Sobre a enunciação de mulheres negras na ciência: uma análise da produção intelectual de Gloria Anzaldúa e bell hooks

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Tayane Rogéria Lino
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Claudia Andréa Mayorga Borges
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/59503
https://orcid.org/0000-0001-7671-0058
https://orcid.org/0000-0003-1728-0726
Resumo: O artigo investiga a fala/silêncio de mulheres negras na ciência moderna. Tendo como objetivo estabelecer uma discussão em torno do complexo debate acerca do lócus enunciativo das mulheresneste campo. As mulheres negras, no contemporâneo, são, rapidamente e repetidamente, nomeadas como subalternas. Mas o que acontece, quando as mulheres negras se tornam acadêmicas, teóricas e/ou pesquisadoras, elas continuam sendo reconhecidas como subalternas? Qual a relação entre subalternidade e produção científica? No caminho para respostas foram analisadas as trajetóriasdas intelectuais bell hooks e Gloria Anzaldúa. Tendo como aporte teórico o campo dos estudos subalternos e as teorias feministas, questionou-se sobre estes novos sujeitos da produção científica.As análises apontaram queas teóricas estudadas buscam novas estratégias epistemológicas, estabelecem um diálogo crítico com distintascorrentes do pensamento, a fim de explicitar as redes de poder que invisibilizam a aparente objetividade do conhecimento científico. Assim, elas transitam entre o silêncio e a fala, entre a ausência de uma produção audível e a denúncia de uma história invisível numa ciência imperialista.
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Tendo como aporte teórico o campo dos estudos subalternos e as teorias feministas, questionou-se sobre estes novos sujeitos da produção científica.As análises apontaram queas teóricas estudadas buscam novas estratégias epistemológicas, estabelecem um diálogo crítico com distintascorrentes do pensamento, a fim de explicitar as redes de poder que invisibilizam a aparente objetividade do conhecimento científico. Assim, elas transitam entre o silêncio e a fala, entre a ausência de uma produção audível e a denúncia de uma história invisível numa ciência imperialista.The article seeks to investigate the speech / silence of black women in science. Black women, in the contemporary, are quickly andrepeatedly named as subordinates. Aiming to establish a discussion around the complex debate about the enunciative locus of women in this field. Black women, in the contemporary, are quickly and repeatedly named as subordinates. But what happens, when black women become academics, theorists and/or researchers, they continue to be recognized as subordinates? What is the relationship between subordination and scientific production? On the way to answering and developing new questions, the trajectories of theintellectual bell hooks and Gloria Anzaldúa were analyzed. With the theoretical contribution of subordinate studies and feminist theories, it is questioned about these new subjects of scientific production. The analyzes revealed that the studied theoreticians search for new epistemological strategies, establish a critical dialogue with different currents of thought to explain the power networks which make the apparent objectivity of scientific knowledge invisible. Thus, they move between silence and speech, between the absence of an audible production and the denunciation of an invisible history in an imperialist science.porUniversidade Federal de Minas GeraisUFMGBrasilFAF - DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIAAyé: Revista de AntropologiaNegrasCiênciaEscritoras negrasMulheres negrasCiênciaSubalternidadeBell hooksGloria AnzaldúaSobre a enunciação de mulheres negras na ciência: uma análise da produção intelectual de Gloria Anzaldúa e bell hooksOn the enunciation of black women in science: an analysis of the intellectual production of Gloria Anzaldúa and bell hooksinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://revistas.unilab.edu.br/index.php/Antropologia/article/view/774Tayane Rogéria LinoClaudia Andréa Mayorga Borgesapplication/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGLICENSELicense.txtLicense.txttext/plain; charset=utf-82042https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/59503/1/License.txtfa505098d172de0bc8864fc1287ffe22MD51ORIGINALSobre a enunciação de mulheres negras na ciência_ uma análise da produção intelectual de Gloria Anzaldúa e bell hooks.pdfSobre a enunciação de mulheres negras na ciência_ uma análise da produção intelectual de Gloria Anzaldúa e bell hooks.pdfapplication/pdf301076https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/59503/2/Sobre%20a%20enuncia%c3%a7%c3%a3o%20de%20mulheres%20negras%20na%20ci%c3%aancia_%20uma%20an%c3%a1lise%20da%20produ%c3%a7%c3%a3o%20intelectual%20de%20Gloria%20Anzald%c3%baa%20e%20bell%20hooks.pdf02030bf8801ddf64d767fae1822be18aMD521843/595032023-10-16 18:51:21.472oai:repositorio.ufmg.br:1843/59503TElDRU7vv71BIERFIERJU1RSSUJVSe+/ve+/vU8gTu+/vU8tRVhDTFVTSVZBIERPIFJFUE9TSVTvv71SSU8gSU5TVElUVUNJT05BTCBEQSBVRk1HCiAKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50Ye+/ve+/vW8gZGVzdGEgbGljZW7vv71hLCB2b2Pvv70gKG8gYXV0b3IgKGVzKSBvdSBvIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yKSBjb25jZWRlIGFvIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbu+/vW8gZXhjbHVzaXZvIGUgaXJyZXZvZ++/vXZlbCBkZSByZXByb2R1emlyIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIHN1YSBwdWJsaWNh77+977+9byAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBwb3IgdG9kbyBvIG11bmRvIG5vIGZvcm1hdG8gaW1wcmVzc28gZSBlbGV0cu+/vW5pY28gZSBlbSBxdWFscXVlciBtZWlvLCBpbmNsdWluZG8gb3MgZm9ybWF0b3Mg77+9dWRpbyBvdSB277+9ZGVvLgoKVm9j77+9IGRlY2xhcmEgcXVlIGNvbmhlY2UgYSBwb2zvv710aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2Pvv70gY29uY29yZGEgcXVlIG8gUmVwb3NpdO+/vXJpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250Ze+/vWRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNh77+977+9byBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byBwYXJhIGZpbnMgZGUgcHJlc2VydmHvv73vv71vLgoKVm9j77+9IHRhbWLvv71tIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPvv71waWEgZGUgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFu77+9YSwgYmFjay11cCBlIHByZXNlcnZh77+977+9by4KClZvY++/vSBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNh77+977+9byDvv70gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9j77+9IHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vu77+9YS4gVm9j77+9IHRhbWLvv71tIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVw77+9c2l0byBkZSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gbu+/vW8sIHF1ZSBzZWphIGRlIHNldSBjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIG5pbmd177+9bS4KCkNhc28gYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY++/vSBu77+9byBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2Pvv70gZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzc++/vW8gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7vv71hLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3Tvv70gY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBubyBjb250Ze+/vWRvIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0Hvv73vv71PIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ++/vU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfvv71OQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0Pvv70gREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklT77+9TyBDT01PIFRBTULvv71NIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0Hvv73vv71FUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNh77+977+9bywgZSBu77+9byBmYXLvv70gcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJh77+977+9bywgYWzvv71tIGRhcXVlbGFzIGNvbmNlZGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7vv71hLgo=Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2023-10-16T21:51:21Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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