Lesões menores de pele como marcadores de disrafismos espinhais ocultos em recém-nascidos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Jose Gilberto de Brito Henriques
Data de Publicação: 2006
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/ECJS-72ZQYW
Resumo: Recém-nascidos com disrafismos espinhais ocultos podem não apresentar alterações clínicas ao nascimento mas, algumas vezes, podem apresentar estigmas cutâneos que indicam a malformação. Neste trabalho foi estudada a associação de estigmas menores de pele (lesões discretas, que na maioria das vezes não são consideradas no exame inicial do paciente) com os disrafismos ocultos. Dois mil e dez recém-nascidos foram avaliados quanto à presença de estigmas cutâneos em linha mediana da região dorsal. Os pacientes foram avaliados através de busca ativa. Para todos os 2010 pacientes foram registrados a idade gestacional, o tipo de parto, sexo, etnia,idade materna e se houve gestação de alto risco. Os pacientes com estigmas cutâneos formaram o grupo de casos. Para cada paciente deste grupo, um outro, de mesmo sexo, idade gestacional e etnia, foi selecionado para o grupo controle. Todos os pacientes dos dois grupos foram avaliados quanto a dados pessoais, sociais e médicos. Todos eles foram submetidos à ultrasonografia da coluna vertebral. Nos casos em que a ultra-sonografia mostrou alterações ou foi inconclusiva foi solicitada ressonância magnética. Dos 2010 pacientes, 144 apresentaram estigmas cutâneos. Destes, oito (5,5%) tiveram alterações à ultra-sonografia e seis deles à ressonância magnética.Não houve alterações nos exames do grupo controle. Os estigmas cutâneos mais freqüentes foram os tufos de pêlos e fossetas (dimples) sacrococcígeas. As alterações mais freqüentes à ultra-sonografia foram os seios dérmicos. As lesões menores de pele não foram marcadores de disrafismos espinhais ocultos na população estudada. Entretanto, em quatro pacientes, a ultra-sonografia foi decisiva para o tratamento. Portanto, não há indicação estatística para a solicitação de exames complementares em pacientes com estigmas cutâneos menores, entretanto, devido à facilidade de realização da ultra-sonografia, seu baixo custo e seu caráter inócuo para o paciente é justificável sua realização devido à possibilidade do diagnóstico e tratamentoprecoces.
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Para cada paciente deste grupo, um outro, de mesmo sexo, idade gestacional e etnia, foi selecionado para o grupo controle. Todos os pacientes dos dois grupos foram avaliados quanto a dados pessoais, sociais e médicos. Todos eles foram submetidos à ultrasonografia da coluna vertebral. Nos casos em que a ultra-sonografia mostrou alterações ou foi inconclusiva foi solicitada ressonância magnética. Dos 2010 pacientes, 144 apresentaram estigmas cutâneos. Destes, oito (5,5%) tiveram alterações à ultra-sonografia e seis deles à ressonância magnética.Não houve alterações nos exames do grupo controle. Os estigmas cutâneos mais freqüentes foram os tufos de pêlos e fossetas (dimples) sacrococcígeas. As alterações mais freqüentes à ultra-sonografia foram os seios dérmicos. As lesões menores de pele não foram marcadores de disrafismos espinhais ocultos na população estudada. Entretanto, em quatro pacientes, a ultra-sonografia foi decisiva para o tratamento. Portanto, não há indicação estatística para a solicitação de exames complementares em pacientes com estigmas cutâneos menores, entretanto, devido à facilidade de realização da ultra-sonografia, seu baixo custo e seu caráter inócuo para o paciente é justificável sua realização devido à possibilidade do diagnóstico e tratamentoprecoces.Neonates with occult spinal dysraphisms (OSD) may not present any clinical manifestations, but may be associated to cutaneous stigmas that indicate dysraphism. Association of minor cutaneous stigmas (discreet skin lesions, most of which are not assessed) with OSD was investigated in this study, as well as the use of ultra-sonography (US) as a screening method for those patients. Two thousand and ten neonates were evaluated trough active search. The pediatrician and the neurosurgeon performed, both, the search for the presence of cutaneous stigmas on the midline of the dorso. For all of them were recorded the gestational age, type of delivery, gender, ethnicity, age of mother, whether it was a high-risk gestation. Patients with skin lesions comprised the case group. For each case, another neonate of the same gender, gestational age and ethnicity was select as a control. Both groups were evaluated with respect to personal, social and medical information. Spinal US was performed in all case and control patients if altered or inconclusive, it was completed with magnetic resonance (MRI). Ofthe 2,010 patients, 144 presented cutaneous stigmas. Out of these, eighthad alterations to US (5.5%) and six of them to MRI. There were notalterations to US in the control group. The most frequent lesions were tufts of hair and dimples; through US, the most frequent finding were dermal sinuses. The so-called minor skin lesions were not markers of OSD in the evaluated population. However, in four patients of the study, US was decisive for the surgical decision. From the statistic point of view, there is no indication for complementary exams in patients with minor cutaneous stigmas. However, due to the feasibility, simplicity and low cost of the spinal US, the exam is justified in the benefits of early diagnosis, regardless of the need of immediate surgical treatment.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGLipoma/diagnósticoDisrafismo espinhal/diagnósticoColuna vertebral/ultrasonografiaPele/patologiaDisrafismo espinhal/ultrasonografiaDisrafismo espinhal/complicaçõesMalformações do sistema nervosoMedula espinal/ultra-sonografiaEspinha bifida oculta/diagnósticoNeurocirurgiaSíndromes neurocutâneasAnormalidades cutâneas/complicaçõesCirurgiaDoenças da medula espinhal/diagnósticoImagem por ressonância magnéticaRecém-nascidoSinaisLesões de peleEstigmas cutâneosUltra-sonografiaRecém-nascidoDisrafismo espinhal ocultoLesões menores de pele como marcadores de disrafismos espinhais ocultos em recém-nascidosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALjos__gilberto_brito_henriques.pdfapplication/pdf2415025https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ECJS-72ZQYW/1/jos__gilberto_brito_henriques.pdf84dd9f0a9f3053f0208c1ed51031a2bcMD51TEXTjos__gilberto_brito_henriques.pdf.txtjos__gilberto_brito_henriques.pdf.txtExtracted texttext/plain46659https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ECJS-72ZQYW/2/jos__gilberto_brito_henriques.pdf.txtb7b4de2869a9284bf22a8354ed155c69MD521843/ECJS-72ZQYW2019-11-14 15:53:01.418oai:repositorio.ufmg.br:1843/ECJS-72ZQYWRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T18:53:01Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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