Caracterização imuno-histoquímica e molecular de equídeos naturalmente infectados pelo vírus da anemia infecciosa equina

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bruna Lopes Bueno
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/40811
Resumo: A anemia infecciosa equina (AIE), doença causada pelo vírus da anemia infecciosa equina (Equine infectious anemia vírus - EIAV), é considerada um obstáculo para o desenvolvimento da equideocultura. O EIAV é transmitido por insetos hematófagos, principalmente da família Tabanidae e também pela forma iatrogênica. A AIE não tem tratamento, nem vacina e a patogênese, assim como a resposta imune do hospedeiro contra o vírus não são totalmente compreendidas. Além disso, o desempenho do diagnóstico laboratorial por testes sorológicos é questionado. Nesse sentido, o método imunohistoquímico tem sido utilizado para aumentar o conhecimento sobre o tropismo e a patogenicidade de vários agentes infecciosos. Portanto, o objetivo deste trabalho foi o desenvolvimento de um ensaio imunohistoquímico para detecção de antígenos virais em tecidos e órgãos de equídeos naturalmente infectados pelo EIAV. Fragmentos de órgãos de equídeos (n = 6) de Apodi - RN, Brasil, diagnosticados como positivos para AIE em testes sorológicos foram fixados em formalina tamponada a 10% e embebidos em parafina histológica. Cortes histológicos foram aderidos em lâminas de vidro polarizadas e a antigenicidade recuperada pelo calor, utilizando tampão citrato (pH = 6). Estas secções foram incubadas com anticorpo policlonal anti-EIAV overnight e, mais tarde, com anticorpo secundário anti-IgG equino conjugado com peroxidase (Sigma - Aldrich) durante 50 minutos. A reação antigeno/anticorpo foi revelada com o kit ImmPACTTM DAB Peroxidase Substrate (Vector Laboratories), contrastado com hematoxilina de Mayer (Sigma-Aldrich). Antígenos do EIAV foram observados na região intracitoplasmática do baço, fígado, rins e células pulmonares. Marcações imuno-histoquímicas estavam presentes principalmente na polpa vermelha do baço, uma região com abundância de macrófagos, e nos sinusóides hepáticos, onde as células de Kupffer (macrófagos hepáticos) se encontram. As imunomarcações também estavam presentes no epitélio bronquiolar e no septo alveolar, assim como no epitélio dos túbulos distal e proximal dos rins. A maior quantidade de EIAV foi observada no baço e no fígado, locais normalmente repletos de macrófagos, confirmando o tropismo viral pelos fagócitos mononucleares. No entanto, a presença de EIAV em células epiteliais do pulmão e rim indica que o vírus também pode infectar outros tipos de células além dos macrófagos, possibilitando a eliminação do mesmo na urina e nas secreções oronasais, propiciando novos mecanismos de transmissão que devem ser investigados.
id UFMG_b824d527d1cd9ed2f07078e31ca66436
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/40811
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Jenner Karlisson Pimenta dos Reishttp://lattes.cnpq.br/3641356939660511João Helder Frederico de Farias NavesIzabelle Silva Rehfeldhttp://lattes.cnpq.br/4007277856795775Bruna Lopes Bueno2022-04-06T11:31:50Z2022-04-06T11:31:50Z2019-02-08http://hdl.handle.net/1843/40811A anemia infecciosa equina (AIE), doença causada pelo vírus da anemia infecciosa equina (Equine infectious anemia vírus - EIAV), é considerada um obstáculo para o desenvolvimento da equideocultura. O EIAV é transmitido por insetos hematófagos, principalmente da família Tabanidae e também pela forma iatrogênica. A AIE não tem tratamento, nem vacina e a patogênese, assim como a resposta imune do hospedeiro contra o vírus não são totalmente compreendidas. Além disso, o desempenho do diagnóstico laboratorial por testes sorológicos é questionado. Nesse sentido, o método imunohistoquímico tem sido utilizado para aumentar o conhecimento sobre o tropismo e a patogenicidade de vários agentes infecciosos. Portanto, o objetivo deste trabalho foi o desenvolvimento de um ensaio imunohistoquímico para detecção de antígenos virais em tecidos e órgãos de equídeos naturalmente infectados pelo EIAV. Fragmentos de órgãos de equídeos (n = 6) de Apodi - RN, Brasil, diagnosticados como positivos para AIE em testes sorológicos foram fixados em formalina tamponada a 10% e embebidos em parafina histológica. Cortes histológicos foram aderidos em lâminas de vidro polarizadas e a antigenicidade recuperada pelo calor, utilizando tampão citrato (pH = 6). Estas secções foram incubadas com anticorpo policlonal anti-EIAV overnight e, mais tarde, com anticorpo secundário anti-IgG equino conjugado com peroxidase (Sigma - Aldrich) durante 50 minutos. A reação antigeno/anticorpo foi revelada com o kit ImmPACTTM DAB Peroxidase Substrate (Vector Laboratories), contrastado com hematoxilina de Mayer (Sigma-Aldrich). Antígenos do EIAV foram observados na região intracitoplasmática do baço, fígado, rins e células pulmonares. Marcações imuno-histoquímicas estavam presentes principalmente na polpa vermelha do baço, uma região com abundância de macrófagos, e nos sinusóides hepáticos, onde as células de Kupffer (macrófagos hepáticos) se encontram. As imunomarcações também estavam presentes no epitélio bronquiolar e no septo alveolar, assim como no epitélio dos túbulos distal e proximal dos rins. A maior quantidade de EIAV foi observada no baço e no fígado, locais normalmente repletos de macrófagos, confirmando o tropismo viral pelos fagócitos mononucleares. No entanto, a presença de EIAV em células epiteliais do pulmão e rim indica que o vírus também pode infectar outros tipos de células além dos macrófagos, possibilitando a eliminação do mesmo na urina e nas secreções oronasais, propiciando novos mecanismos de transmissão que devem ser investigados.Equine infectious anemia (EIA), a disease caused by Equine infectious anemia virus (EIAV), is considered an obstacle to the development of horse industry. EIAV is transmitted by hematophagous insects mainly of the Tabanidae family and also iatrogenicaly. EIA has no treatment or vaccine and pathogenesis, as well as immune response against the virus are not fully understood. Also, the performance of laboratorial diagnosis by serological tests can be poor or limited. In this sense, the immunohistochemistry method has been used to enhance the knowledge about tropism and pathogenicity of several infectious agentes, such as viruses. Therefore, the objective of this work was the development of an immunohistochemical assay for detection of viral antigens in tissues and organs of naturally EIAV infected equids. Fragments of organs of equids (n=6) from Apodi – RN, Brazil, diagnosed as positive for EIA by serological tests were fixed in 10% buffered formalin and paraffin-embedded. Histological sections were collected on polarized slides and antigenicity recovered by heat, using citrate buffer (pH=6). These sections were incubated with polyclonal antibody overnight, and later, with peroxidase-conjugated secondary antibody (Sigma – Aldrich) for 50 minutes. Antigen/antibody reaction was revealed with the ImmPACT™ DAB Peroxidase Substrate (Vector Laboratories) kit counterstained with hematoxylin (Sigma-Aldrich). EIAV antigens were observed in intracytoplasmic region of spleen, liver, kidneys and lungs cells. Immunohistochemical marks were present mainly in red pulp of the spleen, a region with plenty of macrophages, and in hepatic sinusoids, where Kupffer cells (liver macrophages) lies. In addition, marks were found in bronchiolar epithelium and alveolar septum, as well as in epithelium of distal and proximal tubule of kidneys. The highest amount of EIAV was observed in spleen and liver, sites normally full of macrophages, confirming viral tropism to the mononuclear phagocytes. However, presence of EIAV in epithelial cells of lungs and kidneys indicates that the virus may also infect other types of cells besides macrophages, making possible elimination of virus in urine and in oronasal secretions, and facilitating new transmission mechanisms that must be investigated.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Ciência AnimalUFMGBrasilAnemia Infecciosa EquinaEIAVTecidoTropismoPatogeniaImunohistoquímicaCaracterização imuno-histoquímica e molecular de equídeos naturalmente infectados pelo vírus da anemia infecciosa equinainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/40811/1/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD511843/408112022-04-06 08:31:51.187oai:repositorio.ufmg.br:1843/40811TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-04-06T11:31:51Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Caracterização imuno-histoquímica e molecular de equídeos naturalmente infectados pelo vírus da anemia infecciosa equina
title Caracterização imuno-histoquímica e molecular de equídeos naturalmente infectados pelo vírus da anemia infecciosa equina
spellingShingle Caracterização imuno-histoquímica e molecular de equídeos naturalmente infectados pelo vírus da anemia infecciosa equina
Bruna Lopes Bueno
Anemia Infecciosa Equina
EIAV
Tecido
Tropismo
Patogenia
Imunohistoquímica
title_short Caracterização imuno-histoquímica e molecular de equídeos naturalmente infectados pelo vírus da anemia infecciosa equina
title_full Caracterização imuno-histoquímica e molecular de equídeos naturalmente infectados pelo vírus da anemia infecciosa equina
title_fullStr Caracterização imuno-histoquímica e molecular de equídeos naturalmente infectados pelo vírus da anemia infecciosa equina
title_full_unstemmed Caracterização imuno-histoquímica e molecular de equídeos naturalmente infectados pelo vírus da anemia infecciosa equina
title_sort Caracterização imuno-histoquímica e molecular de equídeos naturalmente infectados pelo vírus da anemia infecciosa equina
author Bruna Lopes Bueno
author_facet Bruna Lopes Bueno
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Jenner Karlisson Pimenta dos Reis
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/3641356939660511
dc.contributor.referee1.fl_str_mv João Helder Frederico de Farias Naves
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Izabelle Silva Rehfeld
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/4007277856795775
dc.contributor.author.fl_str_mv Bruna Lopes Bueno
contributor_str_mv Jenner Karlisson Pimenta dos Reis
João Helder Frederico de Farias Naves
Izabelle Silva Rehfeld
dc.subject.por.fl_str_mv Anemia Infecciosa Equina
EIAV
Tecido
Tropismo
Patogenia
Imunohistoquímica
topic Anemia Infecciosa Equina
EIAV
Tecido
Tropismo
Patogenia
Imunohistoquímica
description A anemia infecciosa equina (AIE), doença causada pelo vírus da anemia infecciosa equina (Equine infectious anemia vírus - EIAV), é considerada um obstáculo para o desenvolvimento da equideocultura. O EIAV é transmitido por insetos hematófagos, principalmente da família Tabanidae e também pela forma iatrogênica. A AIE não tem tratamento, nem vacina e a patogênese, assim como a resposta imune do hospedeiro contra o vírus não são totalmente compreendidas. Além disso, o desempenho do diagnóstico laboratorial por testes sorológicos é questionado. Nesse sentido, o método imunohistoquímico tem sido utilizado para aumentar o conhecimento sobre o tropismo e a patogenicidade de vários agentes infecciosos. Portanto, o objetivo deste trabalho foi o desenvolvimento de um ensaio imunohistoquímico para detecção de antígenos virais em tecidos e órgãos de equídeos naturalmente infectados pelo EIAV. Fragmentos de órgãos de equídeos (n = 6) de Apodi - RN, Brasil, diagnosticados como positivos para AIE em testes sorológicos foram fixados em formalina tamponada a 10% e embebidos em parafina histológica. Cortes histológicos foram aderidos em lâminas de vidro polarizadas e a antigenicidade recuperada pelo calor, utilizando tampão citrato (pH = 6). Estas secções foram incubadas com anticorpo policlonal anti-EIAV overnight e, mais tarde, com anticorpo secundário anti-IgG equino conjugado com peroxidase (Sigma - Aldrich) durante 50 minutos. A reação antigeno/anticorpo foi revelada com o kit ImmPACTTM DAB Peroxidase Substrate (Vector Laboratories), contrastado com hematoxilina de Mayer (Sigma-Aldrich). Antígenos do EIAV foram observados na região intracitoplasmática do baço, fígado, rins e células pulmonares. Marcações imuno-histoquímicas estavam presentes principalmente na polpa vermelha do baço, uma região com abundância de macrófagos, e nos sinusóides hepáticos, onde as células de Kupffer (macrófagos hepáticos) se encontram. As imunomarcações também estavam presentes no epitélio bronquiolar e no septo alveolar, assim como no epitélio dos túbulos distal e proximal dos rins. A maior quantidade de EIAV foi observada no baço e no fígado, locais normalmente repletos de macrófagos, confirmando o tropismo viral pelos fagócitos mononucleares. No entanto, a presença de EIAV em células epiteliais do pulmão e rim indica que o vírus também pode infectar outros tipos de células além dos macrófagos, possibilitando a eliminação do mesmo na urina e nas secreções oronasais, propiciando novos mecanismos de transmissão que devem ser investigados.
publishDate 2019
dc.date.issued.fl_str_mv 2019-02-08
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2022-04-06T11:31:50Z
dc.date.available.fl_str_mv 2022-04-06T11:31:50Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/40811
url http://hdl.handle.net/1843/40811
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/40811/1/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 34badce4be7e31e3adb4575ae96af679
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589176955764736