Flora saxícola da formação Cártica Sete Lagoas, Minas Gerais
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/54235 |
Resumo: | A presença de rochas carbonáticas determina um tipo de relevo específico, o Carste As áreas cársticas são caracterizadas pela formação de cavernas, cânions, paredões rochosos, dolinas e maciços residuais devido a drenagem de sentido vertical e subterrânea sobre rochas solúveis. Em Minas Gerais, a formação cárstica de Sete Lagoas, pertencente ao grupo Bambuí, é uma das mais importantes. Ela engloba uma extensa área inserida no bioma Cerrado, caracterizada pela presença de maciços calcários. A flora associada a ela é pouco conhecida, com destaque para o levantamento realizado por Eugen Warming, mais de 150 anos atrás, quando estudou o Cerrado de Lagoa Santa. Menos conhecida ainda é a flora saxícola, aquela associada aos microhabitats dos maciços calcários, que criam condições ambientais favoráveis ao estabelecimento de plantas, e que estão extremamente ameaçados, especialmente por ações antrópicas diretas (mineração) ou indiretas (espécies invasoras). Neste trabalho, estudamos a riqueza florística saxicola, os microhabitats e as formas de vida existentes nos maciços da Gruta do Baú e da Gruta da Lapinha, inseridos na formação cárstica Sete lagoas. No primeiro capítulo foi realizado o levantamento florístico das áreas de rocha exposta nos maciços. Foram realizadas coletas intensivas, tanto na estação seca quanto na chuvosa, e as amostras foram incuídas no herbário BHCB, do Centro de Coleções taxonômicas da Universidade Federal de Minas Gerais. Foram identificadas 124 espécies de plantas vasculares, pertencentes a 92 gêneros, distribuídos em 45 famílias. As famílias mais ricas de angiospermas foram Orchidaceae (14 spp), Bromeliaceae (11 spp), Piperaceae (10 spp) enquanto que de monilófitas foram Pteridaceae (5 spp), Aspleniaceae e Polypodiaceae (3 spp cada). A maioria das espécies tem ampla distribuição, ocorrendo nos biomas Cerrado, Mata Atlântica e Caatinga (54 spp), seguidas por espécies no Cerrado e da Mata Atlântica (33 spp), enquanto poucas espécies são exclusivas de cada bioma (12 spp Cerrado, 13 spp na Mata Atlântica) e nenhuma espécie é exclusiva no Bioma Caatinga. As espécies invasoras e ruderais representaram 19% ,valor considerado alto. O total de 73% (91) das espécies coletadas nos dois maciços constam na lista das espécies coletadas por Warming (Florula lagoensis). As espécies raras Rodriguezia brachystachys Rchb.f. & Warm. e Ruehssia virgultorum (E.Fourn.) F.Esp.Santo & Rapini foram recoletada após longo período sem registro em Pedro Leopoldo. Cinco espécies encontram-se na Lista Nacional Oficial de Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção. Contudo, a maioria das espécies inventariadas (78%) não foram avaliada quanto ao risco de extinção, indicando uma lacuna de conhecimento sobre o estado de conservação da flora Cárstica. No capítulo II a listagem das espécies do capítulo I foram utilizadas para caracterizar os microhabitats, as formas de vida e sua interação com as espécies dos maciços. Os microhabitats foram classificados em cinco tipos: ilha de solo, fenda, fissura, rocha exposta e epífito. O microhabitat fenda apresenta o maior número de espécies (54 spp), seguido por ilha de solo (20 spp), e epífito (17 spp). Do total de 124 espécies registradas, 57 são comuns aos dois maciços. A riqueza de espécies foi maior na Gruta do Baú com 95 espécies coletadas e 38 exclusivas. As formas de vida que se destacaram quanto ao espectro biológico foram fanerófitos 26% (33 spp), seguido de hemicriptófitas 20% (25 spp) e caméfitas 19% (24 spp). Apesar da baixa similaridade florística entre os maciços, a similaridade florística entre os microhabitats é alta, indicando a existência de preferência de habitat de um conjunto de espécies. Os resultados nos permitem concluir que na formação cárstica Sete Lagoas cada maciço possui uma flora saxícola peculiar, e que uma boa parcela das espécies possui preferência ambiental, podendo ser associada a um microhabitat do afloramento rochoso. Isso ressalta a importância da preservação de um maior número de maciços da formação Sete Lagoas, se quisermos conservar a biodiversidade em uma escala regional. |
id |
UFMG_b96587d497c05d6b1d59b697989e369b |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufmg.br:1843/54235 |
network_acronym_str |
UFMG |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFMG |
repository_id_str |
|
spelling |
João Renato Stehmannhttp://lattes.cnpq.br/2440790381990226João Renato StehmannDanilo Mesquita NevesLuiza Fonseca Amorim de Paulahttp://lattes.cnpq.br/6817448868001113Vera Lúcia Ferreira2023-05-31T15:25:37Z2023-05-31T15:25:37Z2020-02-21http://hdl.handle.net/1843/54235A presença de rochas carbonáticas determina um tipo de relevo específico, o Carste As áreas cársticas são caracterizadas pela formação de cavernas, cânions, paredões rochosos, dolinas e maciços residuais devido a drenagem de sentido vertical e subterrânea sobre rochas solúveis. Em Minas Gerais, a formação cárstica de Sete Lagoas, pertencente ao grupo Bambuí, é uma das mais importantes. Ela engloba uma extensa área inserida no bioma Cerrado, caracterizada pela presença de maciços calcários. A flora associada a ela é pouco conhecida, com destaque para o levantamento realizado por Eugen Warming, mais de 150 anos atrás, quando estudou o Cerrado de Lagoa Santa. Menos conhecida ainda é a flora saxícola, aquela associada aos microhabitats dos maciços calcários, que criam condições ambientais favoráveis ao estabelecimento de plantas, e que estão extremamente ameaçados, especialmente por ações antrópicas diretas (mineração) ou indiretas (espécies invasoras). Neste trabalho, estudamos a riqueza florística saxicola, os microhabitats e as formas de vida existentes nos maciços da Gruta do Baú e da Gruta da Lapinha, inseridos na formação cárstica Sete lagoas. No primeiro capítulo foi realizado o levantamento florístico das áreas de rocha exposta nos maciços. Foram realizadas coletas intensivas, tanto na estação seca quanto na chuvosa, e as amostras foram incuídas no herbário BHCB, do Centro de Coleções taxonômicas da Universidade Federal de Minas Gerais. Foram identificadas 124 espécies de plantas vasculares, pertencentes a 92 gêneros, distribuídos em 45 famílias. As famílias mais ricas de angiospermas foram Orchidaceae (14 spp), Bromeliaceae (11 spp), Piperaceae (10 spp) enquanto que de monilófitas foram Pteridaceae (5 spp), Aspleniaceae e Polypodiaceae (3 spp cada). A maioria das espécies tem ampla distribuição, ocorrendo nos biomas Cerrado, Mata Atlântica e Caatinga (54 spp), seguidas por espécies no Cerrado e da Mata Atlântica (33 spp), enquanto poucas espécies são exclusivas de cada bioma (12 spp Cerrado, 13 spp na Mata Atlântica) e nenhuma espécie é exclusiva no Bioma Caatinga. As espécies invasoras e ruderais representaram 19% ,valor considerado alto. O total de 73% (91) das espécies coletadas nos dois maciços constam na lista das espécies coletadas por Warming (Florula lagoensis). As espécies raras Rodriguezia brachystachys Rchb.f. & Warm. e Ruehssia virgultorum (E.Fourn.) F.Esp.Santo & Rapini foram recoletada após longo período sem registro em Pedro Leopoldo. Cinco espécies encontram-se na Lista Nacional Oficial de Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção. Contudo, a maioria das espécies inventariadas (78%) não foram avaliada quanto ao risco de extinção, indicando uma lacuna de conhecimento sobre o estado de conservação da flora Cárstica. No capítulo II a listagem das espécies do capítulo I foram utilizadas para caracterizar os microhabitats, as formas de vida e sua interação com as espécies dos maciços. Os microhabitats foram classificados em cinco tipos: ilha de solo, fenda, fissura, rocha exposta e epífito. O microhabitat fenda apresenta o maior número de espécies (54 spp), seguido por ilha de solo (20 spp), e epífito (17 spp). Do total de 124 espécies registradas, 57 são comuns aos dois maciços. A riqueza de espécies foi maior na Gruta do Baú com 95 espécies coletadas e 38 exclusivas. As formas de vida que se destacaram quanto ao espectro biológico foram fanerófitos 26% (33 spp), seguido de hemicriptófitas 20% (25 spp) e caméfitas 19% (24 spp). Apesar da baixa similaridade florística entre os maciços, a similaridade florística entre os microhabitats é alta, indicando a existência de preferência de habitat de um conjunto de espécies. Os resultados nos permitem concluir que na formação cárstica Sete Lagoas cada maciço possui uma flora saxícola peculiar, e que uma boa parcela das espécies possui preferência ambiental, podendo ser associada a um microhabitat do afloramento rochoso. Isso ressalta a importância da preservação de um maior número de maciços da formação Sete Lagoas, se quisermos conservar a biodiversidade em uma escala regional.The presence of carbonate rocks determines a specific type of relief, "Karst", from Serbo-Croatian language, means "limestone field". Karst areas are characterized by the formation of caves, canyons, rocky walls, dolines and residual massifs due to vertical and underground drainage over soluble rocks. They are characterized by small areas or different extensions to the surrounding environments. Their microhabitats create favourable environmental conditions for the establishment of plant species. Karst rock outcrops are considered areas of species richness and endemism. However, direct anthropic (e.g. mining) or indirect (e.g. invasive species) actions are constant threats to the diversity of its flora. Eugenius Warming (1841-1924) introduced the world to the peculiar and extraordinary karst flora of the unknown province of Lagoa Santa in Minas Gerais. His work Florula lagoensis contributes to the reduction of Linnean (Taxonomic) and Wallacean (Occurrence) deficits due to the high number of collections in the region. The massive Gruta do Baú (municipality of Pedro Leopoldo) and Gruta da Lapinha (Lagoa Santa), part of the Sete Lagoas Formation, comprise terrestrial islands, which belong to the geological formation of the Bambuí group. We hope that the results might help to subsidize actions to manage and conserve the flora of the representative karsts of the Sete Lagoas formation. In the first chapter, the floristic survey of the exposed rock areas located in the massif was carried out. The species data were obtained from the Flora do Brasil 2020 and CNCFlora database. We registered 124 vascular plant species, distributed among 45 families and 92 genera. The richest families were Orchidaceae (14 spp.), Bromeliaceae (11 spp.), and Piperaceae (10 spp.), whereasfor the monilophytes were Pteridaceae (five spp.), Aspleniaceae and Polypodiaceae (three spp. each). Most species have a wide distribution, occurring in the Cerrado, Atlantic Forest and Caatinga biomes (54 spp.), followed by species in the Cerrado and Atlantic Forest (33 spp.). In contrast, only a few species are exclusive to a single biome (12 spp. in the Cerrado and 13 spp. in the Atlantic Forest). None of the species is exclusive of the Caatinga Biome. Invasive and ruderal species represented 19%, a significant result. A total of 73% (91) of the species collected in the two massifs are included in the list of species collected by Warming (Florula lagoensis). The rare species Rodriguezia brachystachys Rchb.f. & Warm. and Ruehssia virgultorum (E.Fourn.) F.Esp.Santo & Rapini were collected in Pedro Leopoldo after a long period of time without registration. Five species are on the list of threatened species, that associated with the percentage of species “Not Evaluated” (78%), indicate the necessity of preventive measures regarding the preservation of the limestone outcrops’ vegetation. In the second chapter, the list of species in chapter I was used to characterize the microhabitats, life forms and their correlation of massif species. The microhabitats were classified as: soil island, crevice, fissure, exposed rock, and epiphyte. The microhabitat cleft had the largest number of species (54 spp.), followed by soil island (20 spp.), and epiphyte (17 spp.). In a total of 124 registered species, 57 are considered common to both massifs. Species richness was greater in the Gruta do Baú with 95 species collected and 38 classified as exclusives. Cracks create favourable conditions which facilitate the establishment of the largest number of species. The most common life forms, in terms of the biological spectrum, were phanerophytes 26% (33 spp.), followed by hemicryptophytes 20% (25 spp.), and campesites 19% (24 spp.). Despite the low floristic similarity between the massifs, the floristic similarity among the microhabitats was high. The results demonstrate that each massif is distinct, with a peculiar flora highly influenced by heterogeneity (microhabitats) and organized according to the available resources (niches). The heterogeneous and fragmented landscapes of the Karst studied indicate the essential requirement to preserve large outcrop areas of the Sete Lagoas Formation once they are fundamental to the conservation of biodiversity on a broader scale.FAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas GeraisporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Biologia VegetalUFMGBrasilEcossistemaCársteFloraCársteFlorísticaMicrohabitatForma de VidaEugenius WarmingFlora saxícola da formação Cártica Sete Lagoas, Minas Geraisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALFLORA SAXÍCOLA DA FORMAÇÃO CÁRSTICA SETE LAGOAS, MINAS GERAIS.pdfFLORA SAXÍCOLA DA FORMAÇÃO CÁRSTICA SETE LAGOAS, MINAS GERAIS.pdfapplication/pdf1944331https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/54235/3/FLORA%20SAX%c3%8dCOLA%20DA%20FORMA%c3%87%c3%83O%20C%c3%81RSTICA%20SETE%20LAGOAS%2c%20MINAS%20GERAIS.pdf4682b95a758248bf7d5bf4d04eb19802MD53LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/54235/4/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD541843/542352023-05-31 12:25:38.308oai:repositorio.ufmg.br:1843/54235TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2023-05-31T15:25:38Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Flora saxícola da formação Cártica Sete Lagoas, Minas Gerais |
title |
Flora saxícola da formação Cártica Sete Lagoas, Minas Gerais |
spellingShingle |
Flora saxícola da formação Cártica Sete Lagoas, Minas Gerais Vera Lúcia Ferreira Cárste Florística Microhabitat Forma de Vida Eugenius Warming Ecossistema Cárste Flora |
title_short |
Flora saxícola da formação Cártica Sete Lagoas, Minas Gerais |
title_full |
Flora saxícola da formação Cártica Sete Lagoas, Minas Gerais |
title_fullStr |
Flora saxícola da formação Cártica Sete Lagoas, Minas Gerais |
title_full_unstemmed |
Flora saxícola da formação Cártica Sete Lagoas, Minas Gerais |
title_sort |
Flora saxícola da formação Cártica Sete Lagoas, Minas Gerais |
author |
Vera Lúcia Ferreira |
author_facet |
Vera Lúcia Ferreira |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
João Renato Stehmann |
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/2440790381990226 |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
João Renato Stehmann |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Danilo Mesquita Neves |
dc.contributor.referee3.fl_str_mv |
Luiza Fonseca Amorim de Paula |
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/6817448868001113 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Vera Lúcia Ferreira |
contributor_str_mv |
João Renato Stehmann João Renato Stehmann Danilo Mesquita Neves Luiza Fonseca Amorim de Paula |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Cárste Florística Microhabitat Forma de Vida Eugenius Warming |
topic |
Cárste Florística Microhabitat Forma de Vida Eugenius Warming Ecossistema Cárste Flora |
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv |
Ecossistema Cárste Flora |
description |
A presença de rochas carbonáticas determina um tipo de relevo específico, o Carste As áreas cársticas são caracterizadas pela formação de cavernas, cânions, paredões rochosos, dolinas e maciços residuais devido a drenagem de sentido vertical e subterrânea sobre rochas solúveis. Em Minas Gerais, a formação cárstica de Sete Lagoas, pertencente ao grupo Bambuí, é uma das mais importantes. Ela engloba uma extensa área inserida no bioma Cerrado, caracterizada pela presença de maciços calcários. A flora associada a ela é pouco conhecida, com destaque para o levantamento realizado por Eugen Warming, mais de 150 anos atrás, quando estudou o Cerrado de Lagoa Santa. Menos conhecida ainda é a flora saxícola, aquela associada aos microhabitats dos maciços calcários, que criam condições ambientais favoráveis ao estabelecimento de plantas, e que estão extremamente ameaçados, especialmente por ações antrópicas diretas (mineração) ou indiretas (espécies invasoras). Neste trabalho, estudamos a riqueza florística saxicola, os microhabitats e as formas de vida existentes nos maciços da Gruta do Baú e da Gruta da Lapinha, inseridos na formação cárstica Sete lagoas. No primeiro capítulo foi realizado o levantamento florístico das áreas de rocha exposta nos maciços. Foram realizadas coletas intensivas, tanto na estação seca quanto na chuvosa, e as amostras foram incuídas no herbário BHCB, do Centro de Coleções taxonômicas da Universidade Federal de Minas Gerais. Foram identificadas 124 espécies de plantas vasculares, pertencentes a 92 gêneros, distribuídos em 45 famílias. As famílias mais ricas de angiospermas foram Orchidaceae (14 spp), Bromeliaceae (11 spp), Piperaceae (10 spp) enquanto que de monilófitas foram Pteridaceae (5 spp), Aspleniaceae e Polypodiaceae (3 spp cada). A maioria das espécies tem ampla distribuição, ocorrendo nos biomas Cerrado, Mata Atlântica e Caatinga (54 spp), seguidas por espécies no Cerrado e da Mata Atlântica (33 spp), enquanto poucas espécies são exclusivas de cada bioma (12 spp Cerrado, 13 spp na Mata Atlântica) e nenhuma espécie é exclusiva no Bioma Caatinga. As espécies invasoras e ruderais representaram 19% ,valor considerado alto. O total de 73% (91) das espécies coletadas nos dois maciços constam na lista das espécies coletadas por Warming (Florula lagoensis). As espécies raras Rodriguezia brachystachys Rchb.f. & Warm. e Ruehssia virgultorum (E.Fourn.) F.Esp.Santo & Rapini foram recoletada após longo período sem registro em Pedro Leopoldo. Cinco espécies encontram-se na Lista Nacional Oficial de Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção. Contudo, a maioria das espécies inventariadas (78%) não foram avaliada quanto ao risco de extinção, indicando uma lacuna de conhecimento sobre o estado de conservação da flora Cárstica. No capítulo II a listagem das espécies do capítulo I foram utilizadas para caracterizar os microhabitats, as formas de vida e sua interação com as espécies dos maciços. Os microhabitats foram classificados em cinco tipos: ilha de solo, fenda, fissura, rocha exposta e epífito. O microhabitat fenda apresenta o maior número de espécies (54 spp), seguido por ilha de solo (20 spp), e epífito (17 spp). Do total de 124 espécies registradas, 57 são comuns aos dois maciços. A riqueza de espécies foi maior na Gruta do Baú com 95 espécies coletadas e 38 exclusivas. As formas de vida que se destacaram quanto ao espectro biológico foram fanerófitos 26% (33 spp), seguido de hemicriptófitas 20% (25 spp) e caméfitas 19% (24 spp). Apesar da baixa similaridade florística entre os maciços, a similaridade florística entre os microhabitats é alta, indicando a existência de preferência de habitat de um conjunto de espécies. Os resultados nos permitem concluir que na formação cárstica Sete Lagoas cada maciço possui uma flora saxícola peculiar, e que uma boa parcela das espécies possui preferência ambiental, podendo ser associada a um microhabitat do afloramento rochoso. Isso ressalta a importância da preservação de um maior número de maciços da formação Sete Lagoas, se quisermos conservar a biodiversidade em uma escala regional. |
publishDate |
2020 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2020-02-21 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2023-05-31T15:25:37Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2023-05-31T15:25:37Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/1843/54235 |
url |
http://hdl.handle.net/1843/54235 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFMG |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFMG instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) instacron:UFMG |
instname_str |
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
instacron_str |
UFMG |
institution |
UFMG |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFMG |
collection |
Repositório Institucional da UFMG |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/54235/3/FLORA%20SAX%c3%8dCOLA%20DA%20FORMA%c3%87%c3%83O%20C%c3%81RSTICA%20SETE%20LAGOAS%2c%20MINAS%20GERAIS.pdf https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/54235/4/license.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
4682b95a758248bf7d5bf4d04eb19802 cda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1803589392211640320 |