Viver na fronteira: a consciência da intelectual diaspórica em "Um defeito de cor", de Ana Maria Gonçalves
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/ECAP-83SGJN |
Resumo: | A presente dissertação objetiva evidenciar a importância do intelectual diaspórico nas sociedades para a relativização de conceitos ditos hegemônicos e de discursos utilizados para subjugar culturas. Para tanto, escolhemos o romance de metaficção historiográfica Um defeito de cor cuja protagonista, Kehinde, faz da perda um mote para uma série de reflexões sobre família, lugar e identidades que contribuem significativamente para a releitura dos conceitos de memória e história presentes nos debates atuais. Sabendo que a memória e a imaginação são dois importantes elementos de construção de identidade, esta pesquisa suscitará a ideia de como o processo da reminiscência se dá na construção da identidade do sujeito diaspórico. Levaremos em consideração o fato de que as recordações são fundamentais porque tecem a memória íntima com aquela compartilhada entre os pares, realizando assim a passagem do individual ao coletivo, do pessoal ao histórico. Essa memória coletiva irá aproximar o livro de Ana Maria Gonçalves das narrativas que contribuem para o acervo da cultura afro-brasileira, pois a recuperação - ainda que ficcional, neste caso - da memória íntima faz emergir uma voz coletiva da vivência comum do povo afro-brasileiro e, conseqüentemente, do sujeito remanescente da diáspora. A dissertação discutirá à luz da teoria relacionada à necessidade da escrita de uma outra história que seja capaz de trazer à tona conceitos e reflexões acerca da formação das identidades brasileiras a partir da ótica dos sujeitos diaspóricos. Esses sujeitos, ao questionarem a historiografia e proporem sua reescrita, poderão promover a descentralização dos discursos que fomentaram estereótipos e contribuíram para submeter culturas. Se a história se modifica de acordo com o ângulo, com a perspectiva de quem lê ou escreve, a carta que narra a vida da mãe para o filho, que é o substrato do romance, promoverá uma reflexão acerca de acontecimentos históricos não historiográficos que se propõem como um importante elemento de relativização cultural |
id |
UFMG_ba3984879353d89c9ac3394ccf116381 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufmg.br:1843/ECAP-83SGJN |
network_acronym_str |
UFMG |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFMG |
repository_id_str |
|
spelling |
Marcos Antonio AlexandreConstancia Lima DuarteIris Maria da Costa AmâncioCristiane Felipe Ribeiro de Araujo Cortes2019-08-14T17:05:31Z2019-08-14T17:05:31Z2010-03-19http://hdl.handle.net/1843/ECAP-83SGJNA presente dissertação objetiva evidenciar a importância do intelectual diaspórico nas sociedades para a relativização de conceitos ditos hegemônicos e de discursos utilizados para subjugar culturas. Para tanto, escolhemos o romance de metaficção historiográfica Um defeito de cor cuja protagonista, Kehinde, faz da perda um mote para uma série de reflexões sobre família, lugar e identidades que contribuem significativamente para a releitura dos conceitos de memória e história presentes nos debates atuais. Sabendo que a memória e a imaginação são dois importantes elementos de construção de identidade, esta pesquisa suscitará a ideia de como o processo da reminiscência se dá na construção da identidade do sujeito diaspórico. Levaremos em consideração o fato de que as recordações são fundamentais porque tecem a memória íntima com aquela compartilhada entre os pares, realizando assim a passagem do individual ao coletivo, do pessoal ao histórico. Essa memória coletiva irá aproximar o livro de Ana Maria Gonçalves das narrativas que contribuem para o acervo da cultura afro-brasileira, pois a recuperação - ainda que ficcional, neste caso - da memória íntima faz emergir uma voz coletiva da vivência comum do povo afro-brasileiro e, conseqüentemente, do sujeito remanescente da diáspora. A dissertação discutirá à luz da teoria relacionada à necessidade da escrita de uma outra história que seja capaz de trazer à tona conceitos e reflexões acerca da formação das identidades brasileiras a partir da ótica dos sujeitos diaspóricos. Esses sujeitos, ao questionarem a historiografia e proporem sua reescrita, poderão promover a descentralização dos discursos que fomentaram estereótipos e contribuíram para submeter culturas. Se a história se modifica de acordo com o ângulo, com a perspectiva de quem lê ou escreve, a carta que narra a vida da mãe para o filho, que é o substrato do romance, promoverá uma reflexão acerca de acontecimentos históricos não historiográficos que se propõem como um importante elemento de relativização culturalUniversidade Federal de Minas GeraisUFMGHistória na literaturaCultura afro-brasileiraGonçalves, Ana Maria, 1970- Defeito de cor Critica e interpretaçãoDiáspora africanaIdentidade na literaturaFicção histórica brasileiraMemória na literaturamemóriadiáspora africanagêneroViver na fronteira: a consciência da intelectual diaspórica em "Um defeito de cor", de Ana Maria Gonçalvesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALviver_na_fronteira.pdfapplication/pdf1057510https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ECAP-83SGJN/1/viver_na_fronteira.pdf39d02d85aa184f120b37b41bac579605MD51TEXTviver_na_fronteira.pdf.txtviver_na_fronteira.pdf.txtExtracted texttext/plain355590https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ECAP-83SGJN/2/viver_na_fronteira.pdf.txt57e0c7e94ff55f7488ccaaf045992f5cMD521843/ECAP-83SGJN2019-11-14 13:50:34.879oai:repositorio.ufmg.br:1843/ECAP-83SGJNRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T16:50:34Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Viver na fronteira: a consciência da intelectual diaspórica em "Um defeito de cor", de Ana Maria Gonçalves |
title |
Viver na fronteira: a consciência da intelectual diaspórica em "Um defeito de cor", de Ana Maria Gonçalves |
spellingShingle |
Viver na fronteira: a consciência da intelectual diaspórica em "Um defeito de cor", de Ana Maria Gonçalves Cristiane Felipe Ribeiro de Araujo Cortes memória diáspora africana gênero História na literatura Cultura afro-brasileira Gonçalves, Ana Maria, 1970- Defeito de cor Critica e interpretação Diáspora africana Identidade na literatura Ficção histórica brasileira Memória na literatura |
title_short |
Viver na fronteira: a consciência da intelectual diaspórica em "Um defeito de cor", de Ana Maria Gonçalves |
title_full |
Viver na fronteira: a consciência da intelectual diaspórica em "Um defeito de cor", de Ana Maria Gonçalves |
title_fullStr |
Viver na fronteira: a consciência da intelectual diaspórica em "Um defeito de cor", de Ana Maria Gonçalves |
title_full_unstemmed |
Viver na fronteira: a consciência da intelectual diaspórica em "Um defeito de cor", de Ana Maria Gonçalves |
title_sort |
Viver na fronteira: a consciência da intelectual diaspórica em "Um defeito de cor", de Ana Maria Gonçalves |
author |
Cristiane Felipe Ribeiro de Araujo Cortes |
author_facet |
Cristiane Felipe Ribeiro de Araujo Cortes |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Marcos Antonio Alexandre |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Constancia Lima Duarte |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Iris Maria da Costa Amâncio |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Cristiane Felipe Ribeiro de Araujo Cortes |
contributor_str_mv |
Marcos Antonio Alexandre Constancia Lima Duarte Iris Maria da Costa Amâncio |
dc.subject.por.fl_str_mv |
memória diáspora africana gênero |
topic |
memória diáspora africana gênero História na literatura Cultura afro-brasileira Gonçalves, Ana Maria, 1970- Defeito de cor Critica e interpretação Diáspora africana Identidade na literatura Ficção histórica brasileira Memória na literatura |
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv |
História na literatura Cultura afro-brasileira Gonçalves, Ana Maria, 1970- Defeito de cor Critica e interpretação Diáspora africana Identidade na literatura Ficção histórica brasileira Memória na literatura |
description |
A presente dissertação objetiva evidenciar a importância do intelectual diaspórico nas sociedades para a relativização de conceitos ditos hegemônicos e de discursos utilizados para subjugar culturas. Para tanto, escolhemos o romance de metaficção historiográfica Um defeito de cor cuja protagonista, Kehinde, faz da perda um mote para uma série de reflexões sobre família, lugar e identidades que contribuem significativamente para a releitura dos conceitos de memória e história presentes nos debates atuais. Sabendo que a memória e a imaginação são dois importantes elementos de construção de identidade, esta pesquisa suscitará a ideia de como o processo da reminiscência se dá na construção da identidade do sujeito diaspórico. Levaremos em consideração o fato de que as recordações são fundamentais porque tecem a memória íntima com aquela compartilhada entre os pares, realizando assim a passagem do individual ao coletivo, do pessoal ao histórico. Essa memória coletiva irá aproximar o livro de Ana Maria Gonçalves das narrativas que contribuem para o acervo da cultura afro-brasileira, pois a recuperação - ainda que ficcional, neste caso - da memória íntima faz emergir uma voz coletiva da vivência comum do povo afro-brasileiro e, conseqüentemente, do sujeito remanescente da diáspora. A dissertação discutirá à luz da teoria relacionada à necessidade da escrita de uma outra história que seja capaz de trazer à tona conceitos e reflexões acerca da formação das identidades brasileiras a partir da ótica dos sujeitos diaspóricos. Esses sujeitos, ao questionarem a historiografia e proporem sua reescrita, poderão promover a descentralização dos discursos que fomentaram estereótipos e contribuíram para submeter culturas. Se a história se modifica de acordo com o ângulo, com a perspectiva de quem lê ou escreve, a carta que narra a vida da mãe para o filho, que é o substrato do romance, promoverá uma reflexão acerca de acontecimentos históricos não historiográficos que se propõem como um importante elemento de relativização cultural |
publishDate |
2010 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2010-03-19 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2019-08-14T17:05:31Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2019-08-14T17:05:31Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/1843/ECAP-83SGJN |
url |
http://hdl.handle.net/1843/ECAP-83SGJN |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFMG |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFMG instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) instacron:UFMG |
instname_str |
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
instacron_str |
UFMG |
institution |
UFMG |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFMG |
collection |
Repositório Institucional da UFMG |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ECAP-83SGJN/1/viver_na_fronteira.pdf https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ECAP-83SGJN/2/viver_na_fronteira.pdf.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
39d02d85aa184f120b37b41bac579605 57e0c7e94ff55f7488ccaaf045992f5c |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1803589392871194624 |