Os conflitos entre os projetos de mineração e os processos de patrimonialização: o caso de Congonhas no Quadrilátero Ferrífero em Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Leonardo Barci Castriota
Data de Publicação: 2018
Outros Autores: Guilherme Maciel Araújo
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/54116
https://orcid.org/0000-0002-9159-1787
https://orcid.org/0000-0002-6092-2416
Resumo: Dentre as diferentes abordagens do conceito de paisagem, pode-se ressaltar a “territorial”, a “cultural” e a “política”. Na abordagem territorial, nota-se a ênfase no estudo das formas espaciais e sua diversidade, em seus elementos estruturantes e sua dinâmica, suas continuidades e descontinuidades, seus traçados, dentre outros elementos característicos. Assim, muitos trabalhos de pesquisa privilegiam os aspectos materiais do território observado. Assim, compreender a paisagem significa documentar a sua ocupação histórica e atual do território pela sociedade que o habita, com seus usos e práticas. Na abordagem cultural, as preocupações de pesquisa passam pela identificação dos atores (indivíduos, grupos, instituições, etc.) presentes no território, suas relações, a maneira como qualificam as paisagens, seus significados. Por sua vez, a abordagem política permite investigar como as decisões influenciam na transformação dos territórios, bem como suas intenções explícitas ou implícitas. Como pode-se perceber, o conceito de paisagem possui uma base material, ao mesmo tempo em que sustenta aspectos simbólicos, além de permitir a investigação das relações de poder no território. Neste sentido, pode-se perceber a relação de proximidade entre os conceitos de paisagem e território. O território pode ser visto como resultado das relações econômicas ou de produção, bem como da apropriação simbólica do espaço. Como aponta Claude Raffestin, o território pode ser entendido como espaço apropriado, ou seja, um ator sintagmático territorializa o espaço na medida em que se apropria dele materialmente ou simbolicamente. Nessa perspectiva, é possível identificar disputas entre as diferentes maneiras de se apropriar do território, seja materialmente ou simbolicamente, na qual pode-se destacar os conflitos gerados entre os projetos de mineração e dos processos de patrimonialização da paisagem. O presente artigo tem como objetivo discutir os conflitos entre os projetos de mineração e os processos de patrimonialização da paisagem, entendido como reveladores da relação entre os grupos sociais e o território, permitindo delinear um caminho para a investigação do decorrente “campo do poder”. Ao analisar as tensões existentes nesse campo, pode-se indagar sobre a influência dos diferentes atores sociais nas decisões sobre as formas de apropriação do território. Essa análise pode contribuir para a construção de caminhos para a investigação sobre a relação sociedade, paisagem e território, possibilitando a discussão sobre a construção de politicas públicas para a preservação do patrimônio levando em consideração as relações de poder estabelecidas entre os diferentes atores sociais.
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Na abordagem cultural, as preocupações de pesquisa passam pela identificação dos atores (indivíduos, grupos, instituições, etc.) presentes no território, suas relações, a maneira como qualificam as paisagens, seus significados. Por sua vez, a abordagem política permite investigar como as decisões influenciam na transformação dos territórios, bem como suas intenções explícitas ou implícitas. Como pode-se perceber, o conceito de paisagem possui uma base material, ao mesmo tempo em que sustenta aspectos simbólicos, além de permitir a investigação das relações de poder no território. Neste sentido, pode-se perceber a relação de proximidade entre os conceitos de paisagem e território. O território pode ser visto como resultado das relações econômicas ou de produção, bem como da apropriação simbólica do espaço. Como aponta Claude Raffestin, o território pode ser entendido como espaço apropriado, ou seja, um ator sintagmático territorializa o espaço na medida em que se apropria dele materialmente ou simbolicamente. Nessa perspectiva, é possível identificar disputas entre as diferentes maneiras de se apropriar do território, seja materialmente ou simbolicamente, na qual pode-se destacar os conflitos gerados entre os projetos de mineração e dos processos de patrimonialização da paisagem. O presente artigo tem como objetivo discutir os conflitos entre os projetos de mineração e os processos de patrimonialização da paisagem, entendido como reveladores da relação entre os grupos sociais e o território, permitindo delinear um caminho para a investigação do decorrente “campo do poder”. Ao analisar as tensões existentes nesse campo, pode-se indagar sobre a influência dos diferentes atores sociais nas decisões sobre as formas de apropriação do território. Essa análise pode contribuir para a construção de caminhos para a investigação sobre a relação sociedade, paisagem e território, possibilitando a discussão sobre a construção de politicas públicas para a preservação do patrimônio levando em consideração as relações de poder estabelecidas entre os diferentes atores sociais.porUniversidade Federal de Minas GeraisUFMGBrasilARQ - DEPARTAMENTO DE ANÁLISE CRÍTICA E HISTÓRICA DA ARQUITETURA E DO URBANISMOColóquio ibero-americano: paisagem cultural, patrimônio e projetoApropriação do territórioMineração - BrasilPatrimônioPoderTerritórioMineraçãoPatrimonializaçãoPoderOs conflitos entre os projetos de mineração e os processos de patrimonialização: o caso de Congonhas no Quadrilátero Ferrífero em Minas GeraisThe conflicts between mining projects and heritage processes: the case of Congonhas in the Iron Quadrangle in Minas Geraisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/conferenceObjecthttp://www.even3.com.br/Anais/5coloquiodapaisagem/116192-OS-CONFLITOS-ENTRE-OS-PROJETOS-DE-MINERACAO-E-OS-PROCESSOS-DE-PATRIMONIALIZACAO--O-CASO-DE-CONGONHAS-NO-QUADRILATLeonardo Barci CastriotaGuilherme Maciel Araújoapplication/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGLICENSELicense.txtLicense.txttext/plain; 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